Segundo Filipe Martins, assessor para assuntos internacionais do PSL, a conversa foi sobre "investimentos, segurança regional e outras áreas de cooperação".
Por
ESTADÃO CONTEÚDO,
Estadão Conteúdo
Washington - O deputado
Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro,
chegou na manhã desta segunda-feira a Washington (EUA) para uma série de
conversas de aproximação do governo eleito com o governo americano. A
primeira parada de Eduardo foi no Departamento de Estado, onde se
encontrou com a secretária-adjunta para o Hemisfério Ocidental, Kim
Breier.
Segundo Filipe Martins, assessor para assuntos
internacionais do PSL, a conversa foi sobre "investimentos, segurança
regional e outras áreas de cooperação".
Kim Breier foi a primeira integrante do governo
americano a se manifestar publicamente elogiando o presidente eleito
pela postura com Cuba com relação ao programa Mais Médicos. "Que bom ver
o presidente eleito Bolsonaro insistir em que os médicos cubanos no
Brasil recebam seu justo salário ao invés de deixar que Cuba leve a
maior parte para os cofres do regime", escreveu ela em sua conta no
Twitter, depois de o governo cubano informar que estava se retirando do
programa social Mais Médicos do Brasil após declarações "ameaçadores e
depreciativas" de Bolsonaro, que anunciou mudanças "inaceitáveis" no
projeto.
Depois do encontro no Departamento de Estado, Eduardo
Bolsonaro foi a almoço organizado pelo think tank American Enterprise
Institute. O encontro aconteceu a portas fechadas, só para convidados.
Ao chegar, Eduardo falou que a viagem é uma forma de
"resgatar a credibilidade brasileira e dizer que o novo governo está
disposto a não só fazer comércio como cooperar em diversas outras áreas e
não somente fazer comércio com aquele viés ideológico que a gente sabe
que era feito antigamente". Ele disse ainda que o Brasil durante os
governos do PT enviou dinheiro via BNDES "para ditaduras como a cubana e
como a venezuelana".
"É um primeiro passo, que as coisas vão mudar e muito,
também vide perfil do novo ministro de Relações Exteriores, Ernesto
Araújo, que vem também nesse sentido". Ele disse que terá uma "agenda
cheia", sem divulgar os demais compromissos. Eduardo Bolsonaro fica em
Washington até quarta-feira, quando vai a Nova York e, depois, a Miami.
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