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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Perdeu o bonde e pagou a conta - Honduras

BRASÍLIA - O Brasil começou bem, mas perdeu o bonde na crise de Honduras.
A reação brasileira ao golpe de junho de 2009 foi rápida e contundente, em defesa do princípio de que militares não podem catar presidentes eleitos democraticamente e jogar fora em outros países na calada da noite.
Da defesa de princípios à busca de protagonismo, porém, foi um pulo. Ou um salto no escuro. Admitida como verdadeira a versão de que Zelaya chegou sem pedir e sem avisar, o Brasil não tinha outra alternativa se não acolhê-lo na embaixada em Tegucigalpa. Mas deveria acolhê-lo na condição de asilado, como prevê a legislação internacional, e estabelecendo limites. Não fez uma nem outra.
O resultado é que o Brasil agarrou-se a Zelaya, assumiu um só lado da questão, isolou-se e bateu de frente com os EUA e parte da América Latina ao se recusar a tratar a eleição do novo presidente como saída da crise -aliás, a única.
Assim, o bonde hondurenho chegou ao destino com um projeto de união nacional, novo maquinista, Porfírio "Pepe" Lobo, e todos os passageiros que interessam: a Corte Suprema de Justiça, o Congresso, a mídia, a igreja, os EUA, boa parte da comunidade internacional e o mais fundamental, o povo, que votou no novo presidente em eleições cuja lisura não foi questionada nem por adversários.
Mas o governo brasileiro não embarcou. Ficou do lado de fora, sem ter o que fazer nem o que dizer, ao lado da turma da Alba (Aliança Bolivariana para as Américas), que orbita em torno de Hugo Chávez.
Zelaya ganhou quatro meses de casa, comida, telefone, palanque e holofotes de graça na embaixada brasileira, junto com a mulher, a parentada e centenas de amigos, militantes e agregados. E o Brasil, o que ganhou com isso? Ou melhor: e você, ganhou alguma coisa? Não. Só pagou a conta.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Lula, de A a Z

