Marinha lança ao mar o Riachuelo, mais
avançado submergível já construído no País, e prepara a construção da
primeira embarcação nuclear nacional
Vicente Vilardaga
A Marinha tem motivos para comemorar. Depois de dez anos de
desenvolvimento e alguns atrasos, vai ao mar, no dia 14 de dezembro, o
submarino S-Br Riachuelo, uma adaptação do modelo francês Scorpène,
construído totalmente no Brasil no Complexo Naval de Itaguaí, no Rio de
Janeiro, com a mais avançada tecnologia disponível no mundo. O Riachuelo
está em fase de acabamento e é o primeiro de uma série de cinco
submergíveis que serão produzidos no país nos próximos dez anos. Haverá
mais três embarcações convencionais com propulsão diesel-elétrica do
mesmo modelo, que serão batizados de Humaitá, Tonelero e Angostura,
todos nomes de batalhas navais da Guerra do Paraguai, a serem entregues
até 2023. E o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), que dá
seu primeiro fruto agora, será coroado pela construção do primeiro
submarino nuclear brasileiro, previsto para ser entregue em 2029, o
SN-BR Álvaro Alberto, em homenagem ao almirante pioneiro na criação do
programa nuclear. Apenas cinco países do mundo detém a tecnologia para a
produção de submarinos nucleares e o Brasil está mais próximo desse
seleto grupo.
O Prosub faz parte da Estratégia Nacional de Defesa e prevê a
autossuficiência na produção brasileira de submarinos convencionais e
nucleares. O projeto começou em dezembro de 2009, a partir de uma
parceria da empresa francesa DCNS, hoje Naval Group, dona do projeto do
Scorpène, com a Marinha Brasileira e envolveu a construção do estaleiro
dedicado aos submergíveis em Itaguaí, na região metropolitana do Rio de
Janeiro. Hoje, a frota nacional tem 5 submarinos em operação, sendo que
dois estão em período de manutenção, o Timbira e o Tapajó. A frota é
insuficiente para atender as necessidades de vigilância e reconhecimento
da chamada Amazônia Azul, como os militares chamam o território
marítimo brasileiro, que compõe uma área de 4,5 milhões de quilômetros
quadrados. A Estratégia Nacional de Defesa prevê um grande reforço na
frota naval na próxima década. Prevê também a aquisição de uma
embarcação especializada em busca e salvamento. Essa preocupação se
acentuou depois do desaparecimento do ARA San Juan, na Argentina, em
novembro do ano passado.
O Riachuelo possui algumas modificações em relação ao Scorpène.
Enquanto o modelo francês pesa 1717 toneladas e mede 66,4 metros, a
versão brasileira pesa 1870 toneladas e mede 72 metros. Ele submerge a
até 300 metros de profundidade e atinge uma velocidade de 32 quilômetros
por hora. Segundo a Marinha, o índice de nacionalização de peças da
embarcação é de 20%, um percentual considerado baixo e atribuído ao
limitado desenvolvimento da indústria nacional de defesa. Segundo o
almirante de esquadra Bento Costa Lima Leite, há um esforço permanente
para capacitar fornecedores e permitir que os outros submarinos do
projeto Prosub tenham um conteúdo local de componentes mais elevado. Se
os submarinos são pouco nacionalizados, as instalações da base de
Itaguaí foram erguidas com 95% dos equipamentos produzidos no Brasil. “O
Prosub vai dotar o Brasil com tecnologia de ponta e a concretização do
programa vai fortalecer diversos setores industriais nacionais”, diz o
contra-almirante Luiz Roberto Cavalcanti Valicente, diretor do centro de
comunicação da Marinha.
