Apesar da redução da pena pelo tríplex,
a condenação a 12 anos no caso do Sítio de Atibaia deverá manter o
petista na prisão até 2021
CANA DURA STJ reduz pena de Lula, mas ele não deve sair da cadeia tão cedo (Crédito: Murilo Ribas/Futura Press/Folhapress)
Germano Oliveira
Lula
não têm o que comemorar. Na mesma terça-feira 23, quando a 5ª Turma do
STJ diminuía a pena de prisão de 12 anos e um mês dada ao ex-presidente
no processo do tríplex no Guarujá – reduziu para oito anos, dez meses e
vinte dias -, a Justiça Federal do Paraná intimava seus advogados a
apresentarem, dentro de oito dias, as alegações finais no caso do sítio
de Atibaia, onde o petista foi condenado a outros 12 anos e 11 meses por
corrupção e lavagem de dinheiro. Essas alegações serão enviadas para o
Tribunal Regional Federal, da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre. Caso o
tribunal mantenha a condenação em razão dele ter recebido propinas de
empreiteiras para reformar o sítio, o petista passa a ter uma nova
sentença em segunda instância, o que por si só o manterá na prisão por
mais um bom tempo. Ducha fria
É que com a redução da pena no caso do tríplex determinada pelo STJ,
Lula já fazia as contas para deixar a cadeia ainda este ano. Ele
acalentava o sonho de pleitear o regime semiaberto a partir de setembro
ou outubro (quando terá cumprido um sexto da sentença). Assim, poderia
trabalhar durante o dia e se recolher à noite numa penitenciária em São
Bernardo do Campo.
Mas enquanto os petistas ainda festejavam a possível volta do petista às
ruas dentro de seis meses, veio a ducha de água fria. O juiz Luiz
Antonio Bonat, da 13ª Vara Federal do Paraná, em Curitiba, decidiu
agilizar o andamento do processo do sítio de Atibaia. O prazo de oito
dias para que Lula apresente suas alegações finais já está correndo e o
juiz pretende enviá-las ao TRF-4 ainda no início de maio. Se o tribunal
apreciar os recursos em menos de seis meses, como aconteceu com o
tríplex, o ex-presidente ganha uma nova condenação em segunda instância
em outubro, exatamente na época em que ele estará pleiteando o
semiaberto.
A provável nova condenação do TRF-4 deve inviabilizar a concessão do
benefício. Afinal, se o tribunal mantiver a sentença de 12 anos dada
pela juíza substituta Gabriela Hardt, o total das penas do petista
atingiria mais de 20 anos. Nesse caso, para ter direito ao semiaberto,
Lula teria que ficar na cadeia pelo menos até 2021.
Além das duas condenações, Lula ainda pode ser sentenciado outra vez
na Justiça do Paraná ainda este ano por conta de um apartamento em São
Bernardo do Campo e de um terreno para o Instituto Lula, adquiridos com
recursos de propinas da Odebrecht. Ele também é réu em outros cinco
processos: quatro em Brasília e um em São Paulo. O cerco se fecha ainda
mais.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou nesta noite
de quarta-feira, 24, que a comissão especial da reforma da Previdência
será instalada nesta quinta-feira (25), às 11h. Ele leu em plenário a
convocação para a reunião e os nomes dos deputados indicados até agora
pelos partidos.
Até agora foram indicados 27 titulares. O mínimo era de 25 para que o
colegiado pudesse começar a funcionar. O PSL, partido do presidente
Jair Bolsonaro, ainda não nomeou seus integrantes para a comissão.
Maia não indicou, porém, quem será o presidente e o relator da proposta na comissão especial.
Os deputados indicados até o momento são do PP, PSD, PRB, PSDB, DEM,
PTB, PDT, Solidariedade, Pros, Cidadania, Patriotas, PT e Novo.
Apesar de a comissão ser instalada nesta quinta, o líder da maioria
na Casa, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou que o prazo de 40 sessões do
plenário da Casa só começará a ser contado a partir do dia 7 de maio,
já que na semana que vem a Câmara não deverá realizar sessões
deliberativas por causa do feriado do Dia do Trabalho, em 1º de maio.
O governo confirmou a redução de 98% do valor máximo autorizado por
projeto beneficiado com a Lei Rouanet. A diminuição de R$ 60 milhões
para R$ 1 milhão por projeto foi divulgada pelo ministro Osmar Terra, em
vídeo publicado nas redes sociais do Ministério da Cidadania. Uma
instrução normativa (IN) com as novas regras da Lei Rouanet deve ser
publicada na próxima quarta-feira, 24, no Diário Oficial da União.
