Inicialmente, os devedores teriam até esta quinta-feira para ingressar no programa de parcelamento de débitos tributários
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Da Redação
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O presidente da República em exercício, Rodrigo Maia, disse na noite desta quarta-feira, em sua conta no Twitter, que editou Medida Provisória (MP) para estender o prazo de adesão ao programa de parcelamento de débitos tributários, o Refis, para 29 de setembro. Inicialmente, os devedores teriam até esta quinta-feira para ingressar no programa.
“Após acordo com líderes, acabo de editar a Medida Provisória que
prorroga o prazo de adesão ao Refis até o dia 29 de setembro”, disse.
A edição da MP para estender o prazo é uma tentativa de acalmar
parlamentares da base aliada que temiam a interrupção das adesões e, ao
mesmo tempo, negociam com o governo condições ainda mais vantajosas de
descontos no Refis.
Na terça-feira, essas tratativas acabaram respingando no andamento
das votações no plenário do Congresso Nacional em meio à expectativa de
apreciação do projeto que autoriza a mudança das metas fiscais deste e
do próximo ano para um rombo maior.
A dispersão da base acabou jogando a conclusão da votação dos vetos
presidenciais, que antecedem o projeto de alteração nos objetivos
fiscais, para esta quarta.
Após acordo com os líderes, acabo de editar a
medida provisória que prorroga o prazo de adesão ao Refis até o dia 29
de setembro.
Neste acerto, feito nesta terça-feira, o governo também aceitou estender o prazo de adesão ao programa para 31 de outubro
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Da redação
Sessão do Congresso Nacional analisa vetos presidenciais (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Lideranças partidárias da Câmara dos Deputados
e integrantes da área econômica fecharam nesta terça-feira um
“pré-acordo” sobre o texto da medida provisória (MP) que cria o novo Refis,
programa de parcelamento tributário de devedores da União. Pelo
combinado, empresas poderão ter desconto de até 60% na multa e até 90%
nos juros.
O pré-acordo prevê condições mais benéficas para um número maior de
devedores. Antes, as condições diferenciadas de pagamento só valeriam
para devedores de até 15 milhões de reais. Agora, esse limite foi
elevado para 30 milhões de reais, de acordo com o deputado José Rocha (BA), líder do PR na Câmara.
No acerto, o governo também aceitou melhorar as condições
diferenciadas. Devedores de até 30 milhões de reais terão de pagar à
vista 5% do valor da dívida, ante 7,5% previsto no texto original. Para
devedores de valores maiores, a entrada mínima exigida continuará sendo
20%. O governo conta com a arrecadação da entrada para atingir a meta
fiscal de 2017.
Pelo combinado entre parlamentares e a área econômica, os descontos
nos juros e multas serão escalonados. Na multa, o desconto máximo
previsto é de 60% sobre o saldo da dívida após a entrada, desde que o
pagamento dessa parte seja feito à vista, 50% para pagamento parcelado
desse saldo em 145 meses e 35%, em 175 meses.
Para os juros, o escalonamento começa em 90% para pagamento à vista,
passando para 80% no caso de parcelamento em 145 meses e 50%, em 175
meses. Esses porcentuais são menores do que o previsto no parecer do
relator, que tinha estabelecido descontos de até 99% para juros e
multas, desde que o pagamento fosse à vista.
No pré-acordo, o governo também aceitou estender o prazo de adesão ao
Refis para 31 de outubro. Pelo texto original da MP, esse prazo
acabaria nesta quinta-feira. Contribuintes que já tinham aderido ao
programa pelas regras do texto original poderão fazer retificação.
O pré-acordo foi fechado durante reunião dos parlamentares nesta
terça-feira no gabinete da liderança do governo na Câmara. O líder do
governo na casa, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), esteve no Palácio
do Planalto para fechar o acordo com o ministro-chefe da Casa Civil,
Eliseu Padilha.
