SELVA

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PÁTRIA

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quinta-feira, 31 de março de 2011

Editorial de “O Globo” do dia 02 de abril de 1964

“Ressurge a Democracia” “Vive a Nação dias gloriosos. Porque souberam unir-se todos os patriotas, independentemente de vinculações políticas, simpatias ou opinião sobre problemas isolados, para salvar o que é essencial: a democracia, a lei e a ordem. Graças à decisão e ao heroísmo das Forças Armadas, que obedientes a seus chefes demonstraram a falta de visão dos que tentavam destruir a hierarquia e a disciplina, o Brasil livrou-se do Governo irresponsável, que insistia em arrastá-lo para rumos contrários à sua vocação e tradições. Como dizíamos, no editorial de anteontem, a legalidade não poderia ser a garantia da subversão, a escora dos agitadores, o anteparo da desordem. Em nome da legalidade, não seria legítimo admitir o assassínio das instituições, como se vinha fazendo, diante da Nação horrorizada. Agora, o Congresso dará o remédio constitucional à situação existente, para que o País continue sua marcha em direção a seu grande destino, sem que os direitos individuais sejam afetados, sem que as liberdades públicas desapareçam, sem que o poder do Estado volte a ser usado em favor da desordem, da indisciplina e de tudo aquilo que nos estava a levar à anarquia e ao comunismo. Poderemos, desde hoje, encarar o futuro confiantemente, certos, enfim, de que todos os nossos problemas terão soluções, pois os negócios públicos não mais serão geridos com má-fé, demagogia e insensatez. Salvos da comunização que celeremente se preparava, os brasileiros devem agradecer aos bravos militares, que os protegeram de seus inimigos. Devemos felicitar-nos porque as Forças Armadas, fiéis ao dispositivo constitucional que as obriga a defender a Pátria e a garantir os poderes constitucionais, a lei e a ordem, não confundiram a sua relevante missão com a servil obediência ao Chefe de apenas um daqueles poderes, o Executivo. As Forças Armadas, diz o Art. 176 da Carta Magna, “são instituições permanentes, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade do Presidente da República E DENTRO DOS LIMITES DA LEI.” No momento em que o Sr. João Goulart ignorou a hierarquia e desprezou a disciplina de um dos ramos das Forças Armadas, a Marinha de Guerra, saiu dos limites da lei, perdendo, conseqüentemente, o direito a ser considerado como um símbolo da legalidade, assim como as condições indispensáveis à Chefia da Nação e ao Comando das corporações militares. Sua presença e suas palavras na reunião realizada no Automóvel Clube, vincularam-no, definitivamente, aos adversários da democracia e da lei. Atendendo aos anseios nacionais, de paz, tranqüilidade e progresso, impossibilitados, nos últimos tempos, pela ação subversiva orientada pelo Palácio do Planalto, as Forças Armadas chamaram a si a tarefa de restaurar a Nação na integridade de seus direitos, livrando-os do amargo fim que lhe estava reservado pelos vermelhos que haviam envolvido o Executivo Federal. Este não foi um movimento partidário. Dele participaram todos os setores conscientes da vida política brasileira, pois a ninguém escapava o significado das manobras presidenciais. Aliaram-se os mais ilustres líderes políticos, os mais respeitados Governadores, com o mesmo intuito redentor que animou as Forças Armadas. Era a sorte da democracia no Brasil que estava em jogo. A esses líderes civis devemos, igualmente, externar a gratidão de nosso povo. Mas, por isto que nacional, na mais ampla acepção da palavra, o movimento vitorioso não pertence a ninguém. É da Pátria, do Povo e do Regime. Não foi contra qualquer reivindicação popular, contra qualquer idéia que, enquadrada dentro dos princípios constitucionais, objetive o bem do povo e o progresso do País. Se os banidos, para intrigarem os brasileiros com seus líderes e com os chefes militares, afirmarem o contrário, estarão mentindo, estarão, como sempre, procurando engodar as massas trabalhadoras, que não lhes devem dar ouvidos. Confiamos em que o Congresso votará, rapidamente, as medidas reclamadas para que se inicie no Brasil uma época de justiça e harmonia social. Mais uma vez, o povo brasileiro foi socorrido pela Providência Divina, que lhe permitiu superar a grave crise, sem maiores sofrimentos e luto. Sejamos dignos de tão grande favor.” http://acertodecontas.blog.br/politica/editorial-do-jornal-o-globo-de-2-de-abril-de-1964-celebrando-o-golpe-militar/

ONU detecta radiação elevada fora de zona de exclusão no Japão

A agência nuclear da ONU (AIEA) recomendou ao Japão aumentar a zona de evacuação em torno da usina de Fukushima Daiichi, onde vazamento nuclear foi detectado após o terremoto e o tsunami que atingiram o país, no dia 11 de março. O órgão detectou níveis de radiação acima do limite considerado seguro no vilarejo de Iitate, a 40 km da usina, fora da zona de exclusão atualmente em vigor, que compreende um raio de 20 km. Segundo o porta-voz do governo, o secretário-chefe do Gabinete, Yukio Edano, o órgão da ONU recomendou ao governo japonês "avaliar cuidadosamente a situação" com base nesses dados. "Não creio que seja algo de natureza que requeira ação urgente. Mas os altos níveis de radiação no solo está apontando inevitavelmente para a possibilidade de que no longo prazo a acumulação tenha efeitos na saúde humana", comentou Edano. "Vamos continuar a monitorar o nível de radiação com maior grau de vigilância e agiremos se for necessário." A organização ambiental Greenpeace, que também mediu níveis elevados de radiação em Iitate, criticou o governo japonês por "dar mais importância à política que à ciência". "Permanecer em Iitate claramente não é seguro, principalmente para as crianças e as mulheres grávidas", afirmou a organização. Desde o início da crise nuclear, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha vêm recomendando aos seus cidadãos permanecer fora de um raio de até 80 quilômetros da usina de Fukushima Daiichi. RADIAÇÃO RECORDE NA ÁGUA Os níveis de radiação registrados na água do mar continuam em elevação e atingiram, segundo as medições desta quinta-feira, o recorde de 4.385 vezes o limite legal. Para a agência de segurança nuclear japonesa (Nisa), é um sinal de que os vazamentos na usina nuclear possam estar ocorrendo de forma contínua. Imagem aérea mostra os reatores danificados da usina de Fukushima Entretanto, o diretor-geral da agência, Hidehiko Nishiyama, afirmou que os novos níveis recordes de radiação na água não representam um perigo à saúde humana, porque os moradores das áreas mais próximas ao mar já foram evacuados. A pesca é proibida na região e, como a radiação é levada pela água, as autoridades têm diminuído o impacto do vazamento no ecossistema marinho local. Quase 11,5 mil pessoas já foram confirmadas mortas pelo desastre natural. Três semanas depois da tragédia, mais de 16 mil continuam desaparecidas. Na quarta-feira, as autoridades japonesas anunciaram a decisão de desativar os reatores 1 a 4 da usina de Daiichi. Planos definitivos para os reatores 5 e 6, que foram desligados com segurança, serão anunciados mais adiante.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Bolsonaro diz que está 'se lixando' para homossexuais

Ao passar pelo velório do ex-vice-presidente José Alencar, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) voltou a fazer ataques a homossexuais, à cantora Preta Gil e até ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Ele é acusado de fazer declarações racistas e homofóbicas em entrevista ao programa CQC, da TV Bandeirantes. "Eu estou me lixando para esse pessoal aí", disse ele, referindo-se a quem o chama de homofóbico. "Agora criaram a Frente Gay [na Câmara]. O que esse pessoal tem para oferecer? Casamento gay? Adoção de filhos? Dizer pra vocês, que são jovens, que se tiverem um filho gay é legal, vai ser o orgulho da família? Esse pessoal não tem nada para oferecer", disse ele. Bolsonaro voltou a dizer que a declaração sobre Preta Gil ocorreu por ele não ter entendido a pergunta. "Eu fui entrevistado por um laptop, respondi a um laptop", disse. Sobre o possível processo de quebra de decoro na Corregedoria da Câmara, o deputado afirmou que "já passou por momentos piores na Câmara" e que é vítima porque é detestado pelo movimento LGBT e pela "extrema esquerda ideológica". "Soldado que vai à guerra e tem medo de morrer é um covarde", disse ele, reforçando que está no Congresso "para lutar". Bolsonaro disse que tem "batido duramente" no projeto do governo para distribuição do que chamou de "kit gay" nas escolas. Perguntado se é homofóbico, o deputado disse que não tem nada "pessoal" contra gays. "Cada um faz o que quer com esse corpinho cabeludo entre quatro paredes". Ao falar da cantora Preta Gil e de uma possível ação dela na Justiça, Bolsonaro citou publicações do blog da artista. "Que exemplo ela tem de vida para dar para todos nós para falar de ética?", afirmou. Sobre FHC, afirmou que o ex-presidente demarcou "malandramente" as melhores e mais ricas terras do Brasil como áreas indígenas. Bolsonaro é alvo de duas representações que serão enviadas à Corregedoria da Câmara, uma assinada pelo deputado Edson Santos (PT-RJ) e outra de um grupo de 19 deputados, entre eles Manuela D'Ávilla (PC do B-RS) e Jean Wyllys (Psol-RJ). Em seu Twitter, o presidente da Câmara, Marco Maia, fez um comentário sobre discriminação, apesar de não citar diretamente o caso do deputado. "Palavras racistas e discriminatórias não fazem parte do Brasil que queremos. São herança de um passado que não aceitaremos que se repita nunca mais".

