O texto apresentado por Brasil, Argentina, Canadá, Chile, Estados Unidos, México e Peru, que esperam que seja votado no plenário da assembleia, foi repudiado pela Venezuela como “um ato ingerencista”.
O “projeto de resolução sobre a situação na Venezuela”, apresentado pelas missões permanentes desses países na OEA propõe aplicar os mecanismos previstos na Carta Democrática Interamericana quando ocorre uma “alteração da ordem constitucional que afete gravemente a ordem democrática” de um Estado-membro.
Esses mecanismos vão desde gestões diplomáticas até a convocação a uma assembleia geral extraordinária que, por dois terços dos votos, pode decidir suspender o Estado-membro de sua participação no fórum regional.
Em entrevista coletiva, o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, insultou o “cartel organizado contra a Venezuela” e disse que esse projeto é mais uma das coisas feitas pelo “‘pistoleiro-geral’ da OEA”, em alusão ao secretário-geral Luis Almagro, duro crítico do governo de Nicolás Maduro.
“Como vão nos suspender se já saímos?”, questionou, destacando que, em abril de 2017, a Venezuela solicitou sua saída da OEA, processo que levará dois anos. “Nós já saímos”, insistiu.
Explicou que a sua presença nesta assembleia responde à necessidade de defender o modelo venezuelano “que foi eleito por 68% dos eleitores”, e que a OEA pretende desconhecer.
Fontes diplomáticas disseram à AFP que o projeto de resolução deve ser discutido nesta segunda e votado na terça-feira.
Para aprovar uma resolução na OEA, é necessário contar com maioria simples, ou seja, 18 votos. A OEA conta com 35 membros, embora somente 34 estejam ativos, posto que Cuba não participa.
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