Inicialmente o Riachuelo deveria ter entrado em operação em julho
deste ano, mas atrasos na sua construção e cortes orçamentários a partir
de 2015 adiaram o lançamento em seis meses. Mesmo assim, depois de
lançado ao mar, ele voltará à linha de produção para receber novos
equipamentos que o deixarão pronto para cumprir uma longa série de
testes, incluídos os de profundidade máxima e o de lançamento de
torpedos. A ideia de inaugurá-lo agora visa dar uma satisfação para a
sociedade sobre a evolução do Prosub e também permitir que o atual
comandante da Marinha, almirante de esquadra Eduardo Leal Ferreira, faça
a entrega do primeiro produto do programa. O custo total do Prosub,
incluída a produção do submarino a propulsão nuclear, que terá
desenvolvimento totalmente nacional sem qualquer tipo de cooperação,
será de R$ 35 bilhões, a serem investidos até 2030. Metade desse
orçamento já foi gasto na implantação da base de Itaguaí e na construção
do Riachuelo. Componentes Nacionais
Um dos maiores desafios da Marinha é desenvolver fornecedores no
mercado interno para os componentes dos submarinos. Os submarinos
Scorpene contam com dois compartimentos de baterias, que servem para
acionar os motores elétricos da embarcação. A nacionalização das
baterias tracionarias é uma das prioridades da Marinha. Até a década
passada, a necessidade de baterias dos submarinos brasileiros era
suprida localmente pela empresa Saturnia, que fechou as portas em 2011. A
nova leva de submergíveis será equipada pela Newpower, empresa paulista
que já fornece equipamentos para as embarcações da classe Tupi. Tanto o
Riachuelo como o Humaitá, porém, terão baterias importadas da Alemanha,
fabricadas pela Exide. Espera-se que as baterias da Newpower equipem o
Tonelero e o Angostura. Outros itens nacionalizados são as válvulas de
casco, que controlam a flutuabilidade do submarino. O fornecedor é a
empresa gaúcha Micromazza.
A história dos submarinos no Brasil começa no final do século 19 com o
desenvolvimento de protótipos. Em 1904, os submergíveis foram incluídos
no primeira programa de construção naval da Marinha. Sete anos depois
foi criada uma sub-comissão naval brasileira na Europa, na cidade de La
Spezia, na Itália, para fiscalizar a construção dos três primeiros
submarinos encomendados ao governo italiano. Essa flotilha, que incluía
embarcações da chamada classe F entrou em operação em 1914. Depois da
Segunda Guerra, a Marinha passou a se equipar com submarinos americanos
das classes Fleet-Type e Guppy. Só na década de 1980, o Brasil passou a
buscar a auto-suficiência para projetar e construir suas próprias
embarcações. Foi assinado um contrato de transferência de tecnologia e
capacitação técnica com o estaleiro alemão HDW, do qual derivou o
submarino Tupi S30. O primeiro submarino construído totalmente no País
foi o Tamoio, que foi ao mar em 1994. Nessa época outros dois submarinos
foram construídos localmente, o Timbira e o Tapajó. Já neste século foi
ao mar o modelo Tikuna, semelhante externamente ao Tupi, mas possuidor
de várias inovações tecnológicas, sobretudo na geração de energia, no
sistema de direção de tiro e nos sensores. Com o Riachuelo mais uma
etapa evolutiva está sendo cumprida e o próximo salto tecnológico será
dado com o submarino nuclear Álvaro Alberto.
Aos bravos GUERREIROS DE SELVA formados e qualificados pelo Centro de Operações na Selva e Ações de Comando (COSAC) e Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) para defender a soberania da Amazônia - BRASIL, meus sinceros cumprimentos pelo dia:"03 DE JUNHO - DIA DO GUERREIRO DE SELVA" ÁRDUA É A MISSÃO DE DEFENDER E DESENVOLVER A AMAZÕNIA, MUITO MAIS DIFÍCIL PORÉM, FOI A DE NOSSOS ANTEPASSADOS EM CONQUISTÁ-LA E MANTÊ-LA"ORAÇÃO DO GUERREIRO DA SELVA Senhor,Tu que ordenaste ao guerreiro da selva: “Sobrepujai todos os vossos oponentes!” Dai-nos hoje da floresta: A sobriedade para persistir, A paciência para emboscar, A perseverança para sobreviver, A astúcia para dissimular, A fé para resistir e vencer, E dai-nos também Senhor, A esperança e a certeza do retorno. Mas, se defendendo esta brasileira Amazônia, Tivermos que perecer, ó Deus! Que o façamos com dignidade E mereçamos a vitória! SELVA!http://www.cigs.ensino.eb.br/
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