Agentes prenderam ainda o empresário Georges Sadala nesta quinta-feira
Rio
- A Polícia Federal prendeu, nesta quinta-feira, o ex-chefe da Casa
Civil do governo de Sérgio Cabral, Régis Fichtner. Os agentes chegaram à
casa do ex-secretário, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, por volta
das 6h. Desdobramento da Lava Jato, a ação é mais uma fase da Operação
Calicute, que prendeu o ex-governador em novembro do ano passado.
O empresário Georges Sadala também foi preso. Ainda
nesta manhã, os agentes cumprem outros três mandados de prisão, sendo
dois para o mesmo suspeito, e mandados de condução coercitiva e de busca
e apreensão. A ação foi denominada de "C'est fini", que em francês
significa "é o fim". O nome faz uma referência à Farra dos Guardanapos,
uma foto em que aparecem ex-secretários e empresários em Paris com
guardanapos na cabeça.
Segundo a PF, Fichtner teria
recebido uma propina no valor de R$ 1,6 milhão. Os procuradores
investigam um esquema de corrupção no uso de precatórios por empresas
que tinham dívidas, tributos e impostos com o governo estadual e também
por aquelas que tinham interesse em fazer negócios com o estado. De
acordo com os agentes, essas empresas procuravam o escritório de
advocacia de Fichtner.
Na ação desta quinta-feira, o empresário Fernando
Cavendish, ex-dono da empreiteira Delta Engenharia que cumpre prisão
domiciliar, foi conduzido coercitivamente para prestar depoimento. Ele
foi levado, por volta das 6h, de seu prédio na Avenida Delfim Moreira,
no Leblon, Zona Sul do Rio.
O empresário foi preso em julho de 2016 na Operação
Saqueador, também desdobramento na Lava Jato, e cumpre prisão domiciliar
desde agosto do ano passado. Cavendish foi o fundador da Delta, uma das
principais construtoras na gestão de Cabral.
Em
depoimento ao juiz Marcelo Bretas, o empresário disse que pagou 5% de
propina em dinheiro para Cabral para que a construtora participasse da
reforma do Maracanã. Além disso, os agentes da PF e do Ministério
Público investigam a participação de Cavendish para a escolha da empresa
nas licitações de obras do Rio Tietê, em São Paulo, e da reforma do
Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), no Rio.
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