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1. Jovita Feitosa
(/Reprodução)
(8.mar.1948, em Tauá (CE) – 9.out.1867, no Rio de Janeiro)
Quando tinha 17 anos, decidiu se alistar nos Voluntários da Pátria,
unidades militares criadas em 1865 pelo imperador Pedro 2º para lugar na
Guerra do Paraguai (1864-1870). Como as forças
militares não aceitavam mulheres no campo de combate, ela cortou o
cabelo bem curto e usou roupas masculinas para tentar se passar por homem.
Foi delatada por uma mulher e obrigada a se alistar como enfermeira, o
que não aceitava. Seu caso chamou a atenção do governador da Província
do Piauí, Franklin Dória, que a incluiu no Exército nacional como
segundo sargento e a enviou para o Rio, onde se tornou uma celebridade
“exótica” por ser uma mulher que queria ir para a guerra. Não chegou a
ir ao front porque foi vetada pelo Ministério da Guerra. Abandonada pelo
marido, o engenheiro inglês Guilherme Noot, e em depressão, se matou com uma punhalada aos 19 anos.
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2. Clara Camarão
(TSE Biblioteca Digital/Reprodução)
(locais e datas de nascimento e morte desconhecidos)
Indígena nascida na metade do século XVII onde hoje é a cidade de Natal
(RN), recebeu este nome após ser catequizada por jesuítas. Era mulher de
Filipe Camarão, personagem que entrou para a história por liderar
tropas indígenas durante a Insurreição Pernambucana,
série de confrontos armados que resultou na expulsão dos holandeses do
Nordeste no século XVII. Filipe integra o Livro dos Heróis e Heroínas da
Pátria desde 2012. Considerada uma precursora do feminismo por recusar o papel dedicado tradicionalmente às mulheres, Clara era treinada no uso de armas, foi para o campo de batalha e liderou um pelotão de índias potiguares
na luta contra os holandeses, inclusive na célebre Batalha dos
Guararapes, que selou a vitória brasileira. Seu marido, Filipe, morreu
após ser ferido na batalha. Clara morreu no anonimato em data e local
desconhecidos.
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3. Bárbara de Alencar
(/Reprodução)
(11.fev.1760, em Exu, Pernambuco – 18.ago.1832, em Fronteiras, Piauí)
Foi uma combatente que atuou na Revolução Pernambucana de 1817 e na Confederação do Equador,
de 1824, dois movimentos de caráter separatista inspirados nos ideais
do Iluminismo. Três filhos dela também se envolveram em movimentos
revolucionários. Nascida em família rica – era filha de um fazendeiro,
foi detida na Revolução Pernambucana e é considerada a primeira prisioneira política da história do Brasil.
Morreu no Piauí após várias peregrinações em razão dos combates. Foi
homenageada com um livro de poemas (“Romanceiro de Bárbara”, de Caetano
Ximenes de Aragão), uma estátua em Fortaleza, a denominação da sede do
governo do Ceará (Centro Administrativo Bárbara de Alencar) e o nome de
um centro cultural. Entrou para o livro dos Heróis e Heroínas da Pátria
em 2014.
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4. Anita Garibaldi
(WikiMedia Commons/Reprodução)
(30.ago.1821, em Laguna, SC – 30.ago.1849, em Ravena, Itália)]
Nascida Ana Maria de Jesus Ribeiro, ganhou o sobrenome ao se casar com o
revolucionário italiano Giuseppe Garibaldi, com quem teve quatro
filhos, e com ele lutar na Revolução Farroupilha, no Uruguai e na
Itália, feitos que lhe renderam o epíteto de “Heroína de dois mundos”.
Morreu na Itália com o filho mais novo enquanto fugia de soldados
austríacos, franceses e espanhóis durante uma série de combates pelo
controle do território italiano. Mito feminino por causa da dedicação e
da coragem, Anita é homenageada em ruas, praças e monumentos pelo país,
inclusive inspirando o nome de dois municípios – Anita
Garibaldi e Anitápolis, ambos em Santa Catarina. Foi interpretada por
Giovanna Antonelli na minissérie “A Casa das Sete Mulheres”, exibida
pela TV Globo em 2003, e por Ana Paula Arósio no filme “Anita e
Garibaldi”, do diretor italiano Alberto Rondalli, lançado em 2013.
Entrou para o Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria em 2012.
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5. Ana Néri
(/Reprodução)
(12.dez.1814, em Cachoeira, Bahia – 20.mai.1880, no Rio de Janeiro)
Casada com o capitão-de-fragata Isidoro Antônio Nery, teve três filhos com ele. Dois eram oficiais do Exército quando começou a Guerra do Paraguai
e foram para o front junto com o irmão dela, o major Mauricio Ferreira.
Anna pede, então, para se alistar como enfermeira e acompanhar os
filhos e o irmão. Perdeu um dos filhos na guerra. Como enfermeira, integrou os Voluntários da Pátria, unidades militares criadas em 1865 pelo imperador Pedro 2º, e se tornou célebre pela atuação nos hospitais
que abrigavam os feridos no confronto, o que a tornou uma espécie de
ícone da enfermagem no Brasil. Deu nome à primeira escola de enfermagem
de alto padrão do país e inspirou a criação do Dia do Enfermeiro, em 12
de maio. Entrou para o Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria em 2009.
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