Otan assume parcialmente comando das operações aéreas na Líbia

A Otan anunciou que começou nesta quarta-feira (30) a assumir o comando das operações aéreas na Líbia, substituindo a coalizão dirigida pelos EUA, ao mesmo tempo em que forças leiais ao ditador Muammar Kadhafi recuperavam terreno sobre os rebeldes que tentam derrubar o governo. A substituição do comando nas tropas aliadas foi efetivada nesta quarta-feira e está sendo realizada gradualmente, afirmou um dirigente da Aliança Atlântica à France Presse. "Bélgica, Canadá, Dinamarca, Espanha, Grã-Bretanha e Holanda transferiram nesta quarta-feira a totalidade ou parte de seus meios militares, essencialmente aéreos" na zona de operações, afirmou a fonte. Segundo a porta-voz da Otan, Oana Lungescu, "hoje há aviões da Otan sob comando da Otan voando no céu líbio". Forças de Kadhafi têm vitórias Enquanto isso, as forças leais ao ditador Kadhafi retomaram o controle da cidade de Brega, a leste de Ras Lanuf, que já havia sido reconquistada pela manhã, anunciaram à France Presse fontes ligadas aos rebeldes em Ajdabiyah, onde também houve bombardeios. A informação ainda não foi confirmada, mas jornalistas em Ajdabiyah, cidade situada 80 km a leste de Brega, podiam ouvir tiros de canhão nesse setor. A reconquista de Brega poucas horas depois da de Ras Lanuf confirmaria a rápida progressão do exército governamental para o leste do país, reduto dos insurgentes. Ela ocorre mesmo após os bombardeios ocidentais terem fragilizado as tropas de Kadhafi. Mais cedo, rebeldes deixaram a cidade petroleira de Ras Lanuf após pesados bombardeios feitos pelas forças governamentais. A rápida reversão vem apenas dois dias após os rebeldes terem corrido para oeste ao longo da mais importante estrada costeira. Na ofensiva geralmente usada pelo governo, tanques e artilharia desencadeiam um feroz bombardeio sobre as cidades e forçam rebeldes a fugir rapidamente. A Líbia enfrenta uma verdadeira guerra civil desde a metade de fevereiro, quando manifestações de opositores se intensificaram e se tornaram uma revolta armada pela saída de Kadhafi, há 42 anos no poder. No dia 17 de março, a ONU aprovou uma resolução que permitia quaisquer medidas para evitar um massacre de civis. Logo depois, uma coalizão internacional começou a bombardear o país. "Kadhafi nos atingiu com foguetes enormes. Ele entrou em Ras Lanuf", disse o rebelde lutador Muftah Faraj, à agência de notícias Reuters depois de se retirar da cidade. "Nós estávamos no portão ocidental e fomos bombardeados", disse outro rebelde, Hisham. Ajdabiyah Um ataque aéreo contra as forças de Kadhafi foi lançado nesta quarta-feira pouco antes das 15h0 GMT (12h de Brasília) a oeste de Ajdabiya, comprovou um jornalista da France Presse. Depois do ataque aéreo, a vários quilômetros da cidade, era possível ver uma enorme bola de fogo de dezenas de metros, seguida uma coluna de fumaça negra, constatou jornalista. O ataque, o primeiro em dois dias, foi imediatamente saudado por uma centena de rebeldes posicionados na entrada oeste de Ajdabiyah.

O teste diplomático de Dilma

Dentro de duas semanas a presidente Dilma Rousseff estará na China, maior parceira comercial do Brasil. Cerca de 300 empresários deverão acompanhá-la. Aproveitarão a viagem presidencial para explorar novas oportunidades comerciais ou, no mínimo, para entender melhor as condições de acesso ao mercado chinês. O Brasil exporta para a China quase exclusivamente produtos básicos e bens intermediários e importa maciçamente bens manufaturados. A composição das trocas será com certeza um dos temas principais das conversações e haverá cobranças de lado a lado. A primeira viagem da presidente brasileira para um grande parceiro fora da América do Sul será um teste importante para a diplomacia do novo governo. Autoridades chinesas têm cobrado o reconhecimento de seu país como economia de mercado. Em 2004, durante visita do presidente Hu Jintao a Brasília, o governo brasileiro prometeu aquele status à economia chinesa, se fossem cumpridas certas condições econômicas. Mas a cooperação bilateral praticamente se resumiu, durante a maior parte do tempo, a um comércio em grande parte sujeito às condições fixadas pela China. Investimentos só apareceram bem mais tarde. Além disso, a instalação de uma fábrica da Embraer na China produziu resultados decepcionantes, porque os interesses do governo chinês não coincidiram, afinal, com os da empresa brasileira. O reconhecimento da China como economia de mercado continua fora da pauta brasileira, avisaram funcionários de Brasília. A presidente Dilma Rousseff tentará limitar-se à discussão de outros assuntos, embora seja muito difícil, neste momento, descartar a hipótese de uma cobrança chinesa. Não está claro se o governo brasileiro mudará de ideia, se uma contrapartida atraente for posta sobre a mesa, ou se a diplomacia do novo governo simplesmente decidiu abandonar a promessa de 2004. Esse detalhe é importante, porque o compromisso assumido pelo presidente Luiz Inácio da Silva, há sete anos, foi, mais que um excesso, uma imprudência. Reconhecer um país como economia de mercado implica aceitar certas limitações à política de defesa comercial. A China obviamente não é uma economia tão sujeita a regras de mercado quanto a maior parte das outras associadas à Organização Mundial do Comércio (OMC). Não era preciso assumir um compromisso tão grave para intensificar o comércio e estabelecer maiores laços econômicos com a China. Outros países também ampliaram os negócios com o mercado chinês sem formular promessas com implicações tão sérias. Ao assumir aquele compromisso, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva certamente levou em conta bem mais que os interesses comerciais e de cooperação econômica. A promessa precipitada refletiu também uma concepção particular - e ingênua - de alianças estratégicas. O Brasil era importante para a China como fornecedor de matérias-primas e alguns bens intermediários, mas o governo chinês jamais atribuiu ao País um status semelhante ao atribuído às maiores potências capitalistas, a começar, naturalmente, pelos Estados Unidos. Isso era evidente, menos, é claro, para os terceiro-mundistas de Brasília. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, nunca deixou de participar, à sua maneira, dessa visão juvenil de mundo. Só muito recentemente ele passou a referir-se também ao governo chinês como manipulador do câmbio. Até então, acusações desse tipo eram dirigidas às autoridades americanas, como se as chinesas não houvessem decidido muito antes manter o yuan depreciado. A presidente Dilma Rousseff deu alguns sinais de realismo na avaliação dos interesses brasileiros e das formas de cooperação compatíveis com as possibilidades e aspirações do País. Em Portugal, seus contatos com as autoridades, na visita interrompida pelo falecimento do ex-vice-presidente José Alencar, valeriam como mais uma indicação do estilo diplomático do novo governo brasileiro. Mas o primeiro grande teste fora da América do Sul deverá mesmo ocorrer durante a visita à China. Até agora, a autoridades chinesas se mostraram muito mais lúcidas que as brasileiras na concepção e na defesa de seus interesses nacionais.

Japão jogará resina para evitar vazamento de radiação em usina

O governo japonês planeja jogar uma resina solúvel em água sobre os destroços da usina nuclear de Fukushima Daiichi para conter o vazamento de radiação. A resina, segundo a agência de notícias Kyodo, deve ser jogada por um veículo não tripulado. A ideia é que a substância fixe qualquer radiação que eventualmente vaze nos destroços, impedindo contato com o exterior e principalmente com o vento --que poderia levá-la para outros locais. Um teste da técnica será feito nesta quinta-feira por operários da Tokyo Electric Power Co., operadora da usina. Autoridades alertam, contudo, que esta é uma técnica temporária, normalmente utilizada até que medidas de mais longo prazo possam ser feitas para conter as substâncias radioativas. Com a destruição de parte da estrutura da usina pelo terremoto e tsunami do último dia 11, além de explosões posteriores nos seus reatores, boa parte do complexo não é segura para o trabalho dos operários. Com os esforços frenéticos para esfriar os reatores e remover água contaminada, o governo espera facilitar a tarefa ao tornar o trabalho mais seguro para os operários da Tepco no local. AVALIAÇÃO O governo japonês também ordenou nesta quarta-feira avaliações imediatas de todos os reatores nucleares do país para garantir que não serão registrados os mesmos problemas que os da central de Fukushima. Uma carta foi enviada pelo ministro da Economia, Comércio e Indústria, Banri Kaieda, aos principais executivos das nove empresas regionais de energia do Japão, assim como a outras duas empresas que administram centrais nucleares. O Japão tem mais de 50 reatores, todos à beira do mar, em um arquipélago ameaçado por tremores diários. A central Fukushima Daiichi, na região nordeste do país, enfrenta uma situação grave desde o tremor. O fornecimento de energia foi cortado após o terremoto e maremoto, os reatores foram afetados e os sistemas de resfriamento deixaram de funcionar, o que provocou o aquecimento do combustível, explosões e vazamentos radioativos. Depois de estudar os mecanismos e as lacunas que levaram a esta catástrofe, o ministério exigiu que todos os reatores em atividade sejam revisados rapidamente e que sejam adotados dispositivos para evitar novos acidentes. Radiação supera 3.355 vezes o limite no mar em Fukushima O nível de iodo radioativo em águas do mar próximo à usina nuclear de Fukushima supera 3.355 vezes o limite de segurança, o que representa a concentração mais alta até o momento, informou nesta quarta-feira a Agência de Segurança Nuclear do Japão. As amostras recolhidas na terça-feira 330 metros ao sul de uma saída de água próxima aos reatores 1 a 4 da central revelaram um considerável aumento do isótopo 131 do iodo na comparação com os índices registrados no fim de semana, quando chegaram a ser 1.850 vezes superiores ao normal. Cinquenta metros ao norte da usina, perto dos reatores 5 e 6, o nível de iodo radioativo detectado na terça-feira era 1.262 vezes superior aos padrões legais, também o índice mais alto até o momento. O isótopo 131 do iodo se degrada à metade em oito dias, pelo que o risco de afetar a vida marinha na região é pequeno, segundo a Agência de Segurança Nuclear, que lembrou ainda que está proibido pescar nas águas próximas à central. Os técnicos da Tokyo Electric Power Company (Tepco), operadora da usina de Fukushima Daiichi, estão estudando várias maneiras de evitar que a radioatividade vaze para o mar, especialmente os isótopos mais longevos do iodo e o próprio plutônio. A Agência de Segurança Nuclear disse nesta quarta-feira que não há perigo para as pessoas, já que um raio de 20 quilômetros ao redor da central foi evacuado e porque o iodo 131 se diluirá e degradará progressivamente no oceano.