“O presidente Jair Bolsonaro nos deu a missão de fazer com que os
recursos federais cheguem a quem mais precisa, gerando inclusão e
cidadania”, afirmou o ministro. No vídeo, Osmar Terra fez questão de
avisar que entidades que usam os recursos para reforma ou manutenção,
como é o caso de alguns museus, não serão atingidas.
Já no caso de conjunto de projetos apresentados por uma empresa ou
por um grupo de empresas com sócio em comum, esse valor caiu de R$ 60
milhões para R$ 10 milhões, uma redução de 83%. O ministro argumentou,
no vídeo, que a redução nos valores vai “enfrentar a concentração de
recursos nas mãos de poucos” e de descentralizá-los para outras regiões
do País.
Pela nova instrução, as empresas que apresentarem propostas fora do
eixo Rio-São Paulo e que estiverem em regiões com histórico de poucos
projetos culturais, poderão dobrar a quantidade de projetos na sua
carteira. A expectativa do governo é que empresas nas regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste possam aumentar em 100%. Na região Sul e nos
Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, em 50%.
A nova legislação vai mudar também o número de ingressos a serem
distribuídos gratuitamente para famílias de baixa renda. Produtores
culturais que obtiveram recursos via Lei Rouanet ficam obrigados a
distribuir de 20% a 40% dos ingressos para famílias listadas no Cadastro
Único, por meio de entidades assistenciais. Antes, era obrigatória a
distribuição de 10% dos ingressos.
O governo prevê também que mais 10% dos ingressos tenham de ser
vendidos por até R$ 50. O limite anterior era de R$ 75. Esse valor é
referente ao Vale Cultura, benefício de R$ 50 mensais concedido por
empresas aos trabalhadores com carteira assinada que recebem até cinco
salários mínimos.
Outra medida que deve constar na instrução normativa do governo é que
as empresas usem a Lei Rouanet – que o governo quer rebatizar de Lei
Federal de Incentivo à Cultura -, para apoiar novos talentos, pequenos e
médios projetos culturais. O ministro abriu negociação com estatais
(BNDES, Banco do Brasil, Petrobrás, Caixa Econômica Federal e
Eletrobrás) para o lançamento de editais de patrocínio com foco na
valorização da cultura regional.
(Brasília - DF, 17/04/2019)
Presidente da República, Jair Bolsonaro durante Cerimônia Comemorativa
do Dia do Exército, com a Imposição da Ordem do Mérito Militar e da
Medalha do Exército Brasileiro.
(Crédito: Marcos Corrêa/PR)
Depois de defender a liberdade de expressão nas redes sociais, o
presidente Jair Bolsonaro destacou em discurso durante cerimônia de
comemoração ao Dia do Exército que o Exército brasileiro “transpira e
respira democracia e liberdade”, e que a instituição une “todos os
povos, raças e religiões, onde todos são iguais”.
A declaração foi feita nesta quarta-feira (17) durante cerimônia que
ocorre no Quartel General do Exército em Brasília. Não é habitual que o
presidente da República discurse neste tipo de cerimônia.
“Esse é o nosso Exército brasileiro, o Exército de 210 milhões de
habitantes, que nos momentos mais difíceis da nossa nação sempre esteve
ao lado da vontade de seu povo, Exército que transpira e respira
democracia e liberdade, que honra a todos nós, fator de integração,
evolução, progresso, de garantia do nosso extenso território, que une
todos os povos, raças, religiões, onde todos são iguais”, afirmou
Bolsonaro no evento, ma presença de ministros do Estado, do vice
Hamilton Mourão e outras autoridades que estão sendo condecoradas com
medalhas da Ordem do Mérito Militar e do Exército.
Bolsonaro também agradeceu “a Deus pela missão” que tem “pela
frente”. “Sozinho sei que não poderia cumpri-la. Ao nosso lado civis e
militares vão fazer que nosso país ocupe local de destaque em todo o
mundo”, afirmou o presidente. “A missão não é fácil, mas o Brasil tem
tudo para ser uma grande nação”, continuou Bolsonaro, fazendo um aparte
para agradecer sua mulher, a primeira-dama Michelle Bolsonaro.
O presidente, que é capitão da reserva, ainda afirmou que o Brasil
“mudou e está melhor” pelo esforço de pessoas que ocupam
“momentaneamente” seus cargos. “Por intermédio de quem ocupa
momentaneamente, porque são postos passageiros, chegaremos no lugar que
merecemos estar”, concluiu Bolsonaro. Cerimônia
Mais de 400 medalhas da Ordem do Mérito Militar e do Exército serão
distribuídas em todo o País. Em Brasília, entre os condecorados estão o
presidente do Senado, Davi Alcolumbre, os ministros da Casa Civil, Onyx
Lorenzoni, das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, da Infraestrutura,
Tarcísio de Freitas, da Cidadania, Osmar Terra, da Ciência e Tecnologia,
Marcos Pontes e da Controladoria Geral da União, Wagner Rosário.
