"Não temos papel salvacionista, mas de ajudar", disse Raul Jungmann. Ele também falou que pode haver 'acordo' entre sistema penitenciário e crime
Rio
- O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que a Forças Armadas
deverão permanecer no Rio até o fim de 2018. Jungmann informou que o
pedido foi encaminhado pelo governador Pezão e deverá ser acatado pelo
presidente Michel Temer nos próximos dias.
A ideia, no entanto, é a partir de agora tentar fazer uma espécie de protocolo de ações, onde seja estabelecido quais são as obrigações de cada parte. A estratégia é um esforço para tentar blindar o ministério das críticas do baixo impacto da atuação das forças para a melhoria da segurança no Estado.
"Nunca nos propusemos a resolver o problema da violência no Rio", reagiu o ministro, que considera haver uma "expectativa salvacionista" das Forças Armadas.
"Estamos em estado de prontidão. Vamos atuar caso nossa presença seja necessária." Jungmann afirmou não estar ainda certo se o ministério encaminhará o reforço para o Estado. Uma decisão, completou, deve ser tomada até o fim do dia de hoje.
Raul Jungmann também afirmou haver um "acordo tácito" entre forças de controle penitenciário e o crime organizado. "Isso precisa ser rompido", disse. "Vamos esperar que providência sejam tomadas", completou.
A ideia, no entanto, é a partir de agora tentar fazer uma espécie de protocolo de ações, onde seja estabelecido quais são as obrigações de cada parte. A estratégia é um esforço para tentar blindar o ministério das críticas do baixo impacto da atuação das forças para a melhoria da segurança no Estado.
"Nunca nos propusemos a resolver o problema da violência no Rio", reagiu o ministro, que considera haver uma "expectativa salvacionista" das Forças Armadas.
Ele se defendeu dizendo que o papel das Forças
Armadas é de auxílio, sobretudo na parte da inteligência. "Não é nossa
liderança. Não temos papel salvacionista, mas de ajudar. Segurança se
resolve na segurança, não na defesa."
Jungmann afirmou
haver uma espécie de "falha na arquitetura institucional" que acaba
levando as Forças de Segurança a cobrirem falhas que não são delas.
"Os
militares afirmam que eles são uma espécie de Posto Ipiranga", disse,
numa alusão à campanha publicitária. "Mas isso não se resolve o problema
de segurança. E pode trazer riscos extraordinários."
Jungmann
citou o caso do Rio Grande do Norte, Estado que, de acordo com ele, há
12 anos não realiza concurso para a área de segurança e que por três
vezes solicitou o reforço da Força Nacional."Estamos em estado de prontidão. Vamos atuar caso nossa presença seja necessária." Jungmann afirmou não estar ainda certo se o ministério encaminhará o reforço para o Estado. Uma decisão, completou, deve ser tomada até o fim do dia de hoje.
Raul Jungmann também afirmou haver um "acordo tácito" entre forças de controle penitenciário e o crime organizado. "Isso precisa ser rompido", disse. "Vamos esperar que providência sejam tomadas", completou.
Varredura organizada pela pasta em 31 unidades
prisionais identificou que um entre cada dois presos possui uma arma.
"Isso precisa ser explicado. A ideia que nos ocorre é que existe algum
tipo de relação entre o sistema prisional e as gangues de criminosos.
Como tudo isso entrar num sistema de segregação e isolamento?",
questionou. Os dados foram apresentados para os governos estaduais.
Jungmann
afirmou ser necessário ainda se reavaliar o controle que é feito sobre
visitas íntimas, de visitas de familiares e até mesmo de advogados.
"Três grandes criminosos têm 37 advogados", exemplificou. "Não queremos
discriminar tampouco reduzir garantias.Mas há um problema que precisa
ser enfrentado "
Medidas para evitar tal relação, afirmou, devem estar
previstas num pacote que será encaminhado para o Legislativo. "É
preciso cortar a relação do crime que está preso com o crime que está
nas ruas. Ou então, vamos ficar enxugando gelo."
Nenhum comentário:
Postar um comentário