Caso o martelo seja batido, o objetivo do governo é votar a MP até
esta quinta-feira. Da Câmara, a matéria ainda precisará passar pelo
Senado, antes de seguir para sanção presidencial. A medida provisória
termina em outubro. (Com Estadão Conteúdo)
Alardeada pelo ex-presidente, comitiva por estados do Nordeste pode não estar sendo assim tão boa quanto ele gostaria
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Da Redação
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante caravana pelo Nordeste (Leo Caldas/AFP)
Quem visita as redes sociais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode chegar à conclusão de que ele está mais popular do que nunca no Nordeste
e que a sua caravana pela região refletirá em um gás adicional para sua
candidatura à Presidência da República em 2018 – se não for impedido
pela Justiça, é claro. No entanto, basta uma mudança de ângulo para ver
que não é bem assim.
As imagens transmitidas ao vivo em seu perfil do ato Água e Democracia, em Campina Grande, na Paraíba,
mostram uma legião de apoiadores ouvindo as palavras do ex-presidente.
Do outro lado do lago, no entanto, é possível ver que o protesto se
restringe a um pequeno grupo diante de uma estrutura profissional de
show.
Presentes ao local, pedestres não perdoaram e compartilharam nas
redes sociais as imagens que mostram que a multidão não é assim tão
grande.
Na semana passada, outra parada da caravana de Lula também não
refletiu o sucesso alardeado pelos seus apoiadores. Durante a passagem
por Penedo, em Alagoas,
a comitiva do ex-presidente virou piada pela pouca quantidade de
veículos que o acompanhava no momento. “É só isso aí, é? Ih, caravana
fuleira é essa?”, reage um morador da cidade, ao perceber que mal os
carros começaram a passar, já acabou!
Na negociação da colaboração premiada,
os lobistas Jorge e Bruno Luz entregaram documentos que mostram as
digitais de Lula no esquema controlado pela “Brasil Trade”, uma
organização formada por corruptos, corruptores e operadores de propinas
destinada a desviar dinheiro da Petrobras. Os delatores também
implicaram Vaccarezza, Renan, Jader, Silas Rondeau e Edison Lobão
O ELO Vaccarezza era quem informava Lula sobre as operações; FALTA POUCO Negociações de Jorge Luz com a Lava Jato estão avançadas; DE NOVO ELE O hexa-réu Lula está enredado em escândalo filhote do Petrolão
Tábata Viapiana
Lobista com 30 anos de experiência no submundo da Petrobras,
Jorge Luz prepara uma bomba de potencial devastador para ser detonada em
breve. Ao lado de seu filho Bruno Luz, o operador está em estágio
avançado de negociação com o Ministério Público Federal para celebrar um
acordo de delação premiada. Nos últimos dias, Jorge e Bruno Luz, presos
desde fevereiro, compartilharam com a Polícia Federal informações,
documentos e arquivos eletrônicos que compõem o arcabouço daquilo que
irão revelar. O MP sabia, até então, que a família Luz era useira e
vezeira em operar propinas na Petrobras em favor de expoentes do PMDB,
PP e PT. No PT, o elo com o esquema arquitetado pelos Luz era o deputado
e ex-líder do PT na Câmara Cândido Vaccarezza, preso pelo juiz Sergio
Moro há duas semanas. O material entregue à PF acrescenta personagens de
proa da política nacional ao enredo de desvios na estatal intermediados
por Jorge e Bruno Luz. O principal deles é o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva. A julgar pelo que contam os lobistas, o petista, hoje réu
em seis processos e condenado em primeira instância a nove anos e seis
meses de prisão, coloca suas digitais nessa nova vertente do escândalo
do Petrolão: a que apura negócios criminosos operacionalizados pela
“Brasil Trade”, uma sociedade composta por corruptos, corruptores e
operadores de propinas criada para desviar recursos de contratos com a
