Durante o dia de ontem, linhas de ônibus foram suspensas e outras circularam sob escolta da Polícia Militar
por Thatiany Nascimento - Repórter
A reportagem esteve em vários pontos da Cidade e o clima entre a
população, sobretudo, os usuários de transporte coletivo, era de
apreensão e incerteza. O ciclo de ataques, mais uma vez, comprometeu a
rotina da população. No fim do dia de sábado e na madrugada de domingo,
para continuar operando, a frota de ônibus foi restrita e passou a
circular em comboios com acompanhamento da Guarda Municipal e da Polícia
Militar. Já no domingo, a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza
(Etufor) garantiu que durante a manhã esse comboio permaneceria. No
entanto, esse acompanhamento não foi confirmado pela equipe do Diário do
Nordeste
A movimentação de passageiros, ontem, era pouca. Porém, muitos desses usuários de ônibus, aguardavam justamente linhas que, devido aos ataques, tiveram a circulação suspensa. Das 20 linhas que circulam pelo equipamento normalmente durante os domingos, ontem, cinco não operaram. “A gente já estava esperando a mais de uma hora e meia e achando estranho. Mas ninguém avisou. Agora, vamos ter que descer e ir andando para a Praça da Estação”, reagiu o auxiliar de cozinha, Robério Feitosa, ao ser informado que a linha 602 – Pio XII/Ana Gonçalves, estava suspensa ontem.
As outras quatro linhas, segundo informou o auxiliar de operações do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiro do Estado do Ceará (Sindiônibus), Cristiano Gregório, no local são: 601 – Aerolândia/Centro, 633 – Passaré/Centro, 666 – Jardim Castelão e 613 – Barroso/Jardim Violeta. A forma como essas linhas vão operar durante a semana, segundo informou o auxiliar de operações ontem, ainda seria definida pela Etufor.
“Eu só tenho essa opção aqui no Centro. E agora? O que eu vou fazer? O jeito é pegar um uber. E eu não tenho nem como pedir”, reclamou a vendedora Marta Robleto, que desejava se descolar para o bairro Aerolândia. O problema enfrentando pela vendedora na tentativa de retornar do trabalho foi compartilhado por inúmeros profissionais que atuam durante o fim de semana.
O empresário da rede hoteleira, Vicente de Paiva, relatou que desde às 22 horas do sábado, foram tomadas as providências para garantir a mobilidade de quem estava chegando ou deixando o serviço na madrugada. O procedimento, explica o empresário, continuou durante o domingo, para os que avisaram não estar conseguindo chegar à empresa utilizando os coletivos.
Secretaria Regional
Outro prejuízo direto à população foi o ataque a Secretaria Executiva Regional IV, na Serrinha. Na madrugada de domingo (25), um incêndio provocado por um grupo criminoso atingiu o Bloco A da Central de Acolhimento, onde funcionavam os atendimentos de Protocolo, Coordenação de Acolhimento e serviços da Secretaria de Finanças e Secretaria Municipal do Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza (Habitafor).
Segundo o secretário da Regional IV, Francisco Sales, indícios apontam que coquetéis molotov - bomba incendiária de fabricação caseira – foram jogados no local por volta de 23h de sábado. Cinco guardas municipais estavam no prédio na hora da ocorrência. O equipamento não possui câmeras de segurança. Para não interromper os atendimentos, a Regional IV decidiu atender o público hoje, porém, o serviço será feito em outras áreas “improvisadas”.
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