Lula, de A a Z 20 de janeiro de 2010 ...Por Klauber Cristofen Pires (*)Ao entardecer do seu segundo mandato, Lula e o Foro de São Paulo precisam correr atrás da agenda que anda atrasada. Conferências como a da Comunicação, havida no ano passado, e da cultura, neste ano, parecem ser o indicativo de que pipocarão muitas outras mais, aliadas a outras investidas contra a liberdade das pessoas e o estado de direito.Uma percorrida pelo passado faz-se necessária neste momento:a) a tentativa da criação de um "conselho federal de jornalismo";b) a criação da Agência Brasil, com o terrorista Franklin Martins à frente, para concorrer em condições de desigualdade com os veículos de comunicação privados;c) a criação de Ancine, para o retorno ao poço sem fundo e sem prestação de contas do cinema ideológico;d) a tentativa de obrigar os canais a cabo a oferecerem programas e filmes nacionais em suas grades;e) a tentativa de impor a lei da mordaça ao Ministério Público e aos servidores públicos;f) o plebiscito contra o comércio de armas de fogo, que se seguiu a uma prévia repressão contra a posse de armas pelas pessoas de bem, enquanto a criminalidade não cessa de aumentar;g) a permanente apologia aos criminosos, que Lula sempre fez questão de apontar como vítimas da sociedade que precisam de educação e não de cadeia (tanto é que, do plano para construir prisões federais, só uma foi construída);h) as diversas tentativas de implantar a legalização ampla do aborto, geralmente por inserções totalmente fora dos contextos em relação aos documentos que as continham;i) o combate frontal contra o estudo em casa (homeschooling) e a liberdade dos pais educarem seus filhos segundo seus valores, e o avanço célere na ideologização das salas de aula públicas e privadas, bem como dos exames, vestibulares e concursos públicos;j) a imposição da agenda gayzista que sirva ao constrangimento dos valores do cristianismo e da família;k) o estabelecimento do apartheid de sinal trocado que inaugurou os tribunais raciais com suas cotas para vestibulares, concursos públicos e que pretende se estender até o meio privado;l) a deturpação da lei para o confisco de terras a pretexto de terem sido quilombos;m) o andamento sem interrupções e impedimentos das invasões e desapropriações de terras mediante a manipulação de índices de produtividade, bem como também por meio da imposição de toda forma de regulamentação inibidora do produtivismo e até da extrema cara-de-pau da desobediência às ordens judiciais de reintegração de posse pelos governos aliados do PT;n) a revanche da revogação da lei da anistia, conjugada com a premiação milionária dos seus terroristas e até mesmo meros simpatizantes;o) o uso do patrimônio brasileiro para a manutenção do poder pessoal do presidente Lula e dos seus comparsas do Foro de São Paulo, consubstanciada pela simpática acolhida a Evo Morales, que nos tomou várias refinarias da Petrobras por meio de ostensiva agressão militar; a Rafael Correa, que deu o calote na construção de uma hidrelétrica construída por uma empresa brasileira com recursos do BNDS; ao próprio Hugo Chaves, na forma do envio de petróleo para a abafar a greve dos petroleiros; a toda sorte de contemporização com as trapaças comerciais cometidas pela Argentina; a diversos países africanos, que tiveram suas dívidas perdoadas; e por aí vai...p) a permanente campanha contra os militares e o sedento projeto de revogar a Lei de Anistia de modo parcial;q) a progressiva estatização de setores da economia tais como o petrolífero, o químico, o elétrico e o mineral, aliada a uma contínua e crescente intervenção sobre a iniciativa privada,r) a alegre e frequente companhia junto aos mais execráveis tiranos do planeta e o apoio incondicional aos seus desmandos e crimes...s) a institucionalização da corrupção como forma de consolidação do poder;t) a falsidade da teoria do respeito à soberania das nações, que o atual governo dela usa para proteger os seus amigos protoditadores do Foro de São Paulo enquanto se vale da mais deslavada intervenção sobre países como Honduras e a Colômbia;u) o uso da desgraça alheia como oportunidade de fazer política - as vítimas das enchentes, secas e desmoronamentos do Brasil amargam os seus mortos e os seus prejuízos, mas os holofotes do mundo levam Lula a anunciar uma ajuda de 35 milhões de reais e a expansão da presença militar naquele país por um Exército que em solo pátrio é obrigado a dispensar a tropa ao meio-dia para não ter de pagar rancho.v) o antiamericanismo e o pretenso anticolonialismo, consagrados pela gritante mobilização do governo contra o governo suíço e seu povo, portando-se sem comedimentos ao lado de uma pilantra que lá se auto-mutilou, enquanto se cala olimpicamente diante do assassinato de brasileiros no Suriname e da perseguição de famílias de agricultores na Bolívia e no Paraguai;x) o uso despudorado da máquina pública para fazer campanha eleitoral antecipada - na verdade, a todo e qualquer tempo - sob a conivente leniência do TSE;y) o despacho de dois jovens e inocentes boxeadores cubanos, Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara, por ocasião dos Jogos Pan-Americanos, capturados à maneira de um capitão-do-mato sob os cuidados diretos do ministro da (in)justiça Tarso Genro que os devolve célere ao seu patrão, ao arrepio da lei e da tradição de oferecer asilo de nosso país;w) o loteamento da Amazônia, pronta a ser retalhada e entregue às "nações" indígenas criadas com esta finalidade por uma miríade de ONG's, que por sua vez as encaminharão a potências estrangeiras e que teve a sua pedra fundamental inaugurada com a expulsão dos arrozeiros do ex-próspero e atual virtual estado de Roraima;z) o uso da rede do crime para sabotar as eleições em São Paulo, quando, por encomenda, facções de criminosos passaram a atacar a população e unidades policiais para instalar o estado de terror e desta forma influenciar o resultado nas urnas.Como se vê, utilizei-me aqui de todo o alfabeto, e não bastou; na verdade, eu precisaria utilizar-me do ideograma chinês, que, dizem, contém milhares de símbolos. Tudo para que se evidencie o que há de mais ostensivamente óbvio: as impressões digitais de Lula estão em toda parte! Afirmo isto não como uma constatação minha, eis que sempre as apontei, mas para que as pessoas mais alheias aos fatos e às suas conexões se convençam, enfim, desta verdade única: Lula tem um projeto de perpetuação de poder, que é levado a sério e executado passo a passo, e isto é tão perigoso para todas as nossas vidas que nos confortamos com qualquer assopro que suceda às suas mordidas.Agora, vamos ao nosso cenário atual: alguns setores da mídia tradicional, enfim, começam a apontar a tendência totalitarista dos recentes atos do governo, embora ainda teimem em proteger a imagem de Lula como se ele estivesse fora deste contexto. Ainda no momento em que escrevo este texto, vejo pela tevê uma propaganda apócrifa alertando contra a volta da censura, como ela fosse gente de carne e osso. Alguma presença das entidades representativas do setor produtivo, ou de defesa da cidadania? Nadica de nada!Por quê fazem isto? Minimizarão a fúria da censura petista? Com que foram pagas as redações e os veículos de comunicação com a sua histórica cumplicidade com este projeto de traição à pátria? Com restrições ao financiamento privado (proibição de propagandas de cigarros e restrições às propagandas de bebidas e de alimentos); com processos contra jornalistas e suas empresas; e com a censura judicial imposta contra as suas matérias.Na verdade, segundo o quadro atual, falta muito pouco para que estas empresas sejam fechadas ou estatizadas, à maneira do que vem acontecendo na Venezuela e nos outros países onde o Foro de São Paulo governa.Neste momento, que já é tarde, urge que toda a sociedade assuma, enfim, de que esta história de "não sei", "não vi", "assinei sem ler" não convence mais. Isto precisa ser dito de forma ostensiva e explícita. As federações e associações do comércio, da indústria e da agricultura precisam neste momento ir às tevês e denunciarem Lula com o dedo apontado para o seu retrato. Também as entidades de defesa da democracia e da cidadania podem fazer o mesmo e até mesmo qualquer cidadão, pois um simples banner colocado no vidro traseiro de um carro já alerta muita gente.Este já não é mais o tempo ideal, mas é o tempo que temos, antes que nenhuma ação possa ser feita; antes que tudo se acabe. Não esperem que a mansidão invoque a complacência dos sedentos de controlar as nossas vidas e as vidas de nossos filhos. É precisamente isto o que eles esperam de nós.Lula é o responsável pelo mensalão; Lula luta pela legalização do aborto, Lula quer os crucifixos fora das escolas, hospitais e repartições públicas; Lula é aliado do MST e defende as invasões e desapropriações de terras; Lula é amigo e cúmplice de Hugo Chaves, Evo Morales, Cristina Kirchner, Rafael Correa, de Ahmadinejad, do regime chinês, do genocídio no Sudão e de todos os ditadores do continente africano; Lula defende o confisco de terras sob o pretexto quilombola; Lula quer tomar a propriedade privada pelo aumento de impostos, que já passou de 40%; Lula é amigo dos bandidos (alguém já viu ele se pronunciar uma única vez que fosse contra bandidos e marginais?); Lula promoveu a intervenção - ainda que mal-sucedida - contra Honduras; Lula é amigo e protetor das FARC; Lula quer educar os seus (os teus!) filhos para serem ovelhas a lhe balir pro resto da vida; Lula quer destruir a família ao apoiar a agenda gay; Lula quer usar o aborto (e depois a eutanásia) como instrumentos de controle social; Lula quer aparecer como um profeta auto-proclamado, por meio de seu filme.Lula, Lula, Lula. Lula é o cara! Lula é o cara...mau!