Petrobras. Mais um propinoduto Em material entregue ao MPF, delatores falam de reunião entre
Lula e Vaccarezza para tratar do esquema Trafigura/Brasil Trade. Segundo
os Luz, ex-presidente avalizou operação
Desde a semana passada, a Polícia Federal tem em seu poder anotações
fornecidas pelos lobistas que indicam um encontro de Vaccarezza, o
intermediário dos Luz no esquema, com Lula. Na reunião com o então líder
do PT, segundo informaram os delatores à PF, o ex-presidente deu aval a
uma negociata nada republicana entre a Petrobras e a Trafigura – que,
de 2003 a 2015, ou seja, durante a era petista no poder, movimentou US$
8,6 bilhões em compras e vendas de derivados de petróleo. Segundo a
proposta de delação, hoje na mesa do MPF, em 2010, último ano de Lula na
Presidência, a “Brasil Trade” de Jorge Luz, com ajuda de Vaccarezza,
fazia o diabo para tentar celebrar um dos contratos entre a estatal e a
Trafigura, dona de escritórios em 58 países. Para a negociação sair,
teve de envolver, segundo os informes da família Luz, as três principais
diretorias da Petrobras. Elas eram controladas pelo PT, o PMDB e o PP.
Os petistas sustentavam Renato Duque, na diretoria de Serviços. Os
peemedebistas Jorge Zelada, que sucedeu Nestor Cerveró, na diretoria
Internacional. E a bancada do PP, com as bênçãos dos senadores do PMDB,
mantinham Paulo Roberto Costa, na diretoria de Abastecimento.
Pelo acordo, os partidos endossariam a tramóia e, em contrapartida,
se beneficiariam financeiramente do negócio. Leia-se: seriam
contemplados com polpudas propinas. Para concretizar a operação,
Vaccarezza participou pessoalmente da articulação. Mas não agiu sozinho:
contou com o sinal verde do ex-presidente Lula. Os manuscritos
fornecidos pelos Luz à PF contém relatos de que, no encontro com o
ex-presidente Lula, Vaccarezza comunicou-lhe que as três legendas
concordaram com a operação ilegal. Ao que Lula aquiesceu. ISTOÉ teve
acesso ao documento no qual a PF reproduz a anotação dos delatores. A
Polícia Federal ainda tenta arrancar mais detalhes dos encontros com o
ex-presidente petista. O que os investigadores já são capazes de
concluir é que Vaccarezza atuava como uma espécie de pombo-correio de
Lula. Era por meio dele que o ex-presidente, hoje hexa-réu, acompanhava
de perto as negociatas na Petrobras de interesse dos partidos
integrantes de sua base de apoio.
Para cumprir a tarefa, Vaccarezza era bem aquinhoado. De acordo com
os delatores, o líder petista era contemplado com R$ 400 mil. A propina
era entregue a Vaccarezza em espécie, em geral, em restaurantes: um
self-service localizado no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo e em um
estabelecimento em Campinas, no interior paulista. Segundo os lobistas,
Vaccarezza chegou a pedir, em determinado momento, R$ 100 milhões, para
fazer deslanchar inúmeros negócios na Petrobras. DELATADOS PELA FAMÍLIA
Luz, Lula e Renan, ao lado de seu filho, trocaram afagos durante
caravana em Alagoas. A imagem tem tudo para virar a expressão do abraço
de afogados
Nas últimas semanas, a Lava Jato começou a fechar o cerco sobre a
“Brasil Trade”, que intermediou a transação entre a Petrobras e a
Trafigura, com a providencial contribuição de Vaccarezza e a anuência de
Lula. Os investigadores acreditam que a empresa seja uma complexa
organização destinada a sangrar a Petrobras – e desviar dinheiro para
partidos. De acordo com as apurações preliminares, na distribuição do
butim , 40% do total de propinas caberiam a PT e PMDB. Segundo
Cerveró, como o volume de dinheiro envolvido na operação da Trafigura
era muito grande, os centavos das negociações rendiam milhões de dólares
em propinas
Não é a primeira vez que a área de trading de combustíveis e
derivados do petróleo aparece na Lava Jato. Em suas delações premiadas, o
ex-diretor Internacional da Petrobrás, Nestor Cerveró, e o ex-senador
