Por onde as administrações petistas passam, a situação financeira é de terra arrasada. Em quatro estados já governados pelo PT, o quadro é de caos na gestão pública
Um olhar um pouco mais apurado sobre as gestões do PT nos Estados e Municípios onde a legenda chegou ao poder, desde a sua fundação, pode explicar por que o partido votou contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. Não foi só no governo federal que o PT pintou e bordou com os recursos públicos, jogando o País na mais profunda recessão das últimas décadas. Muito antes de chegar ao Palácio do Planalto, os petistas já vinham mostrando o descaso administrativo. Além da roubalheira colossal, o partido ainda conseguiu arrasar com as finanças de alguns dos estados mais importantes do País. Em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul, respectivamente terceiro e quarto maiores PIBs do País, o descalabro das gestões petistas levou à decretação de estado de calamidade financeira. Isso significa uma situação anormal, em que a capacidade de ação do Estado fica comprometida por dificuldades financeiras. O Distrito Federal também enfrenta, graças à herança de um ex-governador do PT, a maior crise financeira de sua história. Já o Ceará, que ainda é gerido pelo PT, vive hoje o caos na área de segurança, com os maiores índices de violência do País.
Prova de que o PT nunca teve apreço por gestões equilibradas é que os raros administradores do partido bem sucedidos, como as ex-prefeitas Luiza Erundina, em São Paulo, e Maria Luíza Fontenele, em Fortaleza, acabaram defenestradas pelo partido. O Rio Grande do Sul é um dos Estados importantes que afundaram em colapso financeiro sem precedentes após administrações do PT. O petista Tarso Genro, que governou de 2011 a 2014, agravou uma crise existente no estado havia anos. Eleito com a promessa de retomar o crescimento, ele seguiu pelo caminho inverso. Assumiu o Rio Grande do Sul com gasto anual de R$ 13,4 bilhões com os salários do funcionalismo, mas entregou a seu sucessor nada menos que R$ 21,6 bilhões em despesas com pessoal. Além disso, deixou uma dívida superior a R$ 54 bilhões. O gasto com previdência também é assustador. Em 2017, o déficit foi de R$ 10,5 bilhões.
Os petistas sempre demonstraram descaso pelas finanças. Isso explica por que o PT votou contra a Lei de Responsabilidade Fiscal
Herança maldita
O maior exemplo da negligência e omissão das autoridades foi a queda de um viaduto no Eixão Sul, uma das áreas mais movimentadas de Brasília, em 6 de fevereiro. Desde 2009, foram feitos pelo menos sete alertas sobre a necessidade de reparos urgentes na estrutura precária do viaduto, construído nos anos 50. Todos ignorados pelas autoridades, inclusive por Agnelo Queiroz. Nada foi feito e o viaduto acabou desabando. Por sorte, não houve vítimas.
A má administração do PT nos estados vai além da questão financeira. No Ceará, a crise é na segurança pública. Fortaleza vive uma onda de violência sem precedentes. A cidade já figurou entre as dez mais violentas do mundo e é, também, a capital com os maiores índices de criminalidade do País. O governador petista, Camilo Santana, tem tentado minimizar os efeitos da crise, afirmando que a violência no estado está “sob controle”. O sentimento entre a população, porém, é de muita insegurança. Há uma guerra entre facções criminosas no Estado, que explodiu em 2018. Em apenas dois dias, entre 27 e 29 de janeiro, 24 pessoas foram assassinadas em chacinas.
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