Desde a última sexta-feira, a capital capixaba está sem policiamento nas ruas e familiares de policiais militares estão dificultando a saída de viaturas como forma de protesto
Brasília
- Tropas das Forças Armadas já estão em Vitória, capital do Espírito
Santo, para atuar no patrulhamento da cidade, informou no início da
noite de hoje o ministro da Defesa, Raul Jungmann. Desde a última
sexta-feira, a capital capixaba está sem policiamento nas ruas e
familiares de policiais militares estão dificultando a saída de viaturas
como forma de protesto.
Nas manifestações, eles reivindicam reajuste salarial e o pagamento de auxílio-alimentação, periculosidade, insalubridade e adicional noturno para os policiais.
Nas manifestações, eles reivindicam reajuste salarial e o pagamento de auxílio-alimentação, periculosidade, insalubridade e adicional noturno para os policiais.
De acordo com o ministro, as tropas federais
permanecerão “o tempo necessário” no estado até que a situação esteja
normalizada. “Nosso compromisso é de seremos inflexíveis e determinados
em restaurar a normalidade, a ordem, a paz e a tranquilidade em Vitória e
onde for necessário. O presidente (Michel) Temer determinou a nossa
presença aqui e que permanecêssemos o tempo necessário para que a ordem
fosse recuperada”, disse o ministro.
À tarde, atendendo solicitação do governador em
exercício do estado, César Colnago, o governo federal autorizou o envido
de militares das Forças Armadas e 200 homens da Força Nacional com o
objetivo de ajudar na retomada dos serviços de policiamento no estado.
“Já estamos nas ruas e nas próximas horas ou até
amanhã estaremos com efetivo compatível com a necessidade. Se o
planejamento em conjunto com as forças policiais aqui no Espírito Santo
assim determinar, teremos a disposição de agregar efetivos adicionais”,
disse Jungmann em entrevista à imprensa, em Vitória.
Já o governador em exercício do estado afirmou que a
solicitação de reforço federal se deu devido ao impasse com os
familiares dos policiais militares. “A população precisa de um serviço
de segurança que não pode se ausentar na forma da lei e da Constituição
e, devido a esse impasse, estamos aqui garantindo que vamos trabalhar
diuturnamente para reestabelecer a ordem, o serviço de segurança com a
ajuda do governo federal”, disse Colnago.
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