Delcídio Amaral relataram que essa área era um “terreno fértil para
ilicitudes”, pois os preços poderiam variar artificialmente gerando uma
“margem para propina”. Durante colaboração à Lava Jato, Cerveró disse
que a Trafigura era uma das principais empresas atuantes no setor e que
como o volume de dinheiro envolvido era muito grande apenas “os
centavos” das negociações diárias podiam “render milhões de dólares ao
final do mês em propina”. Documentos apreendidos na residência de Paulo
Roberto Costa também já faziam referência aos negócios envolvendo a
Trafigura. Num dos relatórios que o doleiro Alberto Youssef trocava com
Paulo Roberto, ele tece críticas à Trafigura. “Está inadimplente em
2013”, escreveu. “Estou cobrando o Mariano. Disse que resolveu, mas
ainda não tive confirmação do banco.” Mariano é o empresário Mariano
Marcondez Ferraz, executivo do grupo Trafigura preso em outubro de 2016
pela Lava Jato, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro. Para
solucionar o impasse, Costa recorreu aos lobistas.
Paulo Roberto Costa era mesmo muito próximo da família Luz. A relação
se estreitou entre 2005 e 2006, quando Costa (ex-diretor de
Abastecimento) e Nestor Cerveró (ex-diretor da área Internacional)
estiveram ameaçados nos respectivos cargos. Para mantê-los em plena
operação, era necessário o apoio político de cabeças coroadas do PMDB,
entre os quais os senadores Renan Calheiros (AL), Jader Barbalho (PA) e o
ex-ministro Silas Rondeau. O apoio só foi alcançado, no entanto,
mediante o pagamento de R$ 11,5 milhões em propinas a Renan e seus
aliados no PMDB. Em recente depoimento ao juiz Sergio Moro em Curitiba,
Jorge Luz admitiu as transações. Na delação, os lobistas se propõem a
detalhar como foram efetuados esses repasses. Na última semana, Renan
recepcionou Lula em caravana a Alagoas. Trocaram afagos e posaram juntos
para fotos. A julgar pelo que vem por aí na delação de Jorge e Bruno
Luz, a imagem tem tudo para vir a se tornar o retrato mais bem acabado
do abraço de afogados. PRISÃO Mariano Ferraz, do grupo Trafigura, foi detido em outubro pela Lava Jato (Crédito:Divulgação)FIGURA CARIMBADA
Aos 73 anos, Jorge Luz é um velho conhecido do mundo político. Sua
atuação na Petrobras remonta à década de 80. Para o Ministério Público
Federal, a participação do operador não está limitada à Petrobras e
inclui outros setores e áreas do governo ainda pendentes de uma
investigação mais detalhada. Como os Luz viraram figuras importantes
para o desenlace da Lava Jato, são grandes as chances de a delação
premiada sair do papel. O acordo ainda não foi assinado, mas conforme
apurou ISTOÉ há interesse de ambas as partes, investigadores e defesa, e
as conversas avançam a cada átimo de tempo.
Discreto, mas dono de uma sinceridade ímpar, Luz promete delatar pessoas
e empresas que ele mesmo angariou para integrar esquemas ilícitos. Pois
mais do que um operador financeiro, responsável por fazer o meio-campo
entre corruptores e corrompidos, Luz também cooptava participantes para
ampliar o alcance das propinas. “Há uma diferença do Jorge Luz em
relação ao Alberto Youssef, por exemplo, que era eminentemente um
doleiro. Luz tinha um papel maior, de angariar empresas e pessoas para
esse tipo de negociata”, resumiu o procurador Paulo Roberto Galvão,
integrante da força-tarefa da Lava Jato no MPF do Paraná. JOGO COMBINADO O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa atuava na estatal afinado com Jorge Luz (Crédito:Domingos Peixoto)
Nesse contexto, conforme apurou ISTOÉ, quem também merecerá um
capítulo especial na delação é o senador Edison Lobão (PMDB),
ex-ministro de Minas e Energia do governo Dilma. Os lobistas detalharam
aos investigadores a atuação de Murilo Barbosa Sobrinho na Petrobras,
uma espécie de representante dos assuntos de interesse de Lobão.