(*) Fonte: http://www.midiasemmascara.org/artigos/governo-do-pt/10710-lula-de-a-a-z.html

SÉRGIO VAI À GUERRA: “DILMA MENTE, OMITE, DISSIMULA E TOMA PARA SI OBRAS ALHEIAS”

O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), emitiu uma dura nota criticando afirmações recentes da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, que, circunstancialmente, também é ministra da Casa Civil. Segundo a petista, se os tucanos ganharem a eleição em 2010, vão extinguir o PAC e o Bolsa Família. “Dilma mente”, reage Sérgio Guerra. Leia íntegra da nota:NOTA À IMPRENSA Dilma Rousseff mente. Mentiu no passado sobre seu currículo e mente hoje sobre seus adversários. Usa a mentira como método. Aposta na desinformação do povo e abusa da boa fé do cidadão.Mente sobre o PAC, mente sobre sua função. Não é gerente de um programa de governo e, sim, de uma embalagem publicitária que amarra no mesmo pacote obras municipais, estaduais, federais e privadas.Mente ao somar todos os recursos investidos por todas essas instâncias e apresentá-los como se fossem resultado da ação do governo federal. Apropria-se do que não é seu e vangloria-se do que não faz.Dissimulada, Dilma Rousseff assegurou à Dra. Ruth Cardoso que não tinha feito um dossiê sobre ela. Mentira! Um mês antes, em jantar com 30 empresários, informara que fazia, sim, um dossiê contra Ruth Cardoso.Durante anos, mentiu sobre seu currículo. Apresentava-se como mestre e doutora pela Unicamp. Nunca foi nem uma coisa nem outra. Além de mentir, Dilma Rousseff omite. Esconde que, em 32 meses, apenas 10% das obras listadas no PAC foram concluídas - a maioria tocada por estados e municípios. Cerca de 62% dessa lista fantasiosa do PAC - 7.715 projetos- ainda não saíram do papel.Outra característica de Dilma Rousseff é transferir responsabilidades. A culpa do desempenho medíocre é sempre dos outros: ora o bode expiatório da incompetência gerencial são as exigências ambientais, ora a fiscalização do Tribunal de Contas da União, ora o bagre da Amazônia, ora a perereca do Rio Grande do Sul.Assume a obra alheia que dá certo e esconde sua autoria no que dá errado. Dilma Rousseff se escondeu durante 21 horas após o apagão. Quando falou, a ex-ministra de Minas e Energia, chefe do PAC, promovida a gerente do governo, não sabia o que dizer, além de culpar a chuva e de explicar que blecaute não é apagão.Até hoje, Dilma Rousseff também se recusou a falar sobre o Plano Nacional de Direitos Humanos, com todas as barbaridades incluídas nesse Decreto, que compromete a liberdade de imprensa, persegue as religiões, criminaliza quem é contra o aborto e liquida o direito de propriedade. Um programa do qual ela teve a responsabilidade final, na condição de ministra-chefe da Casa Civil.Está claro, portanto, que mentir, omitir, esconder-se, dissimular e transferir responsabilidades são a base do discurso de Dilma Rousseff. Mas, ao contrário do que ela pensa, o Brasil não é um país de bobos.Senador Sérgio Guerra Presidente Nacional do PSDB Brasília, 20 janeiro de 2010

Após homenagem, a despedida

BRASÍLIA Após a homenagem aos militares brasileiros mortos em Brasília, o dia ontem foi de velórios e sepultamentos das vítimas nas suas cidades de origem.
No Rio de Janeiro, os corpos de quatro militares lotados em unidades do Exército no estado foram sepultados em Niterói e em Paracambi durante a manhã.
No cemitério Jardim da Saúde, em Sulacap, subúrbio do Rio, cerca de 300 pessoas acompanharam o sepultamento, em clima de muita emoção, do tenente coronel Márcio Guimarães Martins.
– Ele era extremamente dedicado à família, um irmão muito companheiro, muito inteligente, era um exemplo para os filhos e a família – afirmou emocionado o também militar Marcelo Guimarães Martins, irmão gêmeo do tenente coronel Márcio, cujo corpo ficou desaparecido nos escombros durante sete dias.
Casado, Márcio deixou esposa e dois filhos, uma menina de quatro meses e um menino de 6 anos de idade. Cerca de 300 pessoas acompanharam o cortejo, entre militares, parentes e amigos. Os pais do militar, muito emocionados, também estavam presentes.
Segundo o irmão, era a primeira vez que Márcio ia ao Haiti.
Ele chegou ao país no dia 10 de janeiro, dois dias antes da tragédia.
Marcelo disse que o irmão estava muito orgulhoso e feliz por integrar a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah).
Já o corpo do general de brigada Emílio Carlos Torres dos Santos foi cremado, em cerimônia reservada, no Cemitério do Caju, na zona portuária do Rio de Janeiro. Em Niterói, na região metropolitana, foi sepultado no cemitério Parque da Colina, em Pendotiba, o corpo do coronel Marcus Vinicius Macedo Cysneiros.
Pela manhã, ocorreu o enterro do segundo-sargento Rodrigo de Souza Lima no cemitério de Paracambi, município da região metropolitana do Rio. O velório correu na Câmara Municipal de Piraí, sua terra natal.
No interior de São Paulo, os corpos de mais quatro militares mortos no Haiti durante o terremoto foram velados em Lorena, a 198 quilômetros da capital. Parentes e amigos prestaram a última homenagem a Douglas Pedrotti, Luís de Souza Serafim, Davi Ramos de Lima e Felipe Gonçalves. O velório foi aberto apenas para as famílias, que não permitiram à imprensa acompanhar a cerimônia.
Ao deixar a solenidade, Giane dos Santos, que foi professora de um dos militares, falou com os jornalistas.
– Sentimos muito a falta de todos eles, mas o que nos conforta é que eles morreram como heróis, fazendo o que gostavam e cumprindo seu dever – ponderou.
Os dois militares do 2º Batalhão de Infantaria Leve do Exército mortos no terremoto foram sepultados à tarde em São Vicente, a 65 km da capital paulista. Militares do batalhão, familiares e amigos choraram muito durante a cerimônia fúnebre do cabo Ari Dirceu Fernandes Júnior e do soldado Kléber da Silva Santos. Antes do sepultamento, houve salvas de tiros e marcha fúnebre.
O corpo do cabo foi velado na Catedral de Santos e trazido em cortejo para o Cemitério Metropolitano do outro município. Cerca de 300 participaram do ato.
Já o velório do soldado aconteceu em um salão no bairro onde ele vivia, também em São Vicente. Segundo a PM, 500 pessoas estiveram presentes.
Os dois caixões chegaram ao cemitério em um carro blindado e foram recebidos com salvas de tiros executadas por quatro soldados e marcha fúnebre. Cerca de 20 músicos do batalhão participaram da homenagem.
Muito emocionados, militares do batalhão choravam abraçados uns aos outros.
– O batalhão se encontra carregado de uma carga emocional muito grande.
São militares que passaram por treinamento juntos, então é difícil separar o profissional do pessoal – lamentou o tenente-coronel Sérgio Jurandir Souto Campanaro, comandante do batalhão

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Sobe para 17 o número de militares mortos no Haiti, diz Exército