Batedores da PM e Exército chegam para escolta de corpo de Alencar

Está previsto para as 6h30 desta quarta-feira (30) a saída do Hospital Sírio-Libanês, no Centro de São Paulo, do carro fúnebre que levará o caixão levando o corpo do ex-vice presidente José Alencar para o Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul da capital. Alencar morreu na tarde desta terça-feira (29) no hospital, onde estava internado havia dois dias após complicações no abdômem devido ao câncer. Batedores da PM e soldados dp Exército já chegaram para a escolta. Segundo a assessoria do hospital, o veículo com o caixão de Alencar deixará o Sírio pela saída lateral do prédio, que foi cercada durante a madrugada para evitar aglomeração de curiosos e da imprensa. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que o trajeto do traslado do corpo do ex-vice-presidente seguirá pelas ruas Barata Ribeiro e Nicolau dos Santos, e avenidas Nove de Julho, Brasil, Pedro Álvares Cabral, 23 de maio, Rubem Berta e Washington Luiz. Não há ainda informações sobre bloqueios. De Congonhas, o corpo seguirá em aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para a Base Aérea de Brasília. O governador paulista, Geraldo Alckmin, informou através da assessoria do hospital, que irá acompanhar o cortejo fúnebre até Congonhas. A família de Alencar, segundo a assessoria, não acompanhará o trajeto, pois irá direto para Brasília. Os familiares deixaram o hospital por volta das 22h desta terça, após receber a visita de Alckmin, do vice-governador paulista, Guilherme Afif Domingos, e do ex-governador José Serra. Durante a madrugada, o corpo do ex-vice-presidente foi preparado para enfrentar a viagem e a exposição ao público durante o velório, que irá ocorrer nesta quarta em Brasília e na quinta-feira (31) em Belo Horizonte. José Alencar, de 79 anos, morreu às 14h41 desta terça, em razão de câncer e falência múltipla de órgãos, segundo informou o Hospital Sírio-Libânes. O corpo será velado no Palácio do Planalto, em Brasília, aberto à visitação pública e com previsão de início às 10h30 de quarta-feira.

terça-feira, 29 de março de 2011

Japão admite situação "muito grave"; França e EUA enviam ajuda

Um dia após detectar a presença de plutônio no solo da usina nuclear de Fukushima Nº 1, mais uma vez o governo japonês admitiu que a situação é "muito grave" e "imprevisível". No Parlamento, o premiê Naoto Kan recebeu duras críticas pelo que a oposição vê como uma gestão "irresponsável" da crise. Horas depois os EUA e a França anunciaram envio de ajuda ao país. Desde sábado a situação na usina de Fukushima se agravou e os trabalhadores da empresa operadora, Tokyo Electric Power Company (Tepco), continuam as tentativas de refrigerar seus seis reatores, sem sucesso. Nesta terça-feira foram feitas tentativas de drenar a água radioativa que inunda a zona de turbinas perto dos reatores 1, 2 e 3. Este último é o que mais preocupa por conter um combustível que mistura urânio e plutônio, altamente tóxico. No Parlamento, o premiê japonês foi duramente criticado por não ter aumentado a zona de exclusão, que determina um raio de apenas 20 km em torno da usina em que as pessoas deveriam ser retiradas. O governo também nunca determinou a saída dos habitantes, apenas pediu que deixassem a área de forma voluntária. "Há algo mais irresponsável do que isso?", disse o opositor Yosuke Isozaki. Em resposta, Kan disse que estava considerando a medida, que exigiria a saída de 130 mil pessoas, além das 70 mil já deslocadas. FRANÇA E EUA O presidente francês, Nicolas Sarkozy, será o primeiro líder mundial a visitar o Japão após o desastre nuclear, nesta quinta-feira. Paris decidiu enviar dois especialistas da fabricante estatal de reatores nucleares Areva e um pesquisador da área para prestar assistência à operadora da usina de Fukushima, a Tepco. Líder global no setor, a França produz 75% de sua energia em usinas nucleares e tem um grande interesse em ajudar o Japão a resolver a crise. Nos primeiros dias após a crise no Japão, a França qualificou a situação na usina de Fukushima como uma 'catástrofe nuclear'. Os EUA anunciaram que devem enviar robôs para ajudar a analisar o núcleo dos seis reatores de Fukushima. VIGILÂNCIA O porta-voz do governo japonês, Yukio Edano, pediu nesta terça-feira que se vigie a saída de plutônio ao exterior da usina e disse que é provável que o material detectado provenha de barras de combustível fusionadas parcialmente. O porta-voz ressaltou, no entanto, que as quantidades de plutônio detectadas são as mesmas que podem ser encontradas no meio ambiente enquanto, em Viena, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) assinalou que a composição de isótopo sugere que procede de um reator, embora tenha destacado que se trate de pequenas quantidades. Para as autoridades japonesas, a prioridade agora em Fukushima é continuar lançando água sobre os reatores, além de drenar as zonas inundadas. Na segunda-feira, os operários da Tepco, além de detectar plutônio, confirmaram o risco de que água radioativa chegue ao exterior por um conduto que rodeia o reator 2. No entanto, a Agência de Segurança Nuclear do Japão assegurou nesta terça-feira que não há confirmação de que essa água radioativa tenha chegado ao mar e afirmou que os níveis de água nos condutos que conectam os reatores 1, 2 e 3 se mantêm estáveis. Esses encanamentos se encontram a entre 55 e 70 metros de distância do mar e foram escorados com sacos de areia e blocos de cimento pelos operários.

José Alencar morre aos 79 anos em São Paulo

O ex-vice-presidente da República José Alencar morreu às 14h41 desta terça-feira, aos 79 anos, no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, vítima de câncer. Ele foi internado ontem com quadro de suboclusão intestinal.Segundo nota do hospital, Alencar teve falência múltipla de órgãos, em decorrência de um câncer na região abdominal. Ele enfrentava a doença havia mais de 15 anos, passou por 17 cirurgias e várias internações. Por conta do tratamento, ele decidiu que não concorreria às eleições em outubro, por considerar uma injustiça com os eleitores. No aniversário da cidade de São Paulo, em 25 de janeiro, ele foi homenageado em cerimônia na Prefeitura de São Paulo, com presença da presidente Dilma Rousseff, do ex-presidente Lula, do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do prefeito Gilberto Kassab (DEM). Em novembro, após sofrer um infarto agudo do miocárdio, Alencar chegou a interromper o tratamento contra o câncer por alguns dias. De lá para cá, o sarcoma teve "progressão clara", segundo o oncologista Paulo Hoff, da equipe médica responsável pelo ex-vice. COTEMINAS O ex-vice entrou na política graças a sua atuação empresarial bem sucedida. O sucesso frente à Coteminas, uma das maiores indústrias de tecido do Brasil, o levou para instituições que o colocaram em contato direto com a sociedade civil. Alencar passou pelas associações comerciais de Caratinga e de Ubá, pela Associação Comercial de Minas e pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte. Essa trajetória culminou com sua eleição para presidente da FIEMG (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), que o projetou nacionalmente. Os recursos do Sesi e do Senai --ligados à FIEMG-- o colocou em contato com setores ligado à educação, cultura, saúde, esporte e lazer. POLÍTICA A visibilidade em Minas impeliu Alencar a entrar para a política, e em 1993 ele se filiou ao PMDB. No ano seguinte, ele se lançou candidato ao Governo de Minas, quando ficou em terceiro lugar. Em 1998, ele tentou uma vaga no Senado Federal por seu Estado: acabou eleito com quase 3 milhões de votos. No Senado, foi presidente da Comissão Permanente de Serviço de Infraestrutura, membro da Comissão Permanente de Assuntos Econômicos e membro da Comissão Permanente de Assuntos Sociais. PLANALTO O passo mais importante na política, no entanto, aconteceu na eleição presidencial de 2002, quando, já pelo PL, ele foi o vice na chapa vencedora encabeçada pelo petista Luiz Inácio Lula da Silva. No início, Alencar foi um vice polêmico. Ele se notabilizou como um dos principais críticos da política econômica do governo. Suas farpas miravam principalmente a política de juros altos do governo, que tentava, com isso, conter a inflação. As críticas renderam reclamações da equipe econômica e conversas reservadas com o presidente. Mas foi a pedido de Lula que a partir de 2004 ele passou a acumular os cargos de vice-presidente e de ministro da Defesa. Ele comandou o ministério até março de 2006. Foi também naquele ano que a dupla Lula-Alencar disputou e venceu a reeleição presidencial, o que permitiu sua permanência no poder até o final do mandato. Alencar, casado com Mariza Campos Gomes da Silva, deixa três filhos (Maria da Graça, Patrícia e Josué) e cinco netos: Ricardo, Geovana, Barbará, Josué e Davi. PATERNIDADE Em julho do ano passado, o ex-vice foi declarado oficialmente pai de Rosemary, depois do julgamento de uma ação de reconhecimento de paternidade ajuizada por ela em 2001. Na ocasião, o juiz José Antonio de Oliveira Cordeiro, da comarca de Caratinga, determinou que ela passasse a usar o mesmo sobrenome dele. A professora alega ser fruto de um romance entre Alencar e a enfermeira Francisca Nicolina de Morais, em 1954, quando ambos moravam em Caratinga. Na ocasião, Alencar negou ser pai de Rosemary e chegou a insinuar que a mãe dela era prostituta, alegando que "são milhões de casos de pessoas que foram à zona". Em setembro, conseguiu uma liminar impedindo que ela alterasse a certidão de nascimento para incluir o sobrenome de Alencar.