Um dos filhos do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro, também é
condecorado. O único ministro do Supremo Tribunal Federal a ser
condecorado é Edson Fachin, relator na Lava Jato na Corte.
De patinho feio dos investimentos no Brasil, os ETFs (Exchange Traded
Funds, no termo em inglês) ganham agora uma forcinha do governo,
empurrão esperado já há algum tempo pelo mercado. O Tesouro Nacional
abriu neste mês a oferta pública de seu primeiro fundo de renda fixa. O
ETF do Tesouro Direto vai replicar uma cesta de índices com títulos
públicos referenciados em inflação (títulos NTN-Bs, pós-fixados
indexados ao IPCA), com a expectativa de levantar até R$ 2 bilhões por
parte dos investidores.
Os interessados terão até o próximo dia 29, última segunda-feira de
abril, para fazer a reserva de suas cotas. O fundo começa ser negociado
na B3 no dia 21 de maio e, segundo o Tesouro, até 70% das cotas serão
destinadas para os investidores de varejo, podendo ser comprados pelas
corretoras. O investimento mínimo é de R$ 100 e a liquidez é diária, com
saques disponíveis na conta um dia depois de solicitado.
O ETF nada mais é do que um fundo de investimento que espelha o
desempenho de índices. Eles são negociados pelas bolsas de valores, como
se fossem papéis de uma empresa. O maior ETF em comercialização no
Brasil é o Bova11, da gestora BlackRock. Ele é primeiro ETF brasileiro
e, negociado pela B3, replica a cesta do Ibovespa, com um patrimônio
líquido de R$ 6,486 bilhões.
O banco Itaú-Unibanco foi a instituição escolhida para a gestão do
ETF do Tesouro Direto. Atualmente, existem no Brasil 16 fundos ETFs,
sendo que apenas um era de renda fixa. Foi lançado em setembro do ano
passado pelo grupo sul-coreano Mirae. Nesse período, o fundo captou dos
investidores R$ 130 milhões e acumula um retorno de 11,6% ao ano – ou
400% do CDI. A aplicação mínima também é de R$ 100.
Segundo o diretor da Mirae Asset, Pablo Spyer, o fundo alcança esse
resultado “turbinado” por calcular o desempenho de uma carteira teórica,
formada por contratos de juros futuros de três anos. “Esse é um mercado
interessantíssimo para o investidor hoje. E enquanto os juros estiverem
com viés de queda, os ganhos são maiores.” Sem IOF
O ETF também tem vantagens tributárias. Ele não tem a incidência do
Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), como no CDB e nas demais
aplicações tradicionais de renda fixa. “Os ETFs também não têm
‘come-cotas’, que abocanha a menor alíquota de Imposto de Renda de cada
tipo de fundo”, diz Spyer. Na entrada, o IR sobre ETF é de 15%, em
cobrança única. Carteira da Anbima
O fundo do Tesouro recebeu o nome de “It Now ID ETF IMA-B Fundo de
Índice”, mas que vem sendo chamado de “ID ETF”. A carteira vai refletir o
IMA-B, índice da Anbima, associação de empresas do setor, que acompanha
títulos públicos referenciados em inflação, como as NTN-Bs (título
pós-fixado indexado ao IPCA). O IMA-B tem hoje 14 títulos, com
vencimentos de curto prazo (maio de 2019), médio prazo (maio de 2021) e
vencimento longo (maio de 2055). Com isso, apesar do nome de renda fixa,
ele poderá ter maior instabilidade dos que os demais investimentos do
tipo, oscilando para cima ou para baixo a depender da agitação do
mercado.
A taxa de administração do fundo será de 0,25% ao ano, menor que a
dos fundos de investimento tradicionais de varejo, com taxas na casa de
1% ou acima. A carteira foi desenvolvida em parceria com o Banco Mundial
e um dos objetivos é estimular o mercado de capitais no Brasil. O
primeiro passo dos interessados em aplicar em ETF é abrir conta em uma
corretora, como se faz com ações.
Para a planejadora financeira e professora de economia da ESPM Paula
Sauer, o novo ETF é uma boa opção para resgatar clientes da caderneta de
poupança. “Com o fato de estar atrelado à inflação, o investidor busca,
além da rentabilidade, a manutenção do poder de compra”, diz.
