“Nós continuamos a fazer progressos e consideramos esta uma aliança estratégica excelente. Nós temos linhas de produção e de serviços complementares”, explicou durante uma entrevista à emissora CNBC.
“A Embraer tem capacidades verticais que correspondem à nossa estratégia para o futuro, e é uma boa combinação estratégica”, acrescentou.
A Boeing teria a maior parte do controle acionário da nova empresa, mas o governo brasileiro manteria sua “golden share”, com poder de veto.
As operações militares da Embraer continuariam sob controle brasileiro, acrescentou a mesma fonte, que pediu anonimato.
“Nós fizemos avanços, mas ainda há trabalho pela frente, e espero que alcancemos uma conclusão positiva”, indicou.
A terceira maior fabricante mundial, com volume de negócios de cerca de 6 bilhões de euros e 16 mil funcionários, a Embraer, privatizada em 1994, é uma das joias da indústria nacional. A empresa tem uma gama de aviões civis e militares, bem como jatos executivos.
A tomada de controle dos aviões comerciais da Embraer permitiria à Boeing ampliar sue portfólio, acrescentando aparatos com capacidade de até 150 assentos.
Isso ajudaria a recuperar terreno no setor de curto e médio alcance diante da Airbus, que anunciou em meados de outubro uma parceria estratégica com a canadense Bombardier – concorrente da Embraer no mercado de aviões comerciais de até cem assentos e de curto alcance – para a fabricação dos aviões CSeries.
Em 2013, a Embraer lançou a família de aviões E-Jets E2, nova geração de aparatos cuja entrada em serviço é esperada para 2018. Eles são futuros concorrentes dos CSeries.
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