quadrilha que trouxe fuzis pelo Galeão
Organização foi descoberta após a apreensão de 60 armas de guerra no terminal de cargas do aeroporto, em junho deste ano
Rio
- O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro denunciou, nesta
quarta-feira, 16 suspeitos de integrar a quadrilha de tráfico
internacional de armas descoberta em junho deste ano, quando 60 fuzis de
guerra foram encontrados pela polícia no Terminal de Cargas do
Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (Galeão).
Segundo o MPF, entre 2014 e 2017 os acusados
importaram armas ilegalmente 75 vezes. Fuzis, carregadores e munições
eram disfarçados nas declarações de importação como aquecedores e bombas
de água. Os objetos eram trazidos de Miami, nos Estados Unidos.
As
autoridades estimam que, durante três anos, quase 300.000 munições e
cerca de 1.000 fuzis com carregadores tenham sido trazidos para o Brasil
pela quadrilha. As armas eram compradas por valores entre US$2,5 mil e
US$3,5 mil (aproximadamente entre R$7,8 mil e R$10,9 mil na cotação
atual) e vendidas por entre R$37,5 mil e R$53 mil.
Os denunciados Frederik Barbieri, Ana Cláudia
Santos, João Filipe Cordeiro Barbieri, Alexandre Cláudio Duarte Pires,
Edson da Silva Ornellas, Mrcus Garrido Lourenço, Cláudio Alves Mendonça,
Márcio Pereira e Costa, João Victor Silva Roza, Gil dos Santos Almeida,
José Carlos dos Santos Lins, André Callil Assen, Victor Hugo Ferreira
dos Santos Cardozo, Francisco Souza Siqueira e Luciano de Andrade Faria
são acusados de organização criminosa, tráfico internacional e comércio
ilegal de armas de fogo, munições e acessórios de uso restrito. Quatorze
denunciados tiveram a prisão preventiva decretada.
As investigações revelaram a existência da quadrilha,
chefiada por Frederik Barbieri, que tem dupla nacionalidade (brasileira
e americana), sua esposa Ana Cláudia Santos e seu filho João Filipe
Cordeiro Barbieri. As armas eram distribuídas a facções criminosas do
Rio de Janeiro.
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