Hoje, Jorge Luz é réu em um único processo conduzido pelo juiz Sérgio
Moro, mas que está em fase final de julgamento, com a sentença prestes a
ser proferida. Na iminência de ser condenado, sujeito a caneta pesada
do juiz da 13ª Vara de Curitiba, o lobista não vê outra alternativa
senão partir para a colaboração com a Justiça. O interesse aumentou à
medida que as investigações avançaram na direção da família. Seu filho,
Bruno, também está preso, acusado de atuar junto com ele nos esquemas de
repasses de propina. A filha, Fernanda, também é investigada. Jorge, no
entanto, tenta minimizar a responsabilidade dos filhos. À Polícia
Federal, disse que “Bruno não decidia nada”, apenas cuidava de questões
burocráticas e operacionais, como movimentações de contas no exterior,
confirmações de pagamentos e confecção de documentos. O lobista assim
resumiu a divisão de tarefas na organização: “Jorge era a cabeça. Bruno
os braços”. Independentemente de como eles se articulavam, o MPF negocia
para que a dupla lance luz sobre fatos até agora obscuros para a Lava
Jato. Pelo cardápio apresentado até agora, Luz não será problema.
Ronaldo Caiado propõe que o fundo público para custear as
campanhas eleitorais use a verba que hoje paga inserções de programas na
rádio e TV
( Foto: Agência Brasil )
Brasília. Enquanto o presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), admitiu o risco de o Plenário rejeitar, na próxima
terça-feira (29), a criação de um fundo público para financiar as
campanhas eleitorais na votação da Reforma Política, uma outra ideia
ganhou força, ontem, entre parlamentares. Trata-se de uma proposta
apresentada pelo senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), que recebeu apoio do
presidente licenciado do PSDB, senador Aécio Neves (MG).
Pelo texto de Caiado, fica estabelecido que os recursos do fundo
eleitoral viriam do dinheiro que o governo repassa a emissoras de rádio e
TV por transmitirem os programas eleitorais e de multas aplicadas às
legendas.
Desta forma, os programas seriam exibidos apenas na TV e rádio
públicas, a menos que as legendas comprem espaço nos veículos privados
de mídia.
"Acabaríamos com programas partidários, esses que acontecem fora do
cenário eleitoral, e essa compensação, falou-se em R$ 2 bilhões, não há
um número exato, poderia sim alimentar o fundo eleitoral, sem que haja
necessidade de recursos orçamentários para isso", afirmou Aécio.
O líder do Podemos no Senado, Álvaro Dias (PR), sinalizou ser favorável
à proposta do senador goiano. O texto de Caiado ganhou caráter de
urgência esta semana e está pronto para votação no plenário da Casa.
"Me parece algo mais saudável, pois desta forma você não
sobrecarregaria as finanças públicas. Seria a utilização de um dispêndio
já existente", declarou o parlamentar.
Para ele, o projeto de Caiado é positivo porque não mexe com o
orçamento, "apenas estabelece a substituição da aplicação desses
valores" já utilizados - estimados em pelo menos R$ 1,5 bilhão pelo
relator da matéria, senador Ataídes Oliveira.
"Acho que é inteligente e interessante essa ideia", destacou.
Já o líder do PMDB no Senado, Raimundo Lira (PB), afirmou que é contra a criação de qualquer fundo público.