Em nota divulgada nesta segunda-feira (18), o comando do Exército em Brasília confirmou a morte do coronel João Eliseu Souza Zanin, que estava entre os quatro militares desaparecidos desde o dia 12 de janeiro, quando o terremoto de intensidade 7 devastou o Haiti. Zanin é o 17º militar brasileiro morto na catástrofe. "O coronel estava ligado ao gabinete do comandante do Exército e encontrava-se no Haiti participando de reuniões de coordenação de pessoal, diz a nota. O Brasil comanda uma missão de paz da Organização das Nações Unidas no país. Dos quatro militares que estavam desaparecido, apenas o major Márcio Guimarães Martins, de Natal (RN), ainda não foi encontrado pelas forças brasileiras no Haiti.
Brasileiros
Com a localização do corpo do coronel, sobe para 19 o número de brasileiros mortos na tragédia. Além dos 17 militares, também foram vitimados o diplomata Luiz Carlos da Costa, que ocupava o segundo cargo mais importante da ONU no Haiti, e a médica sanitarista e fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns. O terremoto no Haiti deixou um número ainda não determinado de mortos, na cada de dezenas de milhares, e arrasou a infraestrutura da capital, Porto Príncipe, deixando 10% do prédios destruídos e milhares de desabrigados. A situação humanitária na cidade é grave, e o mundo tenta acelerar a ajuda humanitária ao país para evitar o colapso. Falta água e comida, os mortos são enterrados em valas comuns. O governo local já relatou saques, episódios de violência e a volta à ação de gangues armadas.
Mortos
Ainda nesta segunda, o comandante do Exército, Enzo Martins Peri, informou que os corpos dos militares que morreram no Haiti devem chegar ao Brasil nesta quarta-feira (20).Segundo ele, os corpos chegarão em Brasília, onde haverá "honras fúnebres" aos militares vitimados pelo terremoto. O Comando do Exército informou que foi identificado o corpo do tenente-coronel Marcus Vinicius Macêdo Cysneiros, que se encontrava desaparecido na cidade de Porto Príncipe.
Efetivo
Peri também informou nesta segunda que o Brasil tem condições de dobrar o número de militares presentes no Haiti. Atualmente, há 1.266 militares brasieiros no Haiti. "Teríamos condições de dobrar nosso efetivo. Foram tropas que já foram para o Haiti. Já estão treinadas nos mais diversos aspectos, ou tropas que serão treinadas. Também teria que ver qual seria a composição destas tropas. Qual a natureza das tropas e de reforço?", disse ele, acrescentando que mais de 10 mil militares brasileiros já passaram pelo Haiti. O comandante do Exército acrescentou, porém, que a decisão de enviar mais soldados brasileiros cabe ao governo, mas também tem de passar pelo Congresso Nacional. "Mas é preciso que [o pedido] seja formalizado pela ONU, que o governo entenda que assim deve ser, apoiado pelo Congresso", disse Peri.

Um ano com os pés longe do chão

18 de janeiro de 2010.Coluna do
Augusto Nunes


Divulgado nesta segunda-feira, um levantamento do jornal O Globo informa que o ministro Tarso Genro é o novo recordista brasileiro de milhagem em jatinhos da FAB. Em 2009, o gaúcho voador fez 85 viagens financiadas pelos pagadores de impostos. Uma a cada quatro dias. Não é pouca coisa.
Entre uma decolagem e outra, o campeão continuou com os pés longe do chão. Gastou o tempo teoricamente passado em terra jurando que Cesare Battisti é um patrimônio da humanidade, combatendo a ditadura italiana. fundando o Novo Socialismo, refundando o PT, dando palpites na montagem do Guia do Stalinismo Farofeiro ou escrevendo poemas em louvor do prazer solitário.
Tudo somado, está claro que o ministro da Justiça atravessou um ano inteiro nas nuvens ou no mundo da lua. Mas não teme a merecida demissão por abandono de emprego. O chefe também aparece no local de trabalho só de vez em quando.

O Haiti não precisa de circo

16 de janeiro de 2010.Coluna do
Augusto Nunes

Assim que o perigo passou, Nelson Jobim apareceu na zona conflagrada pronto para o que desse e viesse. Em caso de tsunami, baixaria numa praia do Haiti com a farda de almirante que ganhou na Rússia. Em caso de ataque alienígena, sobrevoaria o Caribe com o traje de gala de brigadeiro francês. Como foi um caso de terremoto, o ministro da Defesa incorporou o general Jobim e irrompeu em Porto Príncipe enfiado num uniforme de campanha.
A missão foi cumprida em três dias. No primeiro, o destemido forasteiro recomendou aos sobreviventes que hospitalizassem os feridos e enterrassem os mortos. No segundo, determinou aos militares brasileiros em ação na cidade sem água nem mantimentos que dessem de beber a quem tem sede e de comer a quem tem fome. No terceiro, descobriu que o governo brasileiro sofrera uma perda muito mais dolorosa que as provocadas pelo terremoto. E então levou a mão ao coldre.
Jobim manteve a pose de quem lutou em todas as guerras, e portanto não se emociona com pouco, ao comentar a morte em combate da doce guerreira Zilda Arns, do diplomata Luiz Carlos da Costa e dos 14 jovens heróis engajados na força de paz da ONU. Isso acontece, sugeriu o sorriso superior. O que lhe pareceu insuportável foi a perda do controle do aeroporto da capital para os oficiais que lideram 10 mil soldados americanos.
“Não podemos admitir o comando unilateral dos Estados Unidos”, avisou ao saber que os ianques tinham assumido a administração do aeroporto em colapso e normalizado o tráfego dos aviões — sem pedirem licença ao Brasil. E perdeu a paciência de vez com a notícia de que cargueiros da FAB foram impedidos de pousar na capital por controladores de voo americanos, que desviaram a aterrissagem para pistas menos inseguras.
“Tudo isso pode ser visto como algo natural”, concedeu o chanceler Celso Amorim, “mas é importante ter a clareza de que nós estamos sendo tratados com a prioridade adequada”. Informado de que os gringos estavam no controle do aeroporto por solicitação do governo haitiano, resolveu conferir a história com Hillary Clinton e prometeu pedir tratamento especial para aeronaves brasileiras. O script avisa que, agora nas montanhas de escombros, o Itamaraty continua à caça de algum atalho que leve ao Conselho de Segurança da ONU.
O espetáculo do oportunismo rastaquera foi engrossado na sexta-feira pela embaixadora do Brasil na ONU, Maria Luísa Viotti. “Estou em busca de informações sobre o caráter da presença das tropas americanas em Porto Príncipe”, disse a diplomata, fustigada pela suspeita de sempre: depois de ter arrendado a Colômbia, o império de Barack Obama talvez tente anexar o Haiti. Aliviou-se com a descoberta de que a missão é humanitária, mas não sossegou de todo. No momento, quer saber da Casa Branca se existe o risco de “interferências na missão de paz comandada por militares brasileiros”.
Segundo a ONU, um país atolado na miséria absoluta foi dissolvido pela maior tragédia ocorrida desde a fundação da entidade há 60 anos. Mergulhado no pesadelo incomparável, desprovido de tudo, o Haiti precisa de muito pão, mas por enquanto não precisa de circo. A trupe do governo está liberada para envergonhar o Brasil em outras paragens.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Exército eleva para 11 o número de militares brasileiros mortos no Haiti

