Empreiteira havia feito uma primeira sondagem em janeiro. Agora, mandou emissários para afirmar que tem interesse em colaborar com as investigações
Se a empreiteira concordar em colaborar com a Justiça, será a sexta empresa envolvida na Lava Jato a formalizar pedidos de leniência. Já encaminharam propostas para fornecer dados sobre o esquema do petrolão as empresas OAS, Galvão Engenharia, Engevix, SOG Óleo e Gás e a holandesa SBM Offshore. Nenhuma delas, no entanto, fechou o acordo até o momento. Poucos meses depois do estouro da Operação Lava Jato, em março de 2014, emissários da Odebrecht também chegaram a procurar integrantes do Ministério Público para discutir linhas gerais de uma possível colaboração.
Em janeiro, a UTC sondou a CGU sobre as regras de uma eventual leniência, mas depois da delação de Ricardo Pessoa, que envolveu senadores, deputados e até o caixa de campanha da presidente Dilma Rousseff, a companhia voltou a procurar o governo afirmando que agora se interessa em fechar a proposta de colaboração.
Ao firmar a leniência, as empresas se dispõem a repor todo o prejuízo causado, devolver parcelas de sobrepreço que receberam, repactuar o contrato para colocá-lo nos níveis legítimos de preço, além de revelar o nome de quem recebeu as propinas e o modus operandi do esquema. Em troca, podem ficar livres de serem declaradas inidôneas nos processos administrativos já abertos contra cada uma delas na CGU e, com isso, seguem autorizadas a disputar futuros contratos com o governo. Procurada, a CGU disse que não se manifesta sobre processos em sigilo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário