Brasília – O governo federal divulgou nesta
segunda-feira que notificou a empresa grega Delta Tankers, proprietária
da embarcação Boubolina, suspeita de ser a responsável pelo vazamento de
óleo que alcança praias da Região Nordeste desde setembro. Segundo
representantes do Executivo, o dano ainda está sendo calculado, mas pode
chegar à casa dos bilhões de reais.
A investigação é conduzida pela Polícia Federal (PF) e pela Marinha.
De acordo com a apuração, a embarcação grega Boubolina teria feito um
carregamento na Venezuela, contornado a costa brasileira e seguido para
uma região próxima à Cingapura e à Malásia, onde teria efetuado uma
operação “barco a barco” de transferência de barris de óleo. O vazamento
teria ocorrido no fim de julho.
Em coletiva a jornalistas em Brasília, o chefe de geointeligência da PF, Franco Perazzoni, declarou que a corporação cobrou por meio da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) que a companhia Delta Tankers se pronunciasse sobre o vazamento e esclarecesse informações sobre a viagem, como quem comandava o veículo, quanto foi carregado na Venezuela e qual foi o destino do óleo.
Um inquérito foi aberto pela Superintendência da PF no Rio Grande do Norte. A ação investiga diversos ilícitos relacionados ao episódio, como crime ambiental. Diante das evidências de óleo no Parque de Abrolhos, no Sul da Bahia, as irregularidades incluiriam também violações contra áreas de proteção.
Franco Perazzoni, explicou ainda que a empresa grega é a única suspeita, mas que a equipe ainda vai analisar as respostas dela e das autoridades marítimas, não tendo ocorrido ainda o indiciamento da firma.
“Agora é a fase mais complexa no exterior. Já iniciamos a cooperação
policial. Pedimos para a Grécia quem são os donos, quando abasteceu.
Estamos aguardando os resultados de pedidos de cooperação e explorando
toda forma de buscar dados. Temos que obter documentação, avançar para
reunir elementos que necessitamos para chegar a conclusões”, comentou
Perazzoni.
Além disso, inquéritos foram abertos pela Marinha juntamente a autoridades marítimas, inclusive internacionais. “A Marinha abriu inquérito administrativo que vai para o tribunal marítimo. Eles têm um poder de alcançar os responsáveis. A autoridade marítima brasileira oficiou autoridade marítima grega”, relatou o comandante operacional da Força, Leonardo Puntel.
Em nota divulgada em seu site, a empresa grega Delta Tankers rebateu alegando que conduziu uma apuração a partir de suas câmeras e sensores e que não haveria prova alguma de um vazamento de óleo durante o trajeto entre a Venezuela e a Malásia. No comunicado, a companhia também informou não ter sido comunicada ainda, mas que o material levantado por ela “será compartilhado com autoridades brasileiras”.
Em coletiva a jornalistas em Brasília, o chefe de geointeligência da PF, Franco Perazzoni, declarou que a corporação cobrou por meio da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) que a companhia Delta Tankers se pronunciasse sobre o vazamento e esclarecesse informações sobre a viagem, como quem comandava o veículo, quanto foi carregado na Venezuela e qual foi o destino do óleo.
Um inquérito foi aberto pela Superintendência da PF no Rio Grande do Norte. A ação investiga diversos ilícitos relacionados ao episódio, como crime ambiental. Diante das evidências de óleo no Parque de Abrolhos, no Sul da Bahia, as irregularidades incluiriam também violações contra áreas de proteção.
Franco Perazzoni, explicou ainda que a empresa grega é a única suspeita, mas que a equipe ainda vai analisar as respostas dela e das autoridades marítimas, não tendo ocorrido ainda o indiciamento da firma.
Além disso, inquéritos foram abertos pela Marinha juntamente a autoridades marítimas, inclusive internacionais. “A Marinha abriu inquérito administrativo que vai para o tribunal marítimo. Eles têm um poder de alcançar os responsáveis. A autoridade marítima brasileira oficiou autoridade marítima grega”, relatou o comandante operacional da Força, Leonardo Puntel.
Em nota divulgada em seu site, a empresa grega Delta Tankers rebateu alegando que conduziu uma apuração a partir de suas câmeras e sensores e que não haveria prova alguma de um vazamento de óleo durante o trajeto entre a Venezuela e a Malásia. No comunicado, a companhia também informou não ter sido comunicada ainda, mas que o material levantado por ela “será compartilhado com autoridades brasileiras”.
Multas
Caso comprovada a responsabilidade da empresa, ela poderá responder
pelas infrações ambientais bem como por danos aos comerciantes da
região. O presidente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Leonardo Bim, lembrou que a multa
máxima pela legislação é de R$ 50 milhões, mas que o valor final pode ir
além deste montante.
“O limite é R$ 50 milhões, mas pode ser aplicada mais de uma multa a
depender da infração. Podem ser considerados danos da União, estados e
municípios. O dano não está quantificado ainda, mas pode chegar à casa
de bilhões”.
Situação
Até hoje, o grupo de acompanhamento do governo federal contabilizou
321 praias em 110 municípios em nove estados atingidas desde o início do
aparecimento das manchas de óleo. Segundo o Ministério da Defesa, hoje
permaneciam 11 praias, em três estados: Bahia, Sergipe e Alagoas. Ceará,
Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte estão, conforme as
autoridades do Executivo, “limpos”.Ontem foram identificadas as primeiras manifestações de óleo no Parque de Abrolhos, no Sul da Bahia. O comandante da Marinha classificou as substâncias identificadas como “fragmentos” e “pelotas”, buscando diferenciá-las das manchas que apareceram em outras praias. No dia de hoje, acrescentou, não houve registros de óleo no local.
Puntel ressaltou que o caso é inédito e que o óleo se desloca por baixo do mar, o que dificulta a previsibilidade da sua rota. O responsável pela operação assinalou que as manchas arrefeceram na Região Nordeste, mas que não é possível “descartar possibilidades”. “Como é óleo que vem submerso e não conseguimos detectar, não sabemos se tem muita coisa ou pouca coisa”, respondeu.
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