"Não tem nenhuma justificativa criar fundo desse enquanto o Brasil está passando por uma crise econômica".
O líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ), afirmou que a sigla é
contra a proposta de Caiado porque vai favorecer os candidatos com mais
dinheiro.
Craque está na mira do Manchester City, que está disposto a pagar sua multa rescisória que gira em torno de R$ 1,1 bilhão
O Dia
Espanha
- Em agosto, o Barcelona perdeu Neymar para o Paris Sain-Germain e
poderá ficar sem Messi, estrela principal do time, já que o Manchester
City está disposto a desembolsar cerca de R$ 1,1 bilhão para ter o
atacante argentino em seu elenco. Lionel Messi ainda não renovou seu contrato com o Barcelona
Efe
Para renovar o seu contrato com o clube até 2021,
Messi exigiu que o Barcelona contratasse reforços de peso, segundo o
jornal espanhol 'As'. O acordo entre as partes já está apalavrado, mas o
jogador aguarda que a exigência seja atendida para finalmente assinar o
documento.
O time da Catalunha contratou o volante Paulinho, que
estava atuando no futebol da China, mas Lionel Messi espera que outros
nomes de peso desembarquem no clube nos próximos dias.
A diretoria
do Barcelona tem se esforçado para trazer Ousmane Dembelé, atacante do
Borussia Dortmund, e Philippe Coutinho, meia brasileiro do Liverpool.
Dissidente do chavismo deve participar hoje de reunião do Ministério Público dos países do Mercosul, em Brasília
Declarando-se uma vítima das perseguições de Nicolás Maduro,
Luisa Ortega fugiu da Venezuela após sair uma ordem de prisão contra seu
marido
( FOTO: AFP )
Caracas/Brasília. A Venezuela solicitará à Interpol
uma ordem de prisão contra a ex-procuradora-geral Luisa Ortega, que
fugiu do país denunciando uma perseguição do governo, anunciou, ontem, o
presidente Nicolás Maduro.
"A Venezuela vai solicitar ante a Interpol um código vermelho para
essas pessoas envolvidas em delitos graves", afirmou Maduro em coletiva
de imprensa, em alusão também ao deputado Germán Ferrer, marido da
ex-procuradora.
Ortega viajou, ontem, ao Brasil, procedente da Colômbia, aonde chegou
na sexta-feira com o marido, informou o departamento de imigração em
Bogotá. "Andas com a oligarquia colombiana, com os golpistas
brasileiros. Diga-me com quem andas e te direi quem és", acrescentou o
presidente, dirigindo-se à ex-funcionária, destituída em 5 de agosto
pela Assembleia Constituinte que rege a Venezuela com poderes absolutos.
A ex-procuradora saiu de Bogotá um dia depois de o presidente
colombiano, Juan Manuel Santos, lhe oferecer asilo. A migração
colombiana não confirmou de imediato se partiu na companhia de Ferrer.
Ortega, que fugiu da Venezuela burlando uma proibição que lhe foi
imposta pelo máximo tribunal, rompeu com Maduro no final de março
passado após denunciar uma ruptura da ordem constitucional.
Seu marido enfrenta uma ordem de captura por supostamente liderar uma
rede que extorquia empresários petroleiros corruptos dentro da
Procuradoria.
O presidente venezuelano denunciou que Ortega "estava trabalhando há
tempos com os EUA para fazer mal" ao país. Segundo afirmou, esta
colaboração ocorreu depois que as autoridades americanas descobriram os
delitos do parlamentar.
"Os EUA conseguiram chantagear o ex-deputado Germán Ferrer, o
chantagearam porque descobriram contas suas no mundo inteiro", afirmou.
Maduro também pediu, ontem, ao papa Francisco ajuda para um diálogo com
a oposição e para impedir que se concretize a advertência do presidente
americano, Donald Trump, de intervir militarmente na Venezuela.