O Exército brasileiro divulgou na tarde desta quarta-feira um novo balanço no qual informa que onze militares brasileiros morreram no terremoto de sete graus de magnitude que devastou Porto Príncipe, a capital do Haiti, na véspera. Outros quatro militares continuam desaparecidos, segundo comunicado do Exército.
Os militares mortos foram identificados como o 1º tenente Bruno Ribeiro Mário, o 2º Sargento Davi Ramos de Lima, o 2º Sargento Leonardo de Castro Carvalho, o cabo Douglas Pedrotti Neckel, o cabo Washington Luis de Souza Seraphin o soldado Tiago Anaya Detimermani, e o coronel Emílio Carlos Torres dos Santos, do Gabinete do Comandante do Exército, sediado em Brasília.
Há ainda as quatro vítimas já confirmadas mais cedo --o soldado Antonio José Anacleto, do 5º Batalhão de Infantaria Leve, sediado em Lorena-SP, o cabo Arí Dirceu Fernandes Júnior e o soldado Kleber da Silva Santos, ambos do 2º Batalhão de Infantaria Leve, sediado em Santos (SP) e o subtenente Raniel Batista de Camargos, do 37º Batalhão de Infantaria Leve, sediado em Lins (SP).
Segundo comunicado anterior, ao menos outros dez militares ficaram feridos devido ao tremor. Entre eles, estão: o tenente coronel Alexandre José dos Santos, o capitão Renan Rodrigues de Oliveira, o sargento Danilo do Nascimento de Oliveira, o cabo Eugênio Pesaresi Neto e o soldado Welington Soares Magalhães Neto.
"É possível que tenhamos mais mortes", ressaltou nesta quarta-feira o coronel Eduardo Cypriano, subchefe da comunicação do Exército.
O governo brasileiro confirmou ainda a morte da fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, que estava no país em missão humanitária.
Médica pediatra e sanitarista, Arns, 75, fundou e coordenava a Pastoral da Criança no Brasil, órgão de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
As vítimas incluiriam também três soldados jordanianos da missão de paz da ONU (Organização das Nações Unidas) que morreram no terremoto e outros 21 que ficaram feridos.
Eles foram identificados por uma fonte militar, citada pela agência de notícias France Presse, como os majores Atta Issa Hussein e Ashraf Ali Jayus e o cabo Raed Faraj Kal-Khawaldeh. A mesma fonte afirmou que nenhum dos 21 feridos corre risco de morte.
A imprensa estatal chinesa informou que pelo menos oito soldados chineses foram soterrados, e que outros dez estão desaparecidos.
A missão da ONU no país inclui 7.000 tropas mantenedoras da paz, 2.000 membros da polícia internacional, 490 funcionários civis, 1.200 civis locais e 200 voluntários, ainda segundo Le Roy.
O Brasil tem 1.266 militares na Força de Paz da ONU, a Minustah, dos quais 250 são da engenharia do Exército. Os militares já tiveram participação no socorro às vítimas dos furacões de 2004 e de 2008, que atingiram o Haiti.
A Cruz Vermelha anunciou ainda, em comunicado, que 59 de seus funcionários locais ainda estão desaparecidos. Os nove funcionários internacionais do grupo estão seguros.
Jornalistas da agência Associated Press descrevem danos graves e generalizados pelas ruas, onde sangue e corpos podem ser vistos. Segundo a agência, dezenas de milhares de pessoas estão desabrigadas. A rede de TV CNN informou que possui imagens de mortos pelas ruas da capital haitiana, mas que são muito fortes para exibição.