Em Fukushima, operários de usina precisam racionar água e comida

Cerca de 400 operários trabalham na usina nuclear Fukushima Daiichi sujeitos a uma rígida disciplina, que os mantém ocupados desde as 6h, alimentados com porções contadas de bolacha água e sal e arroz seco e sem poder falar com seus familiares. As poucas horas dormidas são passadas em salas de conferência e alguns até mesmo de pé, já que não tem lençóis de proteção contra radiação para cobrir o chão. Os trabalhadores da Tokyo Electric Power Company (Tepco) e os terceirizados da operadora da usina vivem de comida desidratada e água mineral, e às vezes é preciso racionar, indicou nesta terça-feira à agência local Kyodo um funcionário da Agência de Segurança Nuclear do Japão. Após tomar um parco café da manhã de bolachas salgadas e suco de frutas, os operários se dirigem a seus postos de trabalho na central de Fukushima, onde se expõem a altos índices de radiação e acidentes. Na última quinta-feira, dois trabalhadores sofreram queimaduras por pisar em água radioativa e foram hospitalizados. Os operários enfrentam uma frenética jornada na qual tentam estabilizar os reatores, restabelecer a eletricidade e religar os sistemas de refrigeração, enquanto os problemas de vazamento se multiplicam. Kazuma Yokota, da Agência de Segurança Nuclear, que compartilhou a rotina dos trabalhadores na usina durante cinco dias, disse hoje que em algumas ocasiões os empregados precisaram racionar a água que bebiam por falta de provisões e que não recebem almoço. Estas duras condições fazem com que às 17h, quando normalmente termina a jornada de trabalho, "estejam destruídos", segundo Yokota. Antes de descansarem em dormitórios improvisados em salas de conferência ou vestiários, os trabalhadores jantam, em refeição composta por arroz desidratado e uma lata de carne em conserva por pessoa. Às 20h, os operários se reúnem para trocar informações sobre sua jornada e finalizam o encontro entoando canções. Para se isolarem da radiação do solo enquanto dormem, os funcionários desdobram lâminas que contêm chumbo antes de estender seus cobertores. Os trabalhadores de Fukushima sofrem diariamente no interior da central exposição à radiação entre 2 e 3 microsievert, sendo que é de 5 o limite recomendado pelo governo do Japão. Devido a esta dura rotina, durante a qual não podem falar com suas famílias porque os telefones celulares não funcionam, a maioria dos trabalhadores é substituída por outra leva após uma semana. O ministro de Indústria japonês, Banri Kaieda, disse que a Tepco deve melhorar as condições de trabalho dos seus funcionários.

Dilma chega a Portugal e diz que pode ajudar o país

A presidente Dilma Rousseff chegou a Portugal e disse que o Brasil pode ajudar o país a sair da crise econômica. "Poderá [ajudar Portugal], como Portugal sempre ajudou o Brasil", afirmou em frente ao hotel Quinta das Lágrimas, em Coimbra. Dilma faz uma visita de dois dias a Portugal. Chega num momento de grande crise política e econômica. O país está praticamente sem governo. O primeiro-ministro, José Sócrates, renunciou na semana passada após o Parlamento rejeitar seu pacote de estabilidade. Ele fica no cargo até que sejam convocadas novas eleições, o que pode acontecer até o fim de semana. Portugal não cresce, está com deficit crescente e está sendo obrigado a pagar juros de quase 8% em títulos de 10 anos. É quase o triplo do que paga a Alemanha. É dado como certo que terá de recorrer à ajuda do FMI e do Banco Central Europeu. Na noite de ontem, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que Portugal deveria aproveitar a visita de Dilma para pedir uma ajuda. O Brasil poderia, por exemplo, comprar títulos da dívida portuguesa. Questionada sobre isso, Dilma não quis responder. Ela visita agora à tarde a Universidade de Coimbra, que amanhã concede a Lula o título de doutor honoris causa.

Juízes federais decidem fazer paralisação de um dia em abril

Os juízes filiados à Ajufe (Associação dos Juízes Federais) decidiram fazer um dia de paralisação em 27 de abril. A Ajufe realizou uma consulta pela internet com 767 magistrados federais e 74% deles decidiram pela paralisação de um dia. Cerca de 17% dos juízes votaram pela continuidade de negociações com o Legislativo e 9% pela greve por tempo indeterminado. Os magistrados reivindicam a revisão do teto constitucional de salários do funcionalismo público, o cumprimento de decisão do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) quer a equipara os regimes jurídicos do Ministério Público Federal e da magistratura. A categoria também pede mais segurança, especialmente para os juízes que cuidam de casos relativos a organizações criminosas.

Situação na usina avariada requer 'vigilância', diz premiê do Japão

O premiê do Japão, Naoto Kan, disse nesta terça-feira (29) que o acidente da usina nuclear de Fukushima Daiichi está em um estágio que requer "vigilância". Falando à comissão de Orçamento do Senado, Kan afirmou que a situação na planta deve ser tratada com um "profundo senso de urgência" e que ela seguia "impresvisível". As autoridades continuam lutando para estabilizar os reatores da usina, bastante afetada pelo terremoto seguido de tsunami que devastou regiões costeiras do país em 11 de março. Plutônio A empresa que opera a usina informou na segunda que foi encontrado plutônio em vários pontos do solo do complexo. A Tepco acredita que o plutônio veio do combustível de um dos reatores avariados pelo tremor e pelo tsunami. Os resultados foram tirados de amostras de solo tiradas uma semana antes, segundo a Tokyo Electric Power Co (Tepco). A empresa afirmou que, nos níveis encontrados, o material radioativo não oferece risco à saúde humana. Um porta-voz disse que a taxa de plutônio encontrada nesses locais era equivalente à detectada no Japão após os testes atômicos realizados em países vizinhos como, por exemplo, a Coreia do Norte. As mostras colocaram em evidência a presença de plutônio 238, 239 e 240", precisou e "a concentração fraca não representa nenhum perigo para a saúde", acrescentou. Mais cedo, a Tepco havia informado que foi detectada água com alto índice de radioatividade no exterior do edifício que abriga o reator 2 e sua turbina na central nuclear. "Detectamos água acumulada em poços de um duto subterrâneo que desemboca no exterior do edifício, com um nível de radioatividade superior a 1.000 milisieverts por hora", declarou um porta-voz da empresa. Os poços ficam a 60 metros do Oceano Pacífico, e a água contaminada pode ter seguido até a margem. A empresa também detectou água contaminada no exterior dos edifícios dos reatores 1 e 3, mas com níveis de radioatividade muito inferiores. Incêndios, explosões e vazamentos radioativos repetidos forçaram os engenheiros a suspender os esforços para estabilizar a usina, incluindo no domingo, quando os níveis de radiação chegaram a 100 mil vezes acima do normal na água dentro do reator 2. Um derretimento parcial de hastes de combustível dentro do recipiente do reator foi responsável pelos altos níveis de radiação naquele reator, embora o Secretário-Geral de Gabinete Yukio Edano tenha dito que a radiação foi em grande parte contida no prédio do reator. Segundo a agência Kyodo, diante da inquietação para controlar os reatores, a Tepco apelou às empresas francesas por ajuda. O grupo ambientalista Greenpeace afirmou que seus especialistas confirmaram níveis de radiação de até 10 microsieverts por hora em um vilarejo 40 km a noroeste da usina, e pediu a ampliação da zona de exclusão de 20 km. "Claro que não é seguro permanecer em Iitate, especialmente crianças e grávidas, quando isso significa receber a dose anual máxima de radiação em alguns dias", disse o Greenpeace em um comunicado, referindo-se ao vilarejo onde foi feita a medição. Mais de 70 mil pessoas foram retiradas de uma área de 20 km da usina e outras 130 mil dentro de uma zona que se estende por mais 10 km foram aconselhadas a permanecer dentro de casa. Também foram incentivadas a sair do local. Abastecimento O ministério da Saúde do Japão pediu às engarrafadoras de água em todo o país que suspendam o uso de águas pluviais para evitar contaminações pelos resíduos radioativos da central de Fukushima. Além disso, o ministério ordenou no fim de semana aos distribuídores de água e estações de tratamento a cobertura dos depósitos com uma lona para isolar os locais de uma possível radiação. Também devem evitar o abastecimento de água dos rios logo após as chuvas. Tóquio, cidade de 13 milhões de habitantes, e diversos municípios próximos detectaram na semana passada um nível de iodo radioativo na água de torneira superior ao limite recomendado para os bebês. Na quarta-feira, os habitantes de Tóquio receberam a ordem de não dar água de torneira aos bebês. Um dia depois a suspensão foi proibida. O ministério da Saúde teme que as chuvas contenham elementos radioativos da central de Fukushima, afetada pelo terremoto e tsunami de 11 de março. A situação gerou a pior crise da história nuclear civil do Japão.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Ligeirão azul vem para oxigenar sistema de transporte coletivo de Curitiba

