Candidato do PT também disse que o concorrente do PSL não fez como deputado federal "10%" pelo Estado do Rio do que ele realizou como ministro da Educação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba desde abril
Por
O Dia
Rio de Janeiro - O
candidato do PT à Presidência da República nas eleições 2018, Fernando
Haddad, disse nesta terça-feira que o candidato Jair Bolsonaro (PSL)
precisa de tratamento psicológico "Bolsonaro tem algum problema
psicológico contra mulher, negro e LGBT. Sou a favor que a Câmara pague
tratamento psicológico para ele", afirmou, em discurso para apoiadores
no calçadão de Duque de Caxias, na Baixada fluminense.
Ele também disse que o candidato, como deputado federal
pelo Rio, não fez "10%" pelo Estado do que ele realizou como ministro
da Educação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em
Curitiba desde abril, destacando a inauguração de unidades de ensino
público federal e a concessão de bolsas do ProUni no período. "Bolsonaro
está com boa votação no Rio por ser daqui. O que ele trouxe para cá?
Mais ódio. Ele tem 28 anos como deputado. Um patrimônio de R$ 15
milhões, e dizem que é pobre. Só se for na Suíça".
O candidato petista também criticou a fala contra o 13º
salário feita pelo vice de Bolsonaro, o general Hamilton Mourão, e
disse que com eles na Presidência os pobres pagariam mais imposto. "O
mundo do Bolsonaro é completamente diferente do mundo que o presidente
Lula encarna e que eu represento".
Haddad alertou apoiadores sobre mensagens via Whatsapp
que podem difundir fake news. "Tem muito lixo contra a gente, tudo
falso. Bolsonaro tem medo do debate olho no olho porque não tem o que
dizer. (Ele age) só no Whatsapp. Desejo saúde a ele. Quero que ele viva
120 anos para ver que o mundo que ele tem na cabeça não pode ser de
intolerância nem de perda de direitos".
Crimes
Antes, durante uma passagem-relâmpago por Campo Grande,
zona oeste do Rio, Haddad tocou nos temas mais sensíveis para a
população fluminense: saúde, segurança e educação.
No dia seguinte à pesquisa Ibope/Estado/TV Globo que
mostrou sua candidatura estagnada e a do seu principal concorrente, o
candidato do PSL Jair Bolsonaro, ganhando vantagem de 10 pontos, Haddad
acenou com a federalização de alguns crimes, como tráfico, homicídio e
feminicídio, para permitir a atuação da Polícia Federal nas
investigações.
"O Exército é bom para algumas coisas, mas não para
tudo", declarou, sem se referir diretamente à intervenção do exército no
Rio de Janeiro. Ele voltou a afirmar que no seu governo a sociedade não
será armada, também se contrapondo a Bolsonaro, mas terá acesso à
educação e emprego.
"Não queremos as mãos dos brasileiros armadas. Queremos
em uma mão um livro e em outra uma carteira de trabalho", repetiu a
afirmação feita mais cedo em sua passagem pela Fiocruz. Ele informou
ainda que pretende usar o Exército e outras instituições federais para
"adotar" escolas estaduais do ensino médio, mas não deu detalhes.
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