Essa será a primeira vez em que a coalizão ocupará a maior parte dos assentos do Parlamento, colocando fim a 17 anos de domínio dos socialistas
Essa é a primeira vez em que a coalizão opositora consegue uma maioria no Parlamento desde que este foi criado, com a nova Constituição de 1999. A vitória da oposição permite à coligação designar a junta diretiva da Câmara, que tomará posse em 5 de janeiro de 2016, e da qual nunca fez parte.
Entre outras coisas, coligação têm a possibilidade de aprovar uma lei de anistia que extinga a responsabilidade penal que pesa sobre vários opositores presos, entre eles o líder da oposição, Leopoldo López, condenado a quase 14 anos de prisão.
Maduro reconheceu a vitória da oposição logo após o anúncio, dizendo que a democracia e a Constituição venezuelana triunfaram, apesar da derrota de seu grupo político. O presidente culpou a tentativa de desestabilização da revolução socialista por parte de seus adversários pelo revés, que considerou "circunstancial". "Posso dizer hoje que a guerra econômica venceu", disse ele em pronunciamento pela televisão a partir do palácio presidencial.
Em sua conta no Twitter, ex-candidato à presidência pela oposição Henrique Capriles comemorou a vitória. "Ganhamos, Venezuela! Sempre dissemos que este era o caminho: humildade, maturidade e serenidade. Viva o povo venezuelano!", escreveu.
Oposição - A coligação opositora da país, a Mesa da Unidade Democrática (MUD), afirmou nesta segunda-feira que sua vitória nas legislativas representa o "começo da mudança" no país. "Começou a mudança Venezuela, hoje temos razões para comemorar, o país pedia uma mudança, essa mudança começou hoje", disse o secretário-executivo da MUD, Jesús Torrealba.
Com esta vitória "a agenda da paz reinou, a agenda dos cidadãos se impôs, o voto conseguiu vencer democraticamente um governo que não é democrático", afirmou o porta-voz da aliança ao fazer a leitura de um comunicado conjunto da plataforma que reúne a maioria dos partidos de oposição.
Torrealba considerou que esta vitória envia uma mensagem ao governo de Nicolás Maduro, porque demonstra que "o povo falou claro, as famílias venezuelanas se cansaram de viver as consequências do fracasso, o povo não tolera nem o mais mínimo desvio dos princípios estabelecidos na constituição".
(Da redação)
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