O ponto de atenção é que o ETF não paralisa a operação em períodos de
dificuldade do mercado. Isso pode fazer com que o investidor tenha
perdas com a oscilação. “As pessoas não são educadas financeiramente
para saber que o preço de um produto de renda fixa varia ao longo do
tempo, podendo inclusive gerar rendimentos negativos”, afirma. As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Relatório
do TCM aponta que alunos da rede vivem cenário calamitoso. Colégios com
problemas estruturais subiram de 57,90%, em 2017, para 72,96%, em 2018.
É o pior resultado desde 2008
Por
Bernardo Costa,
Antonio Augusto Puga,
Gustavo Ribeiro e Rachel Dias*
Rio - A vontade de
estudar dos alunos da Escola Municipal José Mauro de Vasconcelos, em
Bangu, merece nota dez, mas, em matéria de conservação, o colégio seria
reprovado. Pintura descascando, banheiros sem porta e vasos sanitários
sem assentos, rede elétrica aparente e até a calçada incompleta são
alguns dos problemas enfrentados diariamente pelos estudantes. Um
mutirão de mães faz a limpeza da escola, já que faltam serventes. O
cenário dramático retrata a maior parte da rede municipal. Inspeções
feitas pelo Tribunal de Contas do Município (TCM-RJ) no ano passado
revelam que 72,96% das unidades escolares em funcionamento estão em
condições estruturais precárias: mais de sete em cada dez. Nenhuma foi
encontrada em condições boas. É o pior resultado desde o início das
fiscalizações, em 2008, quando 14,40% dos colégios eram considerados
precários.
Houve aumento expressivo do percentual de colégios
precários em comparação com 2017: de 57,90% para 72,96%. Em boas
condições eram 3,6% naquele ano. O levantamento mais recente do TCM-RJ
concluiu ainda que 12,24% das escolas estão em “condições razoáveis com
risco”, 14,29% foram avaliadas como “razoáveis” e 0,51% passavam por
obras. A taxa atual de 0% referente aos estabelecimentos em “condições
boas” quer dizer que não foram encontrados casos dentro dos parâmetros
pré-definidos pelo programa de visitas do órgão. Foram visitadas, ao
longo de 2018, 195 unidades escolares de 6º ao 9º ano em um universo de
cerca de 400. O relatório ainda será concluído, mas os dados já foram
consolidados. Esse é o panorama apresentado no sexto capítulo da série
de reportagens ‘Rio da Esculhambação’, que aponta as fragilidades do
governo Marcelo Crivella.
“As mesas e cadeiras estão quebradas e a escola tem
aparelho de ar-condicionado, mas não tem rede. Como posso ter
tranquilidade em mandar meu filho para uma escola onde a qualquer
momento pode acontecer uma tragédia?”, questiona o barbeiro Maximiliano
da Silva, pai de aluno da Escola Municipal José Mauro de Vasconcelos. As
donas de casa Marcele Félix e Rosana Ferreira, junto com outras mães de
alunos, fizeram um mutirão de limpeza no fim de semana. “A limpeza é
precária. No sábado teve um mutirão das mães que lavaram a escolas. Eu
mesma lavei os banheiros, até porque minha filha usa. Até o momento a
escola está limpa, graças ao mutirão, já que o pessoal da limpeza estava
sem pagamento desde dezembro”, afirma Marcele Félix. Na escola George
Sumner, no bairro Riachuelo, alunos contam que os aparelhos de
ar-condicionado e carteiras também estão quebrados.
O DIA não teve acesso aos nomes das
escolas avaliadas. A classificação não significa que as consideradas
“razoáveis com risco” e “precárias” não possam funcionar, mas que
funcionam de maneira não satisfatória para alunos e funcionários,
sinalizando a necessidade de medidas pela Secretaria de Educação. As
principais irregularidades são sanitários com problemas (observado em
93,33% das escolas), pintura (91,28%), lâmpadas queimadas (80,51%),
janelas e/ou portas danificadas (74,87%), mobiliário danificado (66,15%)
e diversas infiltrações (64,61%). Fiações expostas (59,49%), rachaduras
(39,48%) e queda de reboco com ferragem exposta (33,85%) também colocam
estudantes, professores e demais funcionários em risco.
Menos verba nos últimos anos
A análise do TCM-RJ é de que o aumento do percentual de
escolas em estado precário decorre de uma redução drástica que vem
ocorrendo dos recursos destinados às unidades ao longo dos anos,
principalmente da verba para manutenção. Durante a gestão do ex-prefeito
Eduardo Paes, a taxa de escolas precárias variou entre 15,3%, em 2009, e
42%, em 2016. Crivella, em vez de cuidar do problema, reduziu os
investimentos. Segundo dados do gabinete do vereador Tarcísio Motta
(Psol), vice-presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal, os
recursos previstos na Lei Orçamentária Anual de 2018 e de 2019 para
manter, conservar e expandir a rede pública municipal de ensino caíram
R$ 21 milhões ou 6%.