O Mega BRT, considerado o maior ônibus do mundo, foi apresentado ontem, no parque Barigui, durante as comemorações do aniversário de 318 anos de Curitiba, celebrado amanhã. Com 28 metros de comprimento, 2,5 metros de largura e capacidade para 250 passageiros, o ligeirão azul, como foi batizado, vai operar nas linhas Pinheirinho-Carlos Gomes e Boqueirão. Nove ônibus começarão a rodar na terça-feira. Até junho, serão 24 exemplares, 10 no Boqueirão e 14 na Linha Verde. Além de maior, os novos biarticulados vão oferecer uma viagem mais rápida. De acordo com a prefeitura, no sistema ligeirão, o ônibus faz menor número de paradas (nos terminais e em alguns pontos selecionados) e conta com tecnologia que permite a abertura dos semáforos, o que lhe garante prioridade no cruzamento. A cor azul foi escolhida justamente para diferenciá-lo do veículo vermelho que continuará fazendo a mesma linha parando nos antigos tubos. No sistema ligeirão, a viagem entre o terminal Boqueirão e a Praça Carlos Gomes, de 20,5 quilômetros, é feita em 20 minutos, 15 minutos a menos do que o Expresso. Já o trajeto entre o terminal do Pinheirinho e a praça Carlos Gomes, de 22,4 quilômetros, tem 25 minutos, 10 minutos a menos do que pelo Eixo Sul. Apro­xi­ma­damente 50 mil pessoas usam as duas linhas todos os dias. Para Marcos Isfer, diretor-presidente da Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), os novos ônibus representam uma revolução no sistema de transporte coletivo e nega que eles sejam apenas mais uma campanha de marketing da cidade. “Eles são maiores, mais confortáveis e chegam mais rápido ao destino. Tudo que o usuário do transporte quer”, afirma. Isfer anuncia que até o fim de abril, 97 novos ônibus serão entregues. Até o fim do ano, serão 554, ou 29% da frota atual. Fabricados pela Volvo e Neobus, os ligeirões azuis operam com biocombustível, o que diminui em 50% a emissão de fumaça na atmosfera. Manifestação A festa de aniversário de Curitiba também foi marcada por um protesto do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc). Com faixas, apitos e narizes de palhaço, cerca de 60 manifestantes cobraram do prefeito Luciano Ducci uma posição em relação à pauta de reivindicações, que inclui o zeramento de todas as perdas salariais e aumento real de 10%. “Viemos aqui para chamar a atenção da população para os nossos problemas. A atual gestão não nos respeita”, diz o diretor de Formação do Sismuc, Patrick Baptista. A administração municipal contra-argumenta afirmando que muitas prefeituras do Brasil não concederam nem 5% de aumento. “O reajuste de 6,5% [oferecido pela prefeitura Curitiba aos servidores] está muito acima do que foi oferecido para outras categorias profissionais e outros estados e municípios”, afirma o prefeito Ducci. Durante a manifestação, guardas municipais e sindicalistas chegaram a entrar em confronto, mas ninguém foi detido. Para o prefeito, o protesto foi oportunista. “Eles têm o direito democrático de se manifestar. O que não pode é fazer isso em um dia de festa”, reclama. Uma nova manifestação dos servidores está marcada para o dia 29, às 9 h, em frente ao prédio da prefeitura, no Centro Cívico. Serviço: Linha Pinheirinho-Carlos Gomes Faz a ligação entre o Terminal Pinheirinho e a Estação Lourenço Pinto, no Centro, com cinco paradas na Linha Verde e duas na Marechal Floriano. O tempo de viagem é de 25 minutos, com intervalo de quatro minutos. Ligeirão Boqueirão Liga o Terminal Boqueirão à Estação Praça Carlos Gomes, no Centro, fazendo além do ponto de chegada e saída, mais três paradas: nos terminais Carmo e Hauer e na Estação Cefet. O tempo de viagem é de 20 minutos, com intervalo, entre os ônibus de cinco minutos.

Japão detecta plutônio no solo da central nuclear de Fukushima

Tokyo Electric Power (Tepco), operadora da usina nuclear de Fukushima Daiichi, informou nesta segunda-feira que detectou plutônio em cinco pontos do solo do complexo. A operadora afirmou, segundo a agência de notícias Kyodo, que o plutônio teria sido liberado do combustível nuclear da usina, danificada pelo terremoto e posterior tsunami de 11 de março. A empresa não deu mais detalhes sobre o vazamento, mas o único reator que contém combustível misto de urânio e plutônio é o número 3. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) já havia alertado para uma fissura na câmera de contenção deste reator, que nos últimos dias emitiu, de maneira intermitente, fumaça --um indicador de que a pressão continua alta. Segundo a rede de TV CNN, a Tepco encontrou três tipos diferentes de plutônio no solo. Mais cedo, a Tepco informou que detectou água com altos níveis de radiação em túneis subterrâneos fora do reator 2, o primeiro indício de um vazamento do tipo desde a crise nuclear. O vazamento foi detectado em um túnel que rodeia o reator número 2. Segundo a Tepco, a água continha concentrações radioativas de mais de mil milisievert por hora. A Agência de Proteção Ambiental dos EUA diz que uma única dose de 1.000 millisieverts é suficiente para causar hemorragia. Esse nível é similar ao detectado este fim de semana em uma região alagada no interior do prédio de turbinas da unidade 2, que obrigou a interromper o trabalho dos operários. Uma das das entradas do túnel subterrâneo está localizada a apenas 55 metros do mar. A Tepco afirmou que não há indícios de que a água contaminada tivesse chegado ao mar, mas que não pode descartar uma contaminação do solo. Os técnicos em Fukushima já haviam liberado vapor com radioatividade para conter o aumento da pressão nos reatores e evitar uma explosão, mas esta é a primeira vez que se fala em vazamento de água radioativa --o que aumenta o risco de uma contaminação ambiental. Até então, água com alto teor de radiação havia sido encontrada somente dentro dos edifícios dos reatores. O porta-voz do governo japonês, Yukio Edano, disse que o alto nível de radiação poderia provir do contato de água com material das barras de combustível nuclear parcialmente fundido. Ele afirmou, contudo, que a maior parte da radiação ainda está contida dentro do prédio. A Agência de Segurança Nuclear disse que a Tepco deve vigiar um possível vazamento dessa água altamente radioativa para a terra, algo que os técnicos estão tentando medir e confirmar. A agência informou ainda que uma taxa de iodo radioativo 1.150 vezes superior à norma legal foi medida em mostras de água do mar retirada a apenas 30 metros dos reatores 5 e 6 de Fukushima. Até o momento eram analisadas mostras ao sul da central, na saída dos reatores 1 a 4, os mais afetados, onde a taxa de iodo 131 estava no domingo a um nível quase 2.000 vezes superior ao normal. Os reatores 5 e 6, que estavam desligados para manutenção no momento do terremoto seguido por um tsunami em 11 de março, não sofreram danos graves e o sistemas de resfriamento de ambos foi reconectado à rede de energia elétrica. ERRO Também nesta segunda-feira, o governo criticou duramente o anúncio equivocado da Tepco sobre um nível de radioatividade 10 milhões de vezes acima do normal na água que sai da central nuclear de Fukushima. 'Mesmo que o cansaço das pessoas que trabalham no local possa ajudar a explicar o erro, considerando que a vigilância da radioatividade é uma condição maior para garantir a segurança, este tipo de erro é absolutamente inaceitável', declarou Yukio. 'O governo ordenou que a Tepco não cometa o mesmo erro', acrescentou. O anúncio da Tokyo Electric Power aumentou ainda mais a paranoia ao redor da central acidentada. O vice-presidente da Tepco, Sakae Muto, explicou que elementos radioativos foram confundidos durante as análises das mostras obtidas no vazamento do reator 2.

