O presidente Temer altera a rotina do
poder em Brasília no último esforço em busca dos votos necessários para a
aprovação da reforma da Previdência. O Brasil não pode protelar mais
Tábata Viapiana
Para retomar o crescimento depois de superar a maior recessão
econômica da sua história, o Brasil precisa aprovar, sem mais delongas, a
reforma da Previdência. É imperativo que o texto receba a anuência do
Congresso, de maneira urgente e inadiável, sob o risco do colapso do
sistema. A situação atual é insustentável. O prejuízo aumenta a cada
ano, consumindo parte do Produto Interno Bruto e tornando impossível o
equilíbrio das contas públicas. Em 2017, o déficit pode chegar a R$
188,8 bilhões, segundo cálculos do governo Michel Temer. O horizonte da
maioria dos brasileiros, o destino da economia do País –, que já dá
sinais mais do que nítidos da recuperação, depois de 13 anos de
barbeiragens e populismo econômico, – encontra-se nas mãos do Congresso
Nacional. É, mais do que nunca, o momento de as vossas excelências serem
chamadas à razão. São necessários 308 votos, de 513. Ou seja, 2/3 dos
integrantes da Câmara. Na última semana, o governo contabilizava 290
votos – restando, portanto, 12 parlamentares favoráveis ao texto. A
maior parte pode derivar do PSDB, que ainda relutava nos últimos dias a
fechar questão em torno do tema, contrariando constrangedoramente suas
bandeiras históricas. A votação está marcada para o dia 18. Não é hora
de arroubos oportunistas nem de rasgar convicções, em favor de
conveniências eleitorais. 500 bilhões é quanto o país vai economizar em 10 anos
Para se ter uma idéia do tamanho do problema, em 2022, gastos com
aposentadoria e benefícios para idosos pobres representará 58% das
despesas primárias do governo em 2022. Hoje, o percentual é de 47%. E a
população está envelhecendo, o que aumentará o rombo. Atualmente, há 26
milhões de idosos. Em 2060, o número deve saltar para 73 milhões. Se a
reforma não for adiante, em 2060 o déficit da Previdência será de nada
menos do que R$ 8,9 trilhões. Um estudo do Banco Mundial revelou dados
ainda mais alarmantes sobre o sistema previdenciário do País. Concluiu
que o modelo atual contribui para o aumento da desigualdade. O déficit
é, também, o maior obstáculo ao ajuste das contas públicas. Segundo o
levantamento da instituição, 4% do PIB do Brasil são destinados a
despesas previdenciárias com servidores públicos. Além disso, há outra
grande injustiça no sistema: 35% dos recursos vão para os 20% mais
ricos, enquanto apenas 18% vão para os 40% mais pobres. “A reforma da
Previdência é necessária não só para reduzir os custos fiscais, mas
também para tornar o sistema previdenciário mais equitativo”, diz o
Banco Mundial. Para reequilibrar a Previdência, o estudo sugere algumas
medidas, tais como corrigir o piso das aposentadorias apenas pela
inflação e não pelo reajuste do salário mínimo e aumentar a contribuição
previdenciária dos servidores públicos que ganham acima do teto do
INSS. O futuro dos idosos
Para piorar o quadro já alarmante, o perfil da população está mudando
e o impacto é imediato sobre o sistema previdenciário, sem
amortecedores. Hoje, existem 19 pessoas com 60 anos ou mais para cada
100 trabalhadores em idade ativa (entre 15 e 59 anos). Em 2060, a
proporção deverá ser de 63 idosos para cada cem pessoas em idade ativa. A
necessidade da reforma é flagrante, diz Fábio Giambiagi,
superintendente do Planejamento do BNDES e especialista em Previdência.
“Quem lida com Previdência aprende que ela é uma questão política,
social e matemática. A demografia é transgressora, não está nem aí para a
constituição. Ou o Brasil entende isso ou o futuro da população vai ser
cada vez mais comprometedor”, afirmou Giambiagi. Dessa forma, não há
outra saída, não existe outro caminho possível que nos livre da
insolvência completa, a não ser a da reforma encaminhada pelo governo ao
Congresso.
Não se trata, portanto, de um projeto de governo, e sim de Estado. O
que será de um País sem recursos para pagar os benefícios aos seus
aposentados? Por isso, a avaliação do texto da reforma precisa
necessariamente estar acima das ideologias e da ótica política
tradicional, muitas vezes binária – e por que não obtusa – que reduz
toda discussão a uma batalha campal entre governo e oposição. Se todos
concordam que, apesar dos discursos convenientes de ocasião, essa
questão deverá ser resolvida inapelavelmente por quem quer que esteja no
poder a partir do janeiro de 2019, para que adiar mais? Como a corda
sempre arrebenta para o lado dos mais frágeis, o peso de uma eventual
reprovação da matéria em plenário não recairá sobre os políticos, mas
sobre os ombros de jovens recém-entrados no mercado de trabalho. “O
Tesouro Nacional divulgou dados da Secretaria de Previdência, projetando
um déficit para as próximas gerações de R$ 14 trilhões. Vamos ver
vários estados entrando em calamidade pública”, alertou Pedro Neri.
