À CPI da Petrobras, presidente do banco de fomento disse que decisão de conceder financiamento à Sete Brasil seguiu critérios absolutamente técnicos
Coutinho, que foi convocado a depor na CPI, afirmou que o projeto de construção de sondas pela Sete Brasil ,que tem participação acionária da Petrobras, passou pelas análises técnicas, mas que a construtora de sondas acabou não se adequando aos termos exigidos pelo banco. "O BNDES seria a principal fonte dentro do projeto inicial. O fato é que até este momento não houve contrato nem desembolso de recursos", afirmou ele.
De acordo com o presidente do BNDES, havia interesse justificável na concessão de empréstimo à Sete Brasil; "O objetivo era, e é, viabilizar a geração de emprego no Brasil em engenharia naval, construção naval e a mobilização de uma grande cadeia produtiva de equipamentos e insumos", disse ele.
Barusco, que também foi gerente da diretoria de Serviços da Petrobras, admitiu que os contratos da empresa eram usados para desviar recursos e pagar propina - inclusive ao tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. O planejamento da Sete Brasil previa a construção de 28 sondas e fecharia um novo contrato de financiamento bilionário com o BNDES. Mas a revelação do pagamento de propina inviabilizou o empréstimo e afastou investidores.
Coutinho, que é membro do Conselho de Administração da Petrobras, também afirmou que a governança da estatal falhou ao não detectar os desvios bilionários descobertos pela operação Lava Jato: "Nunca percebemos falhas de governança. Não obstante, a posteriori, os eventos da operação Lava Jato revelados mostram que determinadas fronteiras de governança foram sobrepujadas e isso obviamente requer um aperfeiçoamento do sistema de governança".
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