General Joaquim Silva e Luna estava num evento na Zona Portuária, enquanto, do lado de fora, grupo protestava contra a morte de adolescente na Maré durante ação policial
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ESTADÃO CONTEÚDO
Rio - O ministro da
Defesa, general de Exército Joaquim Silva e Luna, defendeu a
continuidade da intervenção no Rio, num momento em que o projeto tem
sofrido críticas por não ter reduzido índices de violência. Em uma feira
de equipamentos de segurança, na Zona Portuária do Rio, no início da
tarde desta quarta-feira, o ministro disse que a redução dos índices
será uma "consequência" do projeto.
Durante o evento, manifestantes chegaram a fazer um
protesto, na entrada da feira, contra a morte de Marcos Vinícius da
Silva, de 14 anos, baleado a caminho da escola, no complexo de favelas
da Maré, durante uma operação policial. O grupo desenhou mãos de tinta
vermelha no chão e escreveu "Estado do RJ". No local, também estava
presente o secretário de Segurança do Rio, Richard Nunes, que não falou
com a imprensa.
O ministro da Defesa disse que "ao invés de ficar
fazendo medidas midiáticas e pirotécnicas", a intervenção pretende
deixar uma polícia "estruturada, motivada e em condições de prestar
serviços" e entregar resultados.
"Essa é uma preocupação do interventor e de quem
participa disso A redução dos índices de criminalidade será consequência
dessa intervenção", afirmou. "É preciso que se entregue o planejamento
que está sendo feito a um ponto de não retorno. A partir daquele ponto,
ele tem que prosseguir", disse.
Segundo dados divulgados em maio pelo serviço Fogo
Cruzado, a intervenção federal na segurança do Rio não reduziu o número
de tiroteios/disparos de armas de fogo na Região Metropolitana do Rio.
De acordo com os números, houve 2.309 tiroteios ou
disparos de arma de fogo na Região Metropolitana nos três meses após a
intervenção. No mesmo período do ano passado, haviam sido 1.239
notificações. Houve, portanto, um aumento de 86% nos registros de
tiroteios/disparos.
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