As Esquerdas Brasileiras-Forças Armadas

As esquerdas brasileiras sempre souberam que seu inimigo jurado de morte são as Forças Armadas. Por elas foram derrotadas em todas as vezes que quiseram medir forças, como em 1935, 1964 e anos subseqüentes. As Forças Armadas são a única organização capaz de lhes fazer frente, não apenas no plano militar propriamente dito, mas também no plano ideológico. Os “milicos” encarnam a Nação, têm histórica longa, confundem-se com a Independência e a unidade nacional têm tradição que cultivam e também seu próprio sistema de formação de quadros, até agora impermeável à catequização comunista. Desde que triunfaram utilizando os métodos de Gramsci que as esquerdas cercam seu maior inimigo, ora adulando, ora ignorando, ora provocando escaramuças para saber até onde vai o pavio das Forças Armadas. A aproximação do fim do mandato de Lula, que tentaram por todos os meios prolongar, fez com que se precipitasse o embate mais afoito. Essa tentativa de rever a Lei de Anistia é o Rubicão que não pode ser cruzado. Elas sabem disso, mas encontram-se em um impasse estratégico: estão em seu melhor momento histórico para dar o bote totalitário, mas desconfiam que não acumularam força suficiente para degolar o inimigo. Seu balanço de poder é muito favorável: têm a Presidência da República, têm a opinião pública, os empresários estão inermes a seus pés, dependentes de recursos financeiros e de alivio da fiscalização estatal, cujo garrote vil foi apertado ao limite nas últimas décadas. Têm o sistema de ensino e os meios de comunicação, que estão em processo de domínio total depois da realização da Confecom. Têm apoios internacionais de que nunca dispuseram. Têm milícias em todos os recantos do país, a começar pelo MST. Têm as universidades, as igrejas, o meio editorial, o imenso funcionalismo público, por elas inflado criminosamente nas últimas décadas. Têm os sindicatos e os fundos de pensão. Para ter o poder total as esquerdas só precisam mesmo conquistar as Forças Armadas, isto é, capacidade militar e organização. Essa é sua fraqueza congênita e por isso, desde a origem, tentaram o golpe de Estado, para controlar os “milicos” desde cima. Até agora falharam no intento. As Forças Armadas, para alívio da Nação, continuam sendo o esteio da nacionalidade e o instrumento garantidor das liberdades. Os inimigos traiçoeiros, apesar do tempo que dispuseram, dos recursos, das patranhas, das promessas populistas nunca conseguiram transpor os umbrais dos quartéis. Lá, mesmo Lula, só entram como convidadas e só falam com os comandantes, uma elite bem formada e moralmente superior, avessa ao seu proselitismo. Lendo os editoriais de hoje dos principais jornais podemos ter três pontos de vista sobre o episódio que quase culminou com a saída de Nelson Jobim do Ministério da Defesa. O Estadão, como há muito, não tinha um posicionamento tão afirmativo e coerente com seu passado de lutas pela liberdade. O editorialista deixou de lado a covardia que tomou conta do jornal nos últimos tempos. Brincando com Fogo deu nomes aos bois: “A reação dos comandantes militares à tentativa mais uma vez patrocinada pelo ministro de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, de revogar a Lei da Anistia foi enérgica e recebeu inteiro apoio do ministro da Defesa, Nelson Jobim, que há tempos vem tentando conter as iniciativas revanchistas de Vannuchi e do ministro da Justiça, Tarso Genro. As pessoas pouco afeitas aos fatos ligados à repressão política, durante os governos militares, e que somente tomem conhecimento das iniciativas daquela dupla de ministros certamente terão a impressão de que os quartéis, na atualidade, estão cheios de torturadores e as Forças Armadas são dirigidas por liberticidas. Nada mais falso”. E mais disse: “Para os militares, é ponto de honra que a Lei da Anistia permaneça em vigor, nos termos em que foi aprovada em 1985. Entre outros motivos, porque assim se isola a instituição de uma fase histórica conflituosa, que exigiu que os militares deixassem de lado sua missão profissional tradicional e assumissem os encargos da luta contra a subversão. Isso não se fez sem prejuízos à coesão e à hierarquia das Forças Armadas. Para a Nação, a manutenção da Lei da Anistia é mais que um ponto de honra. É a garantia de que os acontecimentos daquela época não serão usados como pretexto para que se promova uma nova e mais perniciosa divisão política e ideológica da família brasileira”. Já a Folha de São Paulo, jornal completamente tomado pelas esquerdas, tentou como sempre relativizar (Confronto vão). Ao invés de criticar o autor da proeza, o ministro Tarso Genro, faz o contrário, elogiou-o: “Foi acertada a atitude do ministro da Justiça, Tarso Genro, ao declarar que "não há nenhuma controvérsia insanável" em torno do texto do Programa Nacional de Direitos Humanos e da chamada "Comissão da Verdade", destinada a apurar os casos de tortura e de desaparecimento de presos políticos durante o regime militar. É legítima qualquer investigação histórica sobre esse período, durante o qual crimes foram cometidos pelos dois lados em conflito”. Ora, foi precisamente o rei da República petista de Santa Maria quem cutucou a onça com vara curta, ele que aparelhou a Polícia Federal para ser uma espécie de polícia política, contra todos os inimigos. Ela só não é eficaz contra os “milicos”. Nos quartéis não tem dinheiro na cueca, nem negociatas, nem insidiosas transações que atraiçoam os brasileiros. Tem gente de escol, de moral superior. E tem armas. Lá sua jurisdição não alcança. A Folha de São Paulo, como sempre, mentiu e enganou os seus leitores, se alinhando com as esquerdas revolucionárias. O editorial de O Globo preferiu desvincular a figura de Lula da crise (Revanchismo): “A conhecida ambiguidade do presidente Lula deriva de uma característica da montagem do seu governo, uma estrutura sem unidade, composta de capitanias hereditárias, sob controle de agrupamentos políticos de tendências disparatadas”.Ora, Lula não foi ambíguo de jeito nenhum, publicou o decreto e só deu um passo atrás porque viu que os homens em armas não estão para brincadeira. Os “milicos” não vão tolerar esse tipo de provocação e por isso Lula teve que enfiar a viola no saco e mandar seu Sinistro da Justiça calar o bico. Lula está na linha de frente da conversão do Brasil em uma sociedade comunista e não cabe mais a idéia de que não sabe o que seus ministros fazem, sobretudo aqueles encarregados de levar à frente o projeto revolucionário. Lula foi realista e fez a parte que lhe cabe, de recuar, mas o realismo não o isenta de ter endossado a iniciativa insana. Não houve crise militar, houve uma escaramuça, uma simples medição de força. As esquerdas perderam a rodada, mas elas nunca desistem. Voltarão. Uma crise militar de verdade tiraria Lula do poder em horas. As esquerdas já viram esse filme antes. Espero que elas paguem para ver. Elas estão impacientes e não querem mais aguardar o tempo de dar o bote certo. Crise militar de verdade teve em 1935 e em 1964, quando os Guardas da Pátria fizeram o que precisava ser feito: vencer os degenerados.Matéria publicada no site http://www.heitordepaola.com/ do Heitor de Paola

