Decisão judicial estabelece multa diária de R$ 2.000 em caso de descumprimento da ordem
Agência Brasil
No Rio Grande do Norte, o movimento de paralisação dos trabalhadores da segurança pública pode estar chegando ao fim. A desembargadora Judite Nunes expediu, no plantão judiciário, decisão em que considera a ação ilegal.
O cumprimento da ordem, que acatou pedido da Procuradoria-Geral do Estado, deve ser imediato, sob pena de multa diária de R$ 2.000, limitada ao teto de R$ 30 mil por réu. As associações representativas ainda não receberam o comunicado oficial.
Desde o dia 19, policiais civis e militares e bombeiros não saem às
ruas do estado. Agentes, escrivães e delegados da Polícia Civil estão
trabalhando em escala de plantão. O aquartelamento foi uma forma
encontrada pelos trabalhadores da segurança pública para reivindicar o
pagamento de salários e melhores condições de trabalho. Na decisão, a
desembargadora alerta sobre o aumento de saques e roubos, registrado na
última semana, bem como sobre o risco de perdas de vidas em decorrência
da situação.
Por outro lado, estabeleceu como contrapartida a instauração de uma mesa de negociação entre representantes do estado e das categorias,
“de modo a permitir a vocalização dos interesses atingidos pela atual
inércia estatal, bem como a solução consensual do embate que deu causa a
esse feito”.
A decisão se reporta à Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais
Militares e Bombeiros Militares do Estado do Rio Grande do Norte
(ASSPMBM/RN), à Associação dos Oficiais Militares Estaduais do Rio
Grande do Norte ( ASSOFME) e ao Sindicato dos Policiais Civis e
Servidores da Segurança Pública do RN (SINPOL/RN).
Força Nacional
A fim de garantir a segurança nas ruas e nos presídios, o governo
estadual pediu reforço de tropas ao governo federal. Desde o dia 22, um
efetivo extra da Força Nacional de Segurança Pública faz patrulhamento
ostensivo nas ruas de Natal.
A Força Nacional já atua no estado há mais de um ano. Inicialmente, ela
foi convocada para ajudar a controlar a crise do sistema penitenciário
no estado. Posteriormente, esses policiais deixaram de atuar nos
presídios para ajudar a Polícia Militar na segurança das ruas.
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