"Que o papa nos ajude no diálogo respeitoso, na verdade, que o papa nos
ajude a impedir que Trump lance suas tropas e invada a Venezuela. Peço
ao papa ajuda contra a ameaça militar dos EUA", disse Maduro durante a
coletiva de imprensa. Asilo
Na segunda (21), o presidente Juan Manuel Santos, que não descartou
romper relações com Maduro em meio à severa crise venezuelana, afirmou
que lhe ofereceu asilo.
O hermetismo do governo Santos e da ex-procuradora venezuelana, que não
se pronunciou desde que chegou a Bogotá, alimentou as especulações
sobre um suposto asilo nos EUA.
Entretanto, o Ministério Público Federal (MPF) brasileiro informou, em
um comunicado, que Ortega participará hoje na sede da Procuradoria-geral
da República, em Brasília, da 22ª Reunião Especializada de Ministérios
Públicos do Mercosul.
Pessoas próximas a flores, velas e outros itens em homenagem às
vítimas do atentado em Las Ramblas, Barcelona, em 18 de agosto de 2017 -
AFP
2 de 3
Atentados na Espanha: o percurso da célula terrorista - AFP
3 de 3
Suposto autor do atentado de Barcelona foi morto - AFP
O marroquino Younes Abouyaaqoub, suposto autor do atentado de
Barcelona, foi morto nesta segunda-feira (21), anunciaram as
autoridades catalães, considerando desarticulada a célula por trás do
duplo ataque que deixou 15 mortos e mais de 120 feridos na Espanha.
“Pouco antes das 17h00, a Mossos d’Escuadra abateu Younes
Abouyaaqoub, motorista da van e autor material do atentado que na
quinta-feira (17) causou a morte de 14 pessoas”, anunciou em coletiva o
presidente regional da Catalunha, Carles Puigdemont.
Com o seu falecimento, “os 12 alvos iniciais relacionados aos
atentados estão mortos ou detidos”, comemorou a polícia catalã no
Twitter.
O corpo policial confirmou que o imã marroquino Abdelbaki Es Satty,
figura-chave da célula por ter doutrinado os outros integrantes, morreu
na noite de quarta-feira (16) na explosão de uma casa onde o grupo
preparava atentados de maior proporção.
– Cinturão explosivo falso –
Alvo de uma intensa busca desde quinta-feira, Abouyaaqoub, de 22
anos, morreu na tarde desta segunda-feira a 50 quilômetros a oeste da
capital catalã, em uma área de vinhedos pouco povoada, onde foi visto
por dois policiais que passavam por uma estação de trem.
Quando foi confrontado, o suspeito “abriu o casaco e parecia usar um
cinturão de explosivos, que eram falsos”, relatou o delegado-chefe da
polícia catalã, Josep Lluis Trapero.
Abouyaaqoub gritou “Alá é grande” antes que os agentes “usassem a sua arma” e o matassem, acrescentou.
A polícia enviou um helicóptero para verificar se outras pessoas
relacionadas ao suspeito estavam no local, mas Trapero esclareceu que “é
bastante factível que ele estivesse sozinho”.
– Epicentro extremista –
Depois de dirigir a toda velocidade a van pela turística avenida de
Las Ramblas, em Barcelona, em plena tarde de quinta-feira, atropelando
os pedestres, Abayouaaqoub deixou o veículo e percorreu seis quilômetros
até o sul de Barcelona.
Lá, esfaqueou um espanhol de 34 anos que estacionava o seu carro e
começou a sua fuga passando por um posto de controle policial, explicou
Trapero.
Além do ataque em Barcelona, que deixou 14 mortos e 120 feridos, a
célula realizou outro em Cambrils, localidade costeira a 120 km ao sul,
onde uma mulher morreu e outras seis pessoas ficaram feridas.
Dos 12 integrantes, quatro foram detidos, cinco mortos pela polícia
em Cambrils, dois faleceram na explosão de quarta-feira na casa de
Alcanar – 200 km ao sul de Barcelona -, e o último do grupo,
Abouyaaqoub, foi morto nesta segunda.