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Ares de maracutaia

A compra de 36 caças Rafale, fabricados pela francesa Dassault Aviation, para substituir os modelos obsoletos da Força Aérea Brasileira (FAB), está decidida e sacramentada desde julho de 2009. Lula, quem decide, manifestou a escolha por três vezes. Nos últimos 6 meses, acompanhou-se um jogo de cartas marcadas. Veio junto a tentativa oficial, primitiva e enfadonha, de manter aparências do que nunca foi uma licitação pública.
A questão mais interessante agora não é qual será o avião de combate do projeto F-X2, mas por que Lula escolheu o Rafale?
O governo deixa entender tratar-se de escolha política do executivo. É verdade. Justifica a opção como parte de celebrada parceria estratégica com a França cuja estampa mais colorida é manifesto anti-americanismo e na qual, envolve a compra de helicópteros, submarinos convencionais e o casco do primeiro deles de fabricação nacional à propulsão nuclear. Em horizonte mais distante, cogita-se também a construção de um porta-aviões com caças Rafale equipados de trens de pouso reforçados e por que não, perguntam eles, a substituição dos 120 caças restantes da FAB, uma vez que o avião de combate francês se presta ao serviço. O Rafale foi projetado para o desempenho de multiplas funções.
Em contrapartida ao maior gasto da história militar do país e o mais longo, 10 bilhões de euros a serem pagos durante 7 mandatos presidenciais, a França seria forte aliada às ambições brasileiras nos foros internacionais, em questões financeiras, comerciais, de segurança e ambientais. A cereja em cima do bolo proposto na bandeja francesa é o apoio à velha reivindicação brasileira de uma cadeira verde amarela e cativa no Conselho de Segurança da ONU - custa apenas retórica e mais zero euro.
A moeda de troca francesa lembra o queijo camembert - duro por fora e mole no interior - é de difícil aferição, mas sobretudo, tem valor incerto. A transação dos Rafale seria como se decidissem comprar um apartamento à beira-mar do vizinho onde o preço do imóvel é mero detalhe e a motivação da aquisição estaria baseada na promessa de que, sempre que houvesse uma disputa na reunião de condomínio, o vendedor faria campanha para o voto no lado do comprador.
Portanto, não é por acaso que o governo Lula reforça a argumentação em favor dos franceses evidenciando a transferência de tecnologias críticas, aspecto da concorrência, no qual os felizardos eleitos por antecipação seriam os melhores candidatos. Infla-se o peito quando referem à entrega do código fonte, o cérebro do caça francês, mas há silêncio absoluto sobre o motor do avião. O Brasil não receberá nem o desenho de parafuso, porca ou ruela que integra o sistema de propulsão do Rafale, o M88 fabricado pela francesa Snecma. Sabe-se que existem mais países que possuem a bomba atômica do que aqueles que fabricam motores de aeronaves de combate.
Causa bastante estranheza o resultado de uma licitação ser anunciado antes da hora. É sem dúvida muito pouco convencional encomendar parecer técnico a quem realmente entende - e que será o usuário final - para depois considerar o estudo mero aspecto cosmético. Pior: exigir alterações no relatório para não causar constrangimentos. Se a opinião da FAB não tem influência, por que ela foi consultada? Se uma avaliação não hierarquiza os concorrentes em uma licitação, para que ela serve? Chamaram a FAB para participar do processo à condição de que os brigadeiros sonegassem a sua opinião a quem vai pagar a conta, o contribuinte brasileiro. Perguntem se a França compraria do Brasil sequer um cartucho de carabina para caçar esquilos em gramado de base aérea sem o aval de seus militares?
Adicione a prática frequente — e regulamentada pela legislação! — de pagamentos de comissões pelo governo francês para facilitar a venda de seus armamentos. O Rafale está exposto na prateleira há mais de uma década; salvo a França, onde é fabricado, não foi comprado por ninguém. O Brasil inicia ano eleitoral, época em que os partidos políticos procuram melhorar a tesouraria. Pode até ser uma dessas raríssimas exceções da história onde procedimentos pouco ortodoxos e a falta de transparência esconde um processo lícito, mas ninguém pode ser cobrado desta vez de tomar emprestado termo do vocabulário do presidente Lula. A licitação dos caças para FAB não é só um “fechem o bico, quem manda sou eu”, em mais uma atitude fora do lugar do presidente, ela tem ares de maracutaia.
PS - A quem se interessar pelo assunto, sugiro ler o post “A conta por favor
Por Antonio Ribeiro