Receita Federal tem brecha legal que permite pagar menos IR

Ao fazer a declaração, os contribuintes têm a possibilidade de reduzir a carga fiscal exigida pela Receita. E isso pode ser feito de forma legal, sem risco de a declaração ser retida na malha fina. Usando as brechas dadas pela Receita, os contribuintes terão restituição maior ou pagarão menos após a entrega da declaração. Essas possibilidades são mais comuns no caso de contribuintes casados e nos casos em que os filhos também trabalham. Eis algumas manobras que o leão permite. SEPARADAS Quando trabalham (ou têm renda), integrantes da mesma família (marido, mulher, filhos etc.) devem sempre fazer declarações separadas -cada um terá a isenção anual de R$ 17.989,80. No caso de um casal, o que tiver a maior renda deve, de preferência, declarar usando todas as deduções permitidas (o modelo completo).Se suas deduções forem superiores a R$ 13.317,09, sempre será vantagem optar pelo modelo completo. O que tiver a menor renda deve, em geral, declarar no modelo simplificado, pois poderá abater, sem comprovação, 20% da renda tributável (limitado a R$ 13.317,09). PENSÃO ALIMENTÍCIA Quando um casal se separa, geralmente o marido deve definir, perante o juiz, como será o pagamento da pensão alimentícia judicial à ex-mulher e aos filhos (se houver). Nos casos em que não há filhos (ou se eles forem maiores), o acordo pode ser feito por escritura pública. Tomemos por exemplo um casal com dois filhos menores. Se o marido pagar pensão alimentícia aos três, deve dizer ao juiz que deseja pagar valores individuais (em contas bancárias) em vez de fazer um só depósito. Para tanto, todos terão de ter CPF. Se pagar R$ 1.400 a cada um, a empresa em que trabalha (se for assalariado) descontará R$ 4.200 e depositará R$ 1.400 para cada um. Os valores são isentos. Se quem paga a pensão for autônomo, abaterá esse valor no cálculo do carnê-leão. Ao declarar, o responsável pela guarda dos filhos deve fazer três declarações. Como cada um terá recebido R$ 16,8 mil, todos estarão isentos. No total, R$ 50,4 mil da família estarão isentos. Se os R$ 50,4 mil fossem pagos apenas à ex-mulher, ela teria R$ 3.004,56 de imposto devido no ano (usando o modelo simplificado). BENS COMUNS Se um casal tem renda de bens comuns, pode dividi-la (metade para cada um). Exemplo: marido e mulher trabalham e têm imóvel alugado por R$ 2.000 mensais. Nesse caso, não precisarão pagar o carnê-leão porque cada um recebe R$ 1.000 (valor isento). O ideal é declararem separadamente. Assim, cada um inclui a própria renda e os R$ 12 mil do aluguel. Se cada um tiver recebido R$ 40 mil no emprego (ou como autônomo), a renda anual individual será de R$ 52 mil. Declarando no modelo simplificado, cada um poderá deduzir R$ 10,4 mil. A renda tributável individual será de R$ 41,6 mil, o que dá R$ 3.292,56 de IR devido (juntos, pagarão R$ 6.585,12). Se um deles tributasse os R$ 2.000 apenas na sua declaração, teria pago R$ 37,57 por mês pelo carnê-leão. No ano, seriam pagos R$ 450,84. Nesse caso, sua renda anual totalizaria R$ 64 mil (a do outro seria de R$ 40 mil). No caso de R$ 64 mil, o IR devido seria de R$ 5.766,65; no de R$ 40 mil, seria de R$ 1.428,69 (ambos usando o modelo simplificado). Lançando o aluguel em duas declarações, o imposto devido pelo casal seria de R$ 6.585,12; em apenas uma, seria de R$ 7.195,34.

Rebeldes líbios afirmam ter tomado cidade natal de Gaddafi

Um porta-voz do movimento de oposição líbio afirmou nesta segunda-feira que Sirte, cidade natal do ditador Muammar Gaddafi, está atualmente sobre o domínio das forças rebeldes. "Está confirmado que Sirte foi tomada pelo movimento pró-democracia", disse o porta-voz rebelde Shamsiddin Abdulmolah. Segundo Abdulmolah, os rebeldes não enfrentaram muita resistência das forces pró-Gaddafi na cidade. A informação da tomada de Sirte foi recebida com salvas de tiros e buzinaços na cidade de Benghazi, capital dos rebeldes no leste da Líbia. Um repórter da agência Reuters em Sirte disse ter visto um comboio com 20 veículos militares deixando a cidade em direção à capital Trípoli. A suposta tomada de Sirte pelas forças rebeldes acontece ao mesmo tempo em que a coalizão internacional intensificou os ataques sobre a capital Trípoli, e passou a bombardear também a cidade natal Gaddafi. Após reconquistarem mais duas cidades no leste do país, Ras Lanuf e Ben Jawad, os opositores marcham agora rumo ao oeste. Após vencer os soldados leais a Gaddafi em Ajdabiyah, 160 quilômetros ao sudoeste de Benghazi, as forças opositoras tomaram Brega (ainda no sábado) e Ras Lanuf e Ben Jawad no domingo. Em seu caminho rumo ao oeste, eles percorreram em seu avanço desde Benghazi cerca de 441 quilômetros em apenas 48 horas. O porta-voz dos rebeldes calculou que o regime conta com cerca de 10 mil soldados, enquanto os rebeldes teriam ao menos o dobro, 20 mil. "O problema é que eles estão mais bem equipados com tanques e armas, e os rebeldes só têm armas simples", disse. OTAN ASSUME CONTROLE NA LÍBIA Após oito dias das operações da coalizão internacional na Líbia, o secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Anders Fogh Rasmussen, declarou que os EUA já repassaram à aliança o controle total da missão que implementa a resolução 1973, aprovada pelas Nações Unidas. Em reunião de cúpula em Bruxelas, sede da aliança militar, os 28 países-membros da Otan fecharam um acordo para implementar todos os aspectos da resolução 1973 aprovada pelas Nações Unidas. "Os aliados da Otan decidiram assumir a operação militar na Líbia por completo, sob a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Nosso objetivo é proteger os civis e as áreas populadas por civis sob ameaça do regime de Gaddafi. A Otan implementará todos os aspectos da resolução da ONU. Nada mais, nada menos", disse Rasmussen. A decisão já havia sido antecipada nesta semana pelo chanceler da Turquia, Ahmet Davutoglu, após teleconferências com seus colegas dos EUA, França e Reino Unido.

domingo, 27 de março de 2011

Ceni marca 100º gol, e São Paulo encerra tabu: 2 a 1 sobre o Timão

Domingo, 27 de março de 2011. Arena Barueri, 17h09m. Data, local e horário que jamais serão esquecidos pela torcida do São Paulo. A falta, cobrada com maestria, na entrada da área, pelo lado esquerdo, entrou no ângulo direito da meta de Julio Cesar, que voou apenas para aparecer na imagem. Nesse exato momento, Rogério Ceni escreveu mais um capítulo de sucesso na sua incrível carreira. Após 20 anos, 965 partidas disputadas e 15 títulos conquistados, o camisa 1 do time do Morumbi chegou ao seu centésimo gol. E, para tornar esse feito ainda mais especial, foi também o dia em que o São Paulo venceu o Corinthians por 2 a 1 e quebrou um incômodo jejum de quatro anos sem vitória sobre o rival.Além da quebra da invencibilidade, o resultado pôs o Tricolor na vice-liderança do Campeonato Paulista, com 34 pontos, um a menos que o Palmeiras, que no sábado fez a lição de casa ao bater o Bragantino. O Timão tem a mesma pontuação da equipe do Morumbi, mas caiu para a terceira colocação por ter uma vitória a menos. Pelo estadual, os dois times voltarão a jogar no final de semana. No domingo, o São Paulo receberá o Mirassol no Morumbi. No mesmo dia, a equipe de Parque São Jorge irá a Ribeirão Preto para enfrentar o Botafogo. Que pontaria, Dagoberto! Toda a rivalidade que cerca são-paulinos e corintianos nos últimos anos foi demonstrada no primeiro tempo do clássico. O bom futebol deu lugar ao nervosismo, a um excessivo número de passes errados e a algumas faltas mais violentas. Faltou futebol. O Timão foi discretamente melhor no controle do jogo, mas Dagoberto, artilheiro da equipe em 2011, deu a vantagem ao Tricolor com um chute certeiro nos minutos finais. Paulo César Carpegiani surpreendeu ao sacar Marlos para a entrada de Rodrigo Souto. O São Paulo ganhou um homem a mais na marcação, porém, perdeu força ofensiva. O Corinthians agradeceu. Até os dez minutos, só o Timão jogou, sobretudo pelo lado direito, com Alessandro e Dentinho. A única chance, contudo, não foi aproveitada por Morais, que carimbou a zaga na área depois de falha de Miranda.Aos poucos, o São Paulo conseguiu equilibrar a partida e cresceu. Junior Cesar e Carlinhos Paraíba eram as principais opções pela esquerda. Com Rivaldo no banco, o time sentiu falta de um meio de campo mais criativo. Ilsinho, aberto pelo lado direito, pouco fez para abrir espaços. O time só chegou ao gol de Julio Cesar em chutes de fora da área de Jean, Dagoberto e Fernandinho, todos sem muita direção. Quando a pontaria melhorou, o São Paulo abriu o placar, aos 39 minutos. Dagoberto recebeu a bola pelo lado esquerdo do ataque, já próximo à área, e soltou a bomba. Julio Cesar voou, mas não conseguiu evitar que ela entrasse no canto esquerdo. Explosão tricolor nas arquibancadas da Arena Barueri, O Corinthians ainda quase empatou na etapa inicial, aos 46, com Dentinho cabeceando para fora um cruzamento de Fábio Santos.Ceni é 100!-O Corinthians voltou para o segundo tempo tentando pressionar o São Paulo novamente. O empate quase veio aos dois minutos. Após cruzamento da esquerda, Jorge Henrique dividiu com Alex Silva, e Rogério Ceni fez linda defesa, espalmando para escanteio. Mas o clássico ainda reservava um momento especial. Mais que isso, histórico para os são-paulinos. Fernandinho foi derrubado perto da área por Ralf. No mesmo instante em que o árbitro assinalou falta, a torcida tricolor já celebrava como um gol. Aos oito minutos, Rogério Ceni, ídolo maior do clube, ajeitou a bola e cobrou com perfeição, no ângulo direito, impossível para Julio Cesar pegar. Foi o centésimo gol dele na carreira, justamente como a torcida queria: diante do maior rival nos últimos anos.Na comemoração, Ceni tirou o uniforme e correu até a linha de fundo. Todos os jogadores acompanharam e abraçaram o capitão. Enquanto isso, uma bateria de fogos foi disparada por quase dez minutos. No placar eletrônico, mais homenagens ao maior goleiro-artilheiro da história do futebol mundial. A Arena Barueri se transformou numa festa completa para os são-paulinos. O Corinthians foi para cima. A reação ficou mais complicada quando Alessandro cometeu falta violenta sobre Dagoberto e foi expulso. Mesmo assim, os alvinegros descontaram, aos 22, com Dentinho chutando rasteiro no canto direito de Ceni.Para ajudar o Timão a ganhar mais confiança, Dagoberto fez falta no ataque e recebeu o cartão vermelho. Entretanto, aos 28, Dentinho tratou de ajudar o rival. Ele deu um pisão em Rodrigo Souto e também disse adeus ao duelo. Na saída de campo, o jogador provocou torcedores do São Paulo, que arremessaram garrafas, calçados e até uma bomba para o gramado. Com um a menos novamente, o Corinthians se lançou ao ataque e abriu espaços na defesa. Marlos desperdiçou diversos contra-ataques que poderiam fechar o jogo. Nos minutos finais, o Timão foi todo pressão. Liedson teve uma chance, mas parou em ótima defesa de Rogério Ceni. O domingo era dele. A festa tricolor estava apenas começando!

