O presidente Jair Bolsonaro
discursa durante cerimônia de promoção de generais das Forças Armadas em
Brasília, 9 de dezembro de 2019 - AFP
O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta
segunda-feira, 16, que “todas as alternativas estão na mesa”, quando
questionado sobre possível volta de um imposto sobre transações
financeiras, nos moldes da extinta Contribuição Provisória sobre
Movimentação Financeira (CPMF). O governo só aceitaria criar um imposto
se outro tributo for extinto, disse o presidente. “Nós não queremos
criar nenhum novo tributo. A não ser que seja para extinguir outros e,
assim mesmo, colocado junto à sociedade, para ver qual a reação da
sociedade, a gente vai levar adiante essa proposta ou não.”
Bolsonaro afirmou que “nada vai ser feito” se o governo tentar tirar
do papel uma reforma tributária “ampla, geral e irrestrita”, que mexa em
impostos federais, dos Estados e dos municípios.
O presidente declarou que tem usado o termo “simplificação de
impostos”, em vez de reforma tributária em conversas com o ministro da
Economia, Paulo Guedes.
“Se nós quisermos fazer uma reforma tributária ampla, geral e
irrestrita, envolvendo os Poderes, né, Executivo Federal, (tributos)
estaduais e municipais, não vai ser feito nada. Tenho falado com Paulo
Guedes (a) palavra simplificação de imposto. E focar nos impostos
federais”, disse Bolsonaro.
As afirmações de Bolsonaro foram feitas após reunião do presidente com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.
Bolsonaro disse a jornalistas que conversará com Guedes antes de
definir a data para envio do projeto sobre “simplificação de impostos”.
“Ele (Guedes) é o dono da máquina nesse sentido”, apontou.
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