Nova investigação do MP indica que
Rosemary Noronha, a protegida de Lula, obteve um imóvel da Bancoop sem
tirar um centavo do bolso, num desdobramento do esquema que beneficiou o
ex-presidente com o tríplex no Guarujá. Outros personagens ligados ao
petista também foram contemplados
Pedro Marcondes de Moura
Em março deste ano, o Ministério Público de São Paulo pediu a
prisão preventiva do ex-presidente Lula pelos crimes de lavagem de
dinheiro e falsidade ideológica no caso do tríplex do Guarujá. Agora, se
descobre que o esquema do imóvel ocultado pela família Lula da Silva
tem mais capilaridade do que se imagina e não se limitou a beneficiar o
petista. Privilegiou também outros personagens ligados a Lula, à cúpula
do PT e à Central Única dos Trabalhadores. É o que demonstra o
Ministério Público de São Paulo em nova fase da investigação, batizada
de Operação Alcateia. Mais de sete volumes de documentos colhidos pelos
promotores até agora dão segurança para eles afirmarem que a amiga de
Lula, Rosemary Noronha, recebeu um apartamento da falida Cooperativa
Habitacional dos Bancários (Bancoop) sem tirar um centavo do bolso.
Rose, como era conhecida no governo quando, a pedido de Lula, ocupou a
chefia de gabinete do escritório da Presidência em São Paulo, teria sido
favorecida com um duplex de cerca de 150 metros quadrados no Condomínio
Residencial Ilhas D’ Itália, numa área nobre do bairro paulistano da
Mooca. “Rosemary Noronha não conseguiu provar que pagou o imóvel”,
afirmou à ISTOÉ o promotor Cássio Conserino. “Ela, assim como outros
personagens ligados a Lula, não apresentou um mísero comprovante
bancário de pagamento de uma parcela”, complementa. Os outros
personagens íntimos de Lula a que Conserino se refere são o presidente
da CUT, Vagner Freitas, e a própria Central Única dos Trabalhadores. O
lado mais sórdido disso tudo é a consequência desta e de outras fraudes
da Bancoop. Com a falência da cooperativa, mais de sete mil famílias
perderam as economias de uma vida e o sonho da casa própria ao
investirem na entidade ligada ao sindicato dos bancários. Enquanto
cooperados de boa-fé foram lesados em suas poupanças, Lula e amigos, de
acordo com a investigação, acabaram contemplados com imóveis sem
precisar mexer no bolso. CLIQUE PARA AUMENTAR
A nova fase da investigação, filhote daquela que chegou ao tríplex de
Lula, está prestes a ser concluída. O nome Alcateia foi escolhido pela
semelhança entre a cadeia hierárquica existente entre os investigados e a
adotada pelos lobos. Em ambos os casos, acreditam os promotores, há um
líder central que designa o papel e garante a sobrevivência dos outros
integrantes do bando. Neste caso, o chefe seria o ex-presidente Lula,
como mostram documentos e depoimentos. Em um deles, uma testemunha narra
ter presenciado João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT preso na Lava
Jato e então presidente da Bancoop, afirmar, aos risos, que em breve a
cooperativa iria quebrar. Mas a bancarrota, segundo Vaccari, pouparia o
tríplex do chefe no Guarujá e apartamentos de pessoas íntimas dele. Os
promotores já sabem que Vaccari não blefou. O que o ex-tesoureiro do PT
implicado na Lava Jato não revelou, naquela ocasião, é que muitos desses
imóveis sequer seriam pagos pelos futuros proprietários. O MP chegou a
essa conclusão ao enviar para Rosemary Noronha e outras doze pessoas
próximas ao “chefe” uma lista de questionamentos. Perguntaram quais
imóveis eles teriam adquirido da Bancoop e pediram que comprovassem o
pagamento das parcelas.
A protegida
De acordo com o MP, Rose possui dois apartamentos da Bancoop. Ambos
localizados no bairro paulistano da Mooca. Em relação ao mais valioso
deles, um duplex de 150 metros quadrados no Condomínio Residencial Ilhas
D’ Itália, a amiga de Lula não apresentou um documento sequer que
atestasse o pagamento. “Rosemary não apresentou um comprovante e ainda
omitiu que era dona deste imóvel em sua resposta”, afirmou o promotor
Cássio Conserino.
Algumas das respostas chamaram a atenção do Ministério Público. Em
documento enviado em junho, Rose passou com louvor na prestação de
contas de um outro imóvel construído pela Bancoop também na Mooca.