Nota do Clube Militar

EM SE COMPRANDO TUDO DÁ … VOTOS Os homens são tão simplórios, e se deixam de tal forma dominar pelas necessidades do momento, que aquele que saiba enganar achará sempre quem se deixe enganar.(Maquiavel) Nunca na história deste país se fez tão pouco caso da honra, de tal maneira se desprezou a ética, tanto se usou de meios escusos para corromper, para enlamear instituições, para comprar consciências. A amarga sensação que fica é a da total perda, por parte de um grande número de homens públicos, de qualquer noção de honestidade, de dignidade, de honradez. O atual governo, contrariando todos os princípios apregoados enquanto estava na oposição, abandonou completamente o decoro no trato da coisa pública e partiu para o uso de um verdadeiro rolo compressor, comprando tudo e todos a sua volta, desde que possam, de alguma forma, interferir em seus objet ivo s. Recordemos o esquema do mensalão, quando um grupo de aliados do Presidente, gente de dentro do governo, usou meios escusos para organizar a maior quadrilha jamais montada em qualquer lugar do mundo, com o objet ivo de comprar o apoio de parlamentares e, em última instância, perpetuar no poder seu grupo político. O então Procurador-geral da República, Dr Antônio Fernando de Souza, apresentou uma denúncia contundente contra os principais envolvidos no escândalo. Ficou de fora o Presidente da República que alegou desconhecer o esquema. Em termos jurídicos, a desculpa valeu. O Procurador-geral retirou-o da denúncia por não ter encontrado evidências firmes de seu envolvimento. Agora, firulas jurídicas à parte, parece pouco provável que alguém, dotado de capacidade de reflexão, tenha acreditado na história. A ser verídico o desconhecimento, cairíamos na dúvida que, à época, circulou na internet: será que temos um Presidente aparvalhado, incapaz de entender fatos que acontecem ao seu redor, protagonizados por seus mais íntimos colaboradores? Em outra vertente, há o Bolsa Família, sem dúvida o maior programa de compra de votos do mundo. Trata-se de um programa que gera dependência, antes de estimular o desenvolvimento humano. As pessoas atendidas, recebendo o benefício sem nenhuma necessidade de contrapartida, ficam desestimuladas até de buscar emprego. Mesmo a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) chegou a afirmar que o programa “vicia” e que deixa os beneficiários “acomodados”. Não é que alguém seja contra a minorar a aflição de quem tem fome. O problema é que o programa parte de uma premissa falsa ao confundir pobreza com fome. A esses últimos é mais do que justo assistir com recursos públicos. Aos pobres, a melhor ajuda que o governo poderia dar é investir corretamente em educação. Mas não, confundindo conceitos, prefere manter um Bolsa Família hiperdimensionado, gastando recursos que fazem falta à educação, uma vez que, assim como está, o retorno nas eleições, em termos de votos, tem sido muito compensador. A comprovação de que não são todos os pobres no Brasil que estão famintos veio de uma pesquisa do IBGE, realizada em 2004 – Pesquisa de Orçamentos Familiares. Em uma parte dessa pesquisa, ficou constatado que o índice de pessoas abaixo do peso estava menor do que aquele considerado normal pela OMS. E, para a perplexidade dos que acenam com a necessidade de combater a fome para manter e ampliar o programa, verificou-se que, entre nós, a obesidade é um problema mais crítico do que a fome. Não satisfeito em aliciar parlamentares para sua base de sustentação política e populações desassistidas para aumentar suas possibilidades eleitorais, o governo trata, também, de evitar qualquer problema nas ruas, em termos de manifestações públicas de desagrado contra os muitos desvios de ética praticados por seus correligionários e aliados. Nada melhor, então, do que colocar a União Nacional dos Estudantes igualmente em seu balcão de negócios. É assim que o governo, da mesma forma que faz com sindicatos, resolveu patrocinar a UNE. As verbas federais, dessa forma, passaram a irrigar o movimento estudantil, seja em termos de patrocínio, como aconteceu em seu último congresso nacional, seja com a destinação de alguns milhões para a reconstrução de sua sede, seja, ainda, com o pagamento de generosas “mesadas” a seus dirigentes. Com isso, foi neutralizado o espírito combat ivo que era a marca do movimento estudantil e eliminou-se toda possibilidade de agitações de rua indesejáveis. Um exemplo disso ocorreu no referido congresso, quando houve um protesto contra a CPI da Petrobras. Em outros tempos, seria a UNE a primeira a se mobilizar para exigir a completa elucidação dos fatos. Agora, sem sequer conhecer os resultados de uma CPI que nem começou, faz o protesto. Passam por cima da necessidade de se investigar denúncias de irregularidades em uma empresa cujo maior acionista é o governo, em um congresso que era patrocinado por esse mesmo governo. E o presidente da UNE tem a desfaçatez de dizer que não vê nada de errado nisso. Com a prática da compra indiscriminada de todos que possam atrapalhar os desígnios do governo, este foi perdendo todos os escrúpulos. Conseguindo manter níveis elevados de popularidade, julga-se acima do bem e do mal, capaz de tudo, inclusive de defender crimes praticados por aliados, pouco se importando com a ética e com a moralidade pública. Pouco se importando com a evidência de que está corrompendo os brios de toda uma nação que, em um dia não tão distante, teve orgulho de se proclamar brasileira. Gen Ex GILBERTO BARBOSA DE FIGUEIREDO Presidente do Clube Militar

O TEXTO DE UMA JUÍZA E UMA FOTO ESCANDALOSA

domingo, 10 de janeiro de 2010
Ontem, na página Tendências/Debates da Folha, uma juíza chamada Kenarik Boujikian Felippe escreveu um artigo defendendo com veemência a tal Comissão da Verdade e a punição aos torturadores. Mandaram-me trechos do artigo e eu chutei cá com os meus botões: aposto que ela pertence àquela tal Associação Juízes para a Democracia. Na mosca! É co-fundadora e secretária da associação. A tese da valente magistrada é que pode haver punição mesmo na vigência da Lei da Anistia, que não precisa ser extinta, porque a tortura não está entre os “crimes políticos e conexos” para os quais se prevê o perdão… Ah, bom! A esquerda brasileira sempre nos dando lições, não é? Cesare Battisti, o terrorista-fetiche de Tarso Genro, cometeu, segundo o ministro, “crime político”; já os torturadores teriam cometido crime comum, que não se enquadra na categoria de “conexo”. Já os atos terroristas da esquerda eram, claro!, crimes políticos. A íntegra do artigo desta senhora está aqui. Os argumentos são conhecidos, e já os contestei, creio, mais de uma centena de vezes. Vou demonstrar qual é a praia de Kenarik de outro modo. Vejam esta foto. Volto em seguida.Viram? Aquele que está no centro, de barba, segurando um quadro é João Pedro Stedile, o chefão do MST, o movimento viciado em cometer crimes - na VEJA desta semana, ficamos sabendo que os sem-terra se transformaram agora em contumazes desmatadores da Amazônia. E o que ele faz ali? Ora, está recebendo uma homenagem da ASSOCIAÇÃO JUÍZES PARA A DEMOCRACIA!!!

Sim, vocês entenderam direito. Os bravos magistrados da dita-cuja resolveram homenagear o MST pelo conjunto da obra. Kenarik é aquela senhora de vestido preto e braços cruzados ao lado de Stedile. Se quiser mais detalhes, vá à página do próprio MST.

Reparem: a tarefa de um juiz é, afinal de contas, julgar. E isso significa que os próprios atos do MST podem ser objeto do seu escrutínio. Se for um desses valentes da tal associação, já conhecemos o veredito antes mesmo de conhecer o caso ou a causa. Homenagear o movimento significa endossar os seus métodos, endossando também os seus crimes.

Uma das coisas encantadoras dessa foto é aquele rapaz ao lado de Kenarik ostentando a camiseta com a palavra “Cuba”. Cuba é aquele país em que a oposição está na cadeia, onde a tortura a presos é, na prática, uma política de estado. A foto está cortada. Talvez falte um “s” ali, e esteja escrito “Scuba” na camista. A palavra é o acrônimo em inglês para Self-Contained Underwater Breathing Apparatus (Dispositivo para respiração subaquática autocontido). Um equipamento scuba fornece o ar necessário a quem pratica mergulho autônomo, de forma a permanecer debaixo de água por longos períodos. Uma coisa ou outra, estamos diante de um emblema. Stedile é o nosso grande “revolucionário”. E sua “revolução” é garantida com o dinheiro público do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Kenarik, em sua sede implacável de justiça, não se constrange em aparecer nesse retrato, como se vê. Não custa lembrar que o decreto dos Direitos Humanos, em defesa do qual ela escreveu, extingue, na prática, a propriedade privada e cria uma categoria acima dos juízes.

PS: Peço moderação nos comentários…

BlogReinaldo Azevedo