Segundo Paulo Tafner, economista, professor da Cândido Mendes e
pesquisador da FIPE-USP, os estados enfrentam uma situação calamitosa
porque a Previdência dos servidores públicos acabou consumindo parcelas
crescentes do orçamento. No Rio de Janeiro, por exemplo, 2/3 do total do
déficit orçamentário deve-se ao rombo da Previdência. “Criamos um
mecanismo de transferir dinheiro do pobre para aquele que não é pobre”,
afirma Tafner. O professor apresentou mais dados assustadores: das 26
capitais do país, 15 estão em déficit previdenciário, três em equilíbrio
precário e oito em superávit, que não deverá durar muito tempo.
Para conseguir ser aprovada na Câmara, a reforma proposta pelo
governo Temer foi enxugada. Mesmo assim, propõe medidas fundamentais
para reequilibrar o setor. A principal delas é a equiparação de regras,
ou seja, os servidores públicos terão o mesmo teto de aposentadoria que
os trabalhadores do setor privado. Hoje, o teto do INSS é de R$
5.530,00. “Temos uma reforma que é fundamental para alcançar um ambiente
macroeconômico arrumado para manter a inflação, sem prejudicar o
ambiente produtivo. É uma agenda justa e essencial para melhorar
distribuição de renda”, avaliou Zeina Latif, economista-chefe da XP
investimentos. Outra medida importante é o tempo mínimo de contribuição:
15 anos na iniciativa privada e 25 no serviço público. É um ponto
nevrálgico para combater uma das maiores desigualdades do modelo atual,
que é perverso com os mais pobres, exatamente aqueles com mais
dificuldade para atingir o tempo mínimo de contribuição.
O governo envidou todos os esforços possíveis para convencer os
deputados sobre a importância da aprovação do texto. Nos últimos dias, o
presidente Michel Temer alterou a rotina do poder: atrás dos votos
necessários promoveu rodadas de jantares, encontros e cafés da manhã com
os parlamentares. Mobilizou governadores e prefeitos. O governo chegou a
abordar deputados por aplicativos de troca de mensagens. Pelo Whatsapp,
o Planalto enviou um panfleto, batizado de “votar certo, deu certo”,
para desmistificar o estigma de que votar a favor da Previdência pode
prejudicar os parlamentares em 2018. O texto traz dados sobre a última
reforma da Previdência, realizada por FHC. Na ocasião, 69% dos deputados
que votaram a favor da proposta foram reeleitos em 1998. Entre os que
votaram contra, apenas 50% conquistaram um novo mandato.
O que será de um País sem recursos para pagar os benefícios aos seus aposentados? Os jovens de hoje é quem irão pagar a conta futura
Enquanto a conta dos 308 votos não fecha, o presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ) atua no sentido de segurar a proposta, ou seja,
trabalha para postergar a votação até que a situação seja favorável à
aprovação da reforma. “Nosso papel é tentar até o último dia”, disse
Maia. O risco é deixar a votação para 2018, ano eleitoral, em que muitos
parlamentares tendem a pensar mais nas urnas do que no futuro do País.
Uma das armas utilizadas pelo governo é o perdão aos parlamentares da
base aliada que votaram contra Temer na segunda denúncia apresentada por
Rodrigo Janot. Suas demandas voltam com as bênçãos do Palácio do
Planalto. As informações sobre os votos de cada bancada estão
concentradas no líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
No jantar no Alvorada com parlamentares da base aliada, ministros e
presidentes de partidos na quarta-feira 6, no Palácio da Alvorada, Temer
foi ciúrgico: “Como vocês vão explicar para a sociedade que votaram
para manter privilégios?”. Aprovar a reforma é um dever de todo
parlamentar que tem espírito público. É chegada a hora de mostrar
compromisso com o Brasil. Colaborou Fabíola Perez
Aos bravos GUERREIROS DE SELVA formados e qualificados pelo Centro de Operações na Selva e Ações de Comando (COSAC) e Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) para defender a soberania da Amazônia - BRASIL, meus sinceros cumprimentos pelo dia:"03 DE JUNHO - DIA DO GUERREIRO DE SELVA" ÁRDUA É A MISSÃO DE DEFENDER E DESENVOLVER A AMAZÕNIA, MUITO MAIS DIFÍCIL PORÉM, FOI A DE NOSSOS ANTEPASSADOS EM CONQUISTÁ-LA E MANTÊ-LA"ORAÇÃO DO GUERREIRO DA SELVA Senhor,Tu que ordenaste ao guerreiro da selva: “Sobrepujai todos os vossos oponentes!” Dai-nos hoje da floresta: A sobriedade para persistir, A paciência para emboscar, A perseverança para sobreviver, A astúcia para dissimular, A fé para resistir e vencer, E dai-nos também Senhor, A esperança e a certeza do retorno. Mas, se defendendo esta brasileira Amazônia, Tivermos que perecer, ó Deus! Que o façamos com dignidade E mereçamos a vitória! SELVA!http://www.cigs.ensino.eb.br/
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