Juntou uma série de comprovantes que mostram o pagamento do apartamento
no Condomínio Torres da Mooca. Não falou, no entanto, uma palavra sobre
um imóvel mais valioso localizado na mesma rua: o duplex de 150 metros
quadrados, que está em nome de sua filha Mirelle. Às autoridades, a
própria Mirelle confirmou que quem comprou o duplex da Bancoop, avaliado
em R$ 1,5 milhão, foi sua mãe. Em janeiro de 2014, o apartamento teria
sido repassado para a filha. “A partir deste momento, passei a arcar com
os pagamentos do imóvel”, disse Mirelle em documento enviado para as
autoridades paulistas.
Amigos de Lula
Ocorre que Mirelle também não conseguiu comprovar o pagamento de uma
parcela sequer. Apresentou uma planilha da empreiteira OAS, que assumiu o
empreendimento da Bancoop, e uma declaração de quitação em que não
aparecem nem o valor total pago nem a forma como se deu o pagamento.
“Além dos documentos apresentados não terem validade, é estranho que ela
não tenha feito nenhuma referência ao pagamento da taxa de migração
para a OAS que todos os cooperados tinham de arcar. Há cada vez mais
indícios de que os suspeitos receberam um tratamento diferenciado”,
complementa Cássio Conserino. Para os promotores, está claro que o
apartamento não foi pago. Foi doado pela Bancoop em uma das muitas
fraudes que levaram a cooperativa à falência. “Quaisquer vantagens
obtidas ocorreram em detrimento das famílias lesadas”, lamentou o
promotor. CLIQUE PARA AUMENTAR
No meio político, Rosemary Noronha ganhou notoriedade pela
proximidade com o ex-presidente. A relação dos dois remonta a 1988,
quando ela trabalhava como caixa da agência bancária onde o Sindicato
dos Metalúrgicos do ABC detinha conta corrente em São Bernardo do Campo.
A amizade levou Rose a administrar as contas pessoais de Lula, que
depois a convidou para ser secretária da sede do PT em São Paulo. Lá,
ela trabalhou por 12 anos. Quando ascendeu à Presidência, Lula nomeou
Rosemary como assessora do gabinete em São Paulo. Depois, como chefe de
gabinete do escritório da presidência da República, também na capital
paulista. Em diversas viagens de Lula ao exterior, ela esteve presente
na comitiva. Nos bastidores, o poder alcançado por Rose incomodava a
ex-primeira-dama Marisa Letícia. Em dezembro de 2012, Rosemary deixou o
governo após ser um dos alvos da Operação Porto Seguro. A protegida de
Lula foi acusada de envolvimento com uma organização criminosa que fazia
tráfico de influência em órgãos públicos.
As informações colhidas até agora pelo Ministério Público complicam
outro aliado do ex-presidente. O presidente da Central Única dos
Trabalhadores, Vagner Freitas, não conseguiu demonstrar ter pago à
Bancoop por um apartamento registrado em seu nome no condomínio Altos do
Butantã. Apresentou apenas uma explicação fajuta de que teria comprado a
unidade na capital paulista a partir da soma de valores de cotas que
teria adquirido de dois apartamentos. “É estranho que ele tenha
investido em duas unidades e não tenha mostrado comprovantes de
nenhuma”, diz Conserino. Segundo o Ministério Público, a matrícula
registrada em cartório não comprova que Vagner Freitas quitou o imóvel.
“A questão é se ele pagou. Isso ele não conseguiu mostrar”, afirma o
promotor.
As provas reunidas até agora pelo Ministério Público demonstram
também que a Central Única dos Trabalhadores, fundada por Lula e braço
sindical do PT, também teria sido aquinhoada com imóveis da Bancoop de
maneira irregular. Questionado pelos promotores, Vagner Freitas se
limitou a dizer que as unidades, sem mencionar quais, foram negociadas
diretamente com a Bancoop e que não ocorreram repasses para a OAS. Não
demonstrou um comprovante bancário, transferência ou boleto atestando
que a CUT realmente pagou alguma parcela das duas unidades que possui em
um empreendimento construído pela Bancoop no bairro paulistano do
Tatuapé. Com três quartos, cada apartamento está avaliando em cerca de
R$ 400 mil. “Há uma simbiose grande entre a CUT e Bancoop, cooperativa
do sindicato dos bancários. Inclusive, há, atualmente, integrantes da
CUT que participam do alto escalão da cooperativa”, complementa o
promotor Cássio Conserino. Rosemary,
assim como outros, não apresentou um mísero comprovante bancário de
pagamento do imóvel” – Cássio Conserino, promotor de Justiça de São
Paulo
Houve, entre os investigados pela Operação Alcateia, quem conseguisse
comprovar que desembolsou pelos imóveis. Carlos Gabas, ex-ministro de
Dilma Rousseff, forneceu comprovantes suficientes para lotar uma pasta.