A verba passou de R$ 375,7 milhões no ano passado para
354,7 milhões no ano corrente. “Isso é sinal da anos de destruição da
escola pública. Além da falta de planejamento do governo passado para
construir escolões sem orçamento, a incompetência da atual gestão não
garantiu recursos para a melhoria estrutural das escolas, causando a
perda do direito à educação pelo cidadão carioca”, diz Motta. “O nível
de piora é responsabilidade do governo Crivella e isso está claro no
orçamento destinado por ele para ações de manutenção e revitalização das
unidades caindo aos pedaços”. A Comissão convocará audiência pública
após a divulgação do relatório.
Diminuição do número de professores e do horário escolar
Além dos problemas estruturais, a rede enfrenta outros
desafios. “Perdemos número de funcionários. Temos menos professores e
não temos porteiros”, sinaliza Gustavo Miranda, coordenador geral do
Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação). De acordo com
ele, existe quantidade significativa de colégios sem quadras e salas de
aula muito quentes, passando por situações corriqueiras, como lâmpadas
queimadas no ambiente de estudo e falta do cafezinho para professores.
“As diretoras diziam que todas essas reclamações são fruto de
contingenciamento de recursos pelo governo. Isso o Crivella acelerou,
tanto que não temos reajuste há dois anos”, acrescenta.
Na Escola Orlando Villas Boas, no Centro, as turmas do
7º ano estão sem aulas de Espanhol desde o início do ano letivo. “A
professora saiu de licença na primeira semana e não entrou substituta”,
relata um adolescente. Na agenda ou no bolso dos estudantes, avisos de
redução da carga horária pela metade. O lembrete informa que haverá
apenas duas horas de aula. O motivo é o chamado Centro de Estudos
Parcial. Segundo pais e alunos, os dias de carga horária reduzida se
repetem quinzenalmente de forma alternada na semana. Uma menina de 9
anos da Escola Municipal Guatemala, mesmo bairro, fica desmotivada:
“Duas horas não dá pra nada. Nem dá vontade de vir.”
Secretaria diz que unidades não têm risco
A Secretaria Municipal de Educação (SME) respondeu que
as unidades de ensino são vistoriadas e não apresentam riscos. “Entre as
1.540 unidades, apenas duas escolas estão interditadas, sendo somente
uma devido a problema estrutural”, afirmou. O órgão disse que está
executando o Plano de Recuperação da Rede Física das escolas, após 16
anos sem investimentos de grande porte. “A Prefeitura já concluiu
diferentes obras de reformas em 74 unidades e outras 19 estão em
andamento. Mais 111 escolas estão em processo de licitação. Algumas
terão as intervenções iniciadas a partir de abril”, destacou. Sobre o
Centro de Estudos Parcial, esclareceu que não existem aulas perdidas,
estando garantidos 202 dias letivos e 866 horas, acima do mínimo
previsto. Segundo a pasta, é um aperfeiçoamento do processo da relação
ensino/aprendizagem para dar mais eficiência às estratégias
pedagógicas”.
* Estagiária sob supervisão de Herculano Barreto Filho
Aos bravos GUERREIROS DE SELVA formados e qualificados pelo Centro de Operações na Selva e Ações de Comando (COSAC) e Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) para defender a soberania da Amazônia - BRASIL, meus sinceros cumprimentos pelo dia:"03 DE JUNHO - DIA DO GUERREIRO DE SELVA" ÁRDUA É A MISSÃO DE DEFENDER E DESENVOLVER A AMAZÕNIA, MUITO MAIS DIFÍCIL PORÉM, FOI A DE NOSSOS ANTEPASSADOS EM CONQUISTÁ-LA E MANTÊ-LA"ORAÇÃO DO GUERREIRO DA SELVA Senhor,Tu que ordenaste ao guerreiro da selva: “Sobrepujai todos os vossos oponentes!” Dai-nos hoje da floresta: A sobriedade para persistir, A paciência para emboscar, A perseverança para sobreviver, A astúcia para dissimular, A fé para resistir e vencer, E dai-nos também Senhor, A esperança e a certeza do retorno. Mas, se defendendo esta brasileira Amazônia, Tivermos que perecer, ó Deus! Que o façamos com dignidade E mereçamos a vitória! SELVA!http://www.cigs.ensino.eb.br/