Os quatro presos devem ser apresentados na terça-feira em Madri ante
um juiz da Audiência Nacional, alto tribunal especializado em casos de
terrorismo.
A maior parte dos membros da célula vivia em Ripoll, povoado aos pés
dos Pirineus, 100 km ao norte de Barcelona, onde na madrugada desta
segunda-feira ocorreram novas operações.
Abdelbaki Es Satty era o imã nesta localidade. O religioso esteve
preso na Espanha entre 2010 e 2014 por tráfico de drogas, de acordo com
as autoridades catalães. Depois ele morou em Machelen, na periferia de
Bruxelas, “entre janeiro e março de 2016”, segundo o prefeito da
localidade vizinha de Vilvorde, Hans Bonte.
– “Muçulmanos, não terroristas” –
Em Las Ramblas, centenas de muçulmanos se manifestaram durante a
tarde em repúdio ao terrorismo, constatou um fotógrafo da AFP. “Somos
muçulmanos, não terroristas”, lia-se em um de seus cartazes.
O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, fez um chamado à
unidade, em um contexto de divisão entre Madri e Barcelona por conta do
desejo do governo catalão de se separar, tendo como objetivo organizar
um referendo sobre a independência em 1º de outubro.
“Se
queremos ser verdadeiramente eficazes contra o terrorismo, precisamos
estar unidos”, escreveu Rajoy em um editorial publicado em jornais
espanhóis, antes de reunirem todos os partidos políticos em Madri para
mostrar uma condenação unânime ao terrorismo.
Quatro dias após os ataques, as 15 vítimas fatais, sete mulheres e
oito homens, já foram identificados: cinco espanhóis, entre eles uma
criança de três anos, um hispano-argentino, três italianos, dois
portugueses, um belga, um americano, um canadense e um menino
australiano-britânico de sete anos.
Continuam hospitalizadas 48 pessoas, das quais oito estão em situação
crítica e 12 graves, segundo o último balanço da Proteção Civil na
Catalunha.
Passando por cima da Lava Jato de
Curitiba, o grupo de Rodrigo Janot na procuradoria da República montou
um esquema para favorecer
o PT e prejudicar adversários do partido, em especial, o PMDB
Mário Simas Filh
Há duas semanas, a futura chefe do Ministério Público
Federal, Raquel Dodge, foi procurada por emissários da Lava Jato de
Curitiba. Na bagagem, os integrantes da maior operação de combate à
corrupção da história recente do País levaram uma denúncia. No epicentro
do escândalo, a entourage do ainda procurador-geral da República,
Rodrigo Janot. Segundo o relato, há cerca de um ano e meio, Janot e sua
equipe desenvolveram um roteiro paralelo às investigações da Lava Jato
com o objetivo de favorecer o PT e seus principais líderes. Nos últimos
dias, sem a anuência da turma de Curitiba, o grupo do procurador-geral
resolveu protelar a homologação da delação da OAS, cujo conteúdo –
“nitroglicerina pura” para Lula e o PT – já está à disposição da PGR
para ser encaminhada ao STF há mais de 10 dias, para dar prioridade
máxima à conclusão de forçados acordos com o ex-deputado Eduardo Cunha e
o doleiro operador do PMDB, Lúcio Bolonha Funaro. O objetivo da ação
seria o de fortalecer uma suposta nova denúncia contra o presidente
Michel Temer. Os aliados de Janot querem, a qualquer preço, que as
delações de Funaro e Cunha envolvam Temer e a cúpula do PMDB, mesmo que
para isso tenham que agir ao arrepio da lei.
Os interlocutores de Raquel Dodge enxergam nos métodos nada ortodoxos
do time de Janot um movimento claro, objetivo e muito bem direcionado,
mas de fins nada republicanos: um esquema montado e conduzido pelo