Freud Godoy, ex-segurança de Lula, e a esposa dele também enviaram uma
série de registros de pagamentos dos apartamentos que compraram da
Bancoop. No entanto, nessa nova fase da investigação, os promotores
ainda vão periciar os documentos. Em pelo menos um caso, mantido em
sigilo, constam recibos pela metade ou boletos sem autenticação
bancária. O Ministério Público ainda pretende cruzar as informações de
pagamento dos investigados com os dados fiscais da Bancoop, obtidos em
outra denúncia sobre fraudes na cooperativa.
Uma cooperativa de fraudes
Na lista de suspeitos do Ministério Público aparecem ainda conhecidos
da Operação Lava Jato. São os casos do ex-tesoureiro do PT e
ex-presidente da Bancoop, João Vaccari Neto, e da cunhada dele, Marice
Corrêa de Lima. Ambos foram presos por envolvimento no Petrolão. Ao
responder aos promotores, Marice disse que as escrituras dos
apartamentos que teria adquirido da Bancoop já estavam com a
força-tarefa do Petrolão. Enviou apenas uma planilha da Bancoop. Nela,
estão as somas das parcelas pagas. Para os promotores, o documento por
si só não serve para afastar as suspeitas que recaem sobre eles. “Não há
como levar a sério uma planilha referendada pela cooperativa se os
acusados são dirigentes ou pessoas próximas a ela”, afirma o promotor do
MP-SP. Em um despacho sobre Marice, o próprio juiz Sergio Moro disse
que “enquanto vários foram prejudicados pela gestão da BANCOOP”, “a
investigada aparenta ter lucrado em decorrência de aparente generosidade
da OAS”. A cunhada de Vaccari recebeu da empreiteira envolvida no
Petrolão mais de duas vezes o valor que pagou ao devolver um apartamento
no prédio em que está o tríplex atribuído à família Lula. O mesmo
imóvel foi vendido, em seguida, pela construtora por um valor abaixo do
pago a Marice.
A situação de Vaccari é ainda mais grave. O ex-tesoureiro do PT se
tornou um personagem onipresente nas investigações da Bancoop. Sua
passagem pela presidência da cooperativa, entre 2004 e 2008, foi
marcante. Cooperados reclamam de assembleias fraudadas e cobranças de
taxas irregulares. Foi pelas mãos dele que a Bancoop foi à bancarrota e
iniciou as controversas transferências de empreendimentos inacabados.
Desde 2010, ele é réu de uma ação por lavagem de dinheiro, estelionato e
formação de organização criminosa. Recentemente, teve a sua prisão
pedida no caso do tríplex do Guarujá, apesar de já estar detido, desde
abril de 2015, por envolvimento na Operação Lava Jato. Operação Alcatéia Promotores paulistas estão prestes a concluir a segunda fase da
investigação do tríplex de Lula. Suspeitas chegam à Rosemary Noronha,
amiga do ex-presidente. Confira: > A
investigação é a segunda etapa da que pediu a prisão do ex-presidente.
Ela recebeu o nome de Operação Alcatéia pela semelhança entre a
hierarquia existente entre os investigados e a dos lobos. Em ambos os
casos, há um líder central que designa o papel e garante a sobrevivência
dos outros integrantes do bando. Neste caso, seria o ex-presidente Lula >Com base
em mais de sete volumes repletos de documentos, os promotores suspeitam
que personagens ligados a Lula, ao PT e à CUT receberam vantagens da
Bancoop. Há fortes indícios de que alguns chegaram a ganhar apartamentos
sem pagar nada. Rosemary Noronha, amiga de Lula, não conseguiu
comprovar o pagamento de um duplex na capital paulista.
Aos bravos GUERREIROS DE SELVA formados e qualificados pelo Centro de Operações na Selva e Ações de Comando (COSAC) e Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) para defender a soberania da Amazônia - BRASIL, meus sinceros cumprimentos pelo dia:"03 DE JUNHO - DIA DO GUERREIRO DE SELVA" ÁRDUA É A MISSÃO DE DEFENDER E DESENVOLVER A AMAZÕNIA, MUITO MAIS DIFÍCIL PORÉM, FOI A DE NOSSOS ANTEPASSADOS EM CONQUISTÁ-LA E MANTÊ-LA"ORAÇÃO DO GUERREIRO DA SELVA Senhor,Tu que ordenaste ao guerreiro da selva: “Sobrepujai todos os vossos oponentes!” Dai-nos hoje da floresta: A sobriedade para persistir, A paciência para emboscar, A perseverança para sobreviver, A astúcia para dissimular, A fé para resistir e vencer, E dai-nos também Senhor, A esperança e a certeza do retorno. Mas, se defendendo esta brasileira Amazônia, Tivermos que perecer, ó Deus! Que o façamos com dignidade E mereçamos a vitória! SELVA!http://www.cigs.ensino.eb.br/
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