Japão emite alerta de tsunami após tremor de magnitude 6,5

A Agência Meteorológica do Japão emitiu um alerta de tsunami após a região nordeste do país ser atingida por um terremoto de magnitude 6,5, informou a agência de notícias Kyodo, acrescentando que o alerta foi anunciado às 7h24 da segunda-feira locais (19h24 de domingo em Brasília). De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), que monitora tremores em todo o planeta, o terremoto ocorreu a uma profundidade de apenas 5,9 km, próximo à costa de Honshu, 161 km ao leste de Fukushima, local que abriga a usina nuclear de Fukushima Nº1 e 368 km ao norte de Tóquio. Até o momento não houve relato de danos ou vítimas, mas o governo japonês alertou para o risco de que ondas de até meio metro atinjam a região de Miyagi, uma das mais atingidas pelo tremor seguido de tsunami que devastou o nordeste do país no dia 11 de março. Embora tenha colocado as autoridades locais de prontidão, a Agência Meteorológica do Japão especificou que o alerta refere-se a um "pequeno" tsunami, com ondas de no máximo meio metro de altura, e não a fenômenos com ondas de um ou até dois metros, com maior poder de devastação. O Centro de Alertas de Tsunami dos EUA no Pacífico disse que o alerta foi limitado ao Japão, e que as possíveis ondas não devem chegar ao Havaí ou à costa oeste dos Estados Unidos. CRISE PODE DURAR ANOS- Mais cedo, após relatos controversos sobre o nível de radiação na água do mar em torno da usina de Fukushima, as autoridades japonesas informaram uma elevação de ao menos 100 mil vezes no reator 2 e 1.850 vezes nas águas. A constatação levou o governo a interromper as operações de reparo no local, afetado pelo terremoto seguido de tsunami. A direção da empresa que opera a usina disse que a crise nuclear pode levar "anos". De acordo com especialistas, mesmo antes de a Tokyo Electric Power Company (Tepco), empresa que opera a usina nuclear, averiguar o controverso dado do aumento de 10 milhões de vezes, agora refutado, os números confirmados no fim de semana já são alarmantes. "É muito preocupante. Há algo seriamente errado [com o reator 2]", disse Rianne Teule, uma especialista em energia nuclear do grupo ambientalista Greenpeace baseada na África do Sul. Os dados do fim de semana, que elevaram ainda o número de mortos para ao menos 10.668, assim como a aparição de um resignado e pessimista premiê frente à população, levaram a Tepco a assumir que há incertezas na operação. "Infelizmente nós não temos um cronograma concreto no momento que nos permita dizer em quantos meses ou anos [a crise chegará ao fim]", disse o vice-presidente da empresa, Sakae Muto. AUMENTO DE RADIAÇÃO PREJUDICA OPERAÇÕES -O alto nível de material radioativo medido neste domingo em uma camada d'água que vazou do reator 2 da usina de Fukushima, no nordeste do Japão, levou as autoridades a interromperem as operações e retirarem os técnicos do local, anunciou a agência de notícias Jiji. O nível detectado na água do subsolo da sala da turbina que fica atrás do reator é de 1.000 milisieverts por hora, explicou um porta-voz da Tepco. Depois de anunciar, num primeiro momento, que este número era "10 milhões de vezes superior" ao tolerável, a Tepco convocou uma entrevista coletiva urgente para admitir que havia se equivocado, indicando ter confundido os elementos radioativos analisados. A Tepco confirmou o nível de "1.000 milisieverts por hora". Isto significa que o combustível no núcleo do reator provavelmente sofreu danos durante um princípio de fusão, provocado logo depois do terremoto seguido de tsunami do dia 11 de março, que danificou a central de Fukushima. "Detectamos nas amostras de água taxas elevadas de césio e outras substâncias que geralmente não são encontradas na água do reator. Existe uma forte chance de que as barras de combustível tenham sido danificadas", advertiu a operadora. AIEA ALERTA PARA CRISE Um dia após um pronunciamento do premiê do Japão, Naoto Kan, admitindo que o desastre nuclear no país é "grave" e está "longe de ser solucionado", o chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, também reiterou que a crise está "longe do fim" e ordenou o envio de duas novas equipes ao país. Numa entrevista ao "The New York Times", Amano alertou para uma situação de emergência que pode durar semanas, senão meses. Ele disse ainda que as autoridades japonesas ainda não têm certeza do sucesso das estratégias usadas para resfriar os reatores da usina de Fukushima Nº1, mas que vê como "sinais positivos" o fato de o país ter reconectado a energia elétrica a partes das instalações. Embora tenha evitado tecer críticas diretas ao governo, o ex-diplomata japonês disse ao jornal americano que "mais esforços deveriam ser feitos para colocar um fim ao acidente". Amano disse ainda que a maior preocupação no momento é de que os sistemas de resfriamento sejam reparados ao mesmo tempo em que grandes quantias de água são injetadas na usina. Caso estes sistemas não sejam consertados, mesmo com o acréscimo de água "as temperaturas vão subir", disse.

Governo sobe imposto para uso de cartão no exterior

Brasília - O governo vai elevar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre as compras no exterior com cartão de crédito de 2,38% para 6,38%. O decreto já foi assinado pela presidente Dilma Rousseff e será publicado no Diário Oficial da União de segunda-feira. A elevação do IOF não só aumentará os custos de viagens ao exterior, mas também deve reduzir a compra de produtos importados pela internet.
A medida estava sendo estudada pelo governo desde o início do ano como uma das formas de conter o crédito e segurar o consumo dos brasileiros, fatores que pressionam o aumento da inflação. No entanto, neste momento, deve reforçar os cofres da Receita Federal e cobrir parte da perda de arrecadação que o governo terá este ano com a correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) em 4,5% a partir de abril. A Receita estima que deixará de ser recolhido R$ 1,6 bilhão por causa do aumento do limite de isenção para pagamento de IR na folha.
Os gastos de brasileiros no exterior cresceram muito no ano passado por causa da valorização do real ante o dólar. A despesa bruta com cartão de crédito no primeiro bimestre do ano foi de US$ 2,03 bilhões, segundo o Banco Central, ante US$ 1,51 bilhão no mesmo período de 2010. Se os gastos com cartão de crédito no exterior em 2011 forem equivalentes ao do ano passado, o governo conseguirá reforçar a arrecadação em US$ 406,8 milhões, o equivalente a R$ 675,3 milhões, considerando um câmbio a R$ 1,66 por dólar.
Em 2008, para compensar a perda de arrecadação com o fim da CPMF, o governo já tinha elevado em 0,38% todas as operações de crédito. Com isso, o IOF sobre a fatura de cartão de crédito subiu naquela época de 2% para 2,38%. “O governo monitora e adota medidas se perceber distorções e excessos”, disse ontem o chefe adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel, ao comentar o aumento dos gastos em cartão de crédito no exterior este ano.
Bebidas
Outra medida que servirá para reforçar a arrecadação é a elevação da carga tributária sobre as chamadas “bebidas frias” – cerveja, refrigerante e água. O decreto também será publicado na segunda-feira. Ele atualizará os preços de referência, usados para cálculo da tributação, entre 10% e 15%. A nova tabela corrige a base de incidência de impostos como PIS, Cofins e IPI. Por isso, explica a Receita, o impacto no preço final ao consumidor deve ser bem menor. O Fisco não informa quanto espera arrecadar com o aumento da tributação sobre bebidas.
Os preços de referência para o setor foram tomados pela última vez em janeiro de 2009 e posteriormente congelados pelo governo para dar fôlego às empresas na crise. A Receita informou que passará a atualizar a base de tributação pelo menos uma vez por ano. O setor de bebidas tentou reverter a medida numa reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, mas não o convenceu.
Será publicada também na segunda-feira a medida provisória que corrige em 4,5% a tabela do Imposto de Renda, negociada com as centrais sindicais.

Agência atômica da ONU alerta para crise e envia equipes ao Japão

Um dia após um pronunciamento do premiê do Japão, Naoto Kan, admitindo que o desastre nuclear no país é "grave" e está "longe de ser solucionado", o chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, também reiterou que a crise está "longe do fim" e ordenou o envio de duas novas equipes ao país.
Numa entrevista ao "The New York Times", Amano alertou para uma situação de emergência que pode durar semanas, senão meses.
Ele disse ainda que as autoridades japonesas ainda não têm certeza do sucesso das estratégias usadas para resfriar os reatores da usina de Fukushima Nº1, mas que vê como "sinais positivos" o fato de o país ter reconectado a energia elétrica a partes das instalações. Embora tenha evitado tecer críticas diretas ao governo, o ex-diplomata japonês disse ao jornal americano que "mais esforços deveriam ser feitos para colocar um fim ao acidente".
Amano disse ainda que a maior preocupação no momento é de que os sistemas de resfriamento sejam reparados ao mesmo tempo em que grandes quantias de água são injetadas na usina. Caso estes sistemas não sejam consertados, mesmo com o acréscimo de água "as temperaturas vão subir", disse.
AIEA ENVIA EQUIPES AO PAÍS
A AIEA enviou ainda ao Japão duas novas equipes de especialistas para colaborar na gestão da crise nuclear, uma delas dedicada a analisar a contaminação radioativa detectada em alimentos.
O organismo com sede em Viena indicou neste sábado em comunicado que as duas equipes já viajaram ao Japão para "ajudar na resposta à emergência na usina nuclear de Fukushima Daiichi", onde o terremoto e o tsunami de 11 de março provocaram grandes danos.
Uma das equipes está composta tanto por pessoal da AIEA como da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), e seu trabalho será avaliar a contaminação de alimentos registrada após os vazamentos radioativos e ajudar as autoridades japonesas a recolherem e analisarem dados nesse sentido.
A agência reiterou na sexta-feira que a detecção de contaminação obrigou a restrição de distribuição de leite em Fukushima e Ibaraki, e de vegetais em Fukushima, Ibaraki, Tochigi e Gunma, para evitar que cheguem aos mercados.
A segunda equipe está composta por especialistas em proteção radiológica e realizará tarefas de medição e controle da radioatividade.
GESTOR DA CRISE
Mais cedo neste sábado o premiê Naoto Kan nomeou o ex-ministro dos Transportes Sumio Mabuchi como gestor da crise agravada após um novo vazamento na quinta-feira.
Em entrevista coletiva, o porta-voz do governo, Yukio Edano, anunciou a nomeação de Mabuchi, ministro entre setembro de 2010 e janeiro deste ano, e deu um panorama atual das operações na usina de Fuksuhima Nº1.
Segundo ele, houve alguns avanços nas últimas 24 horas, como a restituição parcial da iluminação em algumas salas de controle e a injeção de água doce nos reatores, em lugar de água do mar. Mas ainda não podemos dar uma previsão", acrescentou, antes de insistir na necessidade de a empresa operadora da central, a Tokyo Electric Power Company (Tepco) oferecer informações de forma ágil e precisa à Agência de Segurança Nuclear do Japão.
As notícias chegam após a Agência de Segurança Nuclear do Japão confirmar uma concentração de iodo radioativo 1.250 vezes superior ao limite legal na água do mar na área próxima a Fukushima.
O porta-voz do governo classificou ainda o desastre como "sem precedentes" no Japão.
O porta-voz do governo reiterou ainda que os níveis de radiação detectados em algumas verduras cultivadas em zonas próximas à usina nuclear "não representam uma ameaça imediata para a saúde".

Prescrição do crime de formação de quadrilha esvazia processo do mensalão

BRASÍLIA - O processo de desmantelamento do esquema conhecido como mensalão federal (2005), a pior crise política do governo Lula, já tem data para começar: será a partir da última semana de agosto, quando vai prescrever o crime de formação de quadrilha. O crime, citado por mais de 50 vezes na denúncia do Ministério Público - que foi aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF) -, é visto como uma espécie de "ação central" do esquema, mas desaparecerá sem que nenhum dos mensaleiros tenha sido julgado. Entre os 38 réus do processo, 22 respondem por formação de quadrilha.Para além do inevitável, que é a prescrição pelo decorrer do tempo, uma série de articulações, levantadas pelo Estado ao longo dos últimos dois meses, deve sentenciar o mensalão ao esvaziamento. Apontado pelo Ministério Público como o "chefe" do esquema, o ex-ministro José Dirceu parece estar mais próximo da absolvição. O primeiro sinal político concreto em prol da contestação do processo do mensalão foi dado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao deixar o governo, ele disse que sua principal missão, a partir de janeiro de 2011, seria mostrar que o mensalão "é uma farsa". E nessa trilha, lentamente, réus que aguardam o julgamento estão recuperando forças políticas, ocupando cargos importantes na Esplanada.

Rebeldes retomam 2 cidades; França derruba 7 aviões de Gaddafi

Após retomarem o controle de Ajdabiyah, no leste da Líbia, os rebeldes afirmam ter expulsado as forças leais ao ditador Muammar Gaddafi também da estratégica cidade portuária de Brega. Enquanto isso, a coalizão internacional intensificou os bombardeios sobre Misrata, onde a França derrubou cinco jatos e dois helicópteros das forças líbias.Com a retomada de duas importantes cidades no leste do país, onde os bombardeios têm demonstrado eficiência ao deter o avanço das tropas de Gaddafi, a coalizão internacional aumentou suas ofensivas em Misrata, cidade situada no oeste, entre a capital Trípoli e Sirte, que é mantida cercada pelo Exército líbio há mais de uma semana. Os moradores, em suas raras comunicações com o exterior, asseguraram às emissoras por satélite árabes que a situação é desesperada pela falta de remédios, sangue e demais elementos essenciais para atender à grande quantidade de feridos, que chegam a dezenas.
Os rebeldes denunciam que as tropas do governo têm como estratégia cortar as ligações de água, luz elétrica e telefones para isolar a cidade enquanto a atacam. Mais de 10 mil estão sem eletricidade desde o início dos fortes confrontos na cidade. Ainda nesta semana, o governo negou o isolamento. "Ouvimos rumores de que o governo cortou de forma intencional o fornecimento [de água, luz elétrica e telecomunicações]. Mas é apenas um problema técnico causado pelos danos e saques", disse o vice-chanceler líbio Khaled Khaim.
AJDABIYAH E BREGA
As forças anti-governo ganham força neste sábado na Líbia, e os rebeldes afirmaram ter retomado o controle de Brega, cidade estratégica para o escoamento e produção do petróleo líbio que estava em poder de Gaddafi há dez dias. Um rebelde que se encontrava no local, Abdelsalam al Maadani, afirmou por telefone que tinham tomado a região. "Estamos no centro de Brega. As forças de [o ditador Muammar] Gaddafi bateram em retirada e agora devem estar em Al Bisher [a 30 km oeste de Brega] e os rebeldes também avançaram pata esta região", disse.
Também há informações de que as forças leais ao ditador estão atacando a cidade de Misrata a partir do oeste e do leste. A declaração foi dada por um rebelde à Reuters hoje.
"As forças de Gaddafi estão atacando Misrata a partir do oeste e leste. [Há] bombardeio pesado", afirmou o rebelde, chamado Saadoun, por telefone à Reuters.
Do oeste, segundo ele, tanques estavam avançando em direção à cidade. "Eles também estão tentando trazer soldados", disse.
"Do leste, eles estão bombardeando com morteiros e artilharia o porto e áreas próximas. Há no porto o principal tanque de combustível que alimenta a parte central da cidade e [há] também milhares de trabalhadores, em sua maioria egípcios, que fugiram e permaneceram no porto aguardando resgate', disse.
OTAN
Há expectativa de que a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) assuma o comando das operações dos aliados na Líbia na segunda-feira.
As operações aéreas manterão o objetivo de reforçar a zona de exclusão aérea sobre a Líbia, enquanto as posições navais terão como finalidade fazer respeitar o embargo às vendas de armas ao regime do ditador Muammar Gaddafi aprovado pelas Nações Unidas.
Detalhes da transferência de comando dos EUA ainda serão definidos no domingo, entre eles a abrangência dos ataques aéreos sobre o país, e quem irá executá-los, mas a cúpula da aliança militar quer garantir que não haja problemas na transição.
A chefia das operações estará sediada num dos mais sofisticados centros de comando da Otan, numa base em Nápoles, na Itália. A porta-voz da aliança, Oana Lungescu, disse na sexta-feira que a operação já foi aprovada por três meses, mas pode ser extendida.

sábado, 26 de março de 2011

Semana de protestos matou 55 na Síria, diz Anistia Internacional

O grupo de direitos humanos Anistia Internacional disse nesta sexta-feira (25) que pelo menos 55 pessoas morreram desde o início dos protestos na cidade de Deraa, na Síria, e nas redondezas durante a semana.

"Forças de segurança abriram fogo novamente contra manifestantes em Sanamayn e realizaram prisões em Damasco, de acordo com relatos na sexta-feira, um dia depois que autoridades prometeram investigar a violência", informou a Anistia em comunicado.

Na sexta-feira, forças de segurança sírias detiveram dezenas de pessoas que realizavam uma breve passeata pró-democracia em Damasco, depois que protestos desencadeados no sul inspiraram apoio na capital. Três pessoas teriam morrido, segundo testemunhas citadas pela TV.

Na véspera, o presidente Bashar al Assad, herdeiro de meio século de governo do partido Baath, cogitou conceder liberdades políticas, inclusive levantar o estado de emergência, em vigor no país desde 1963.

Apesar dos relatos sobre confrontos, o Ministério da Informação da Síria afirmou que a situação continuava calma pelo país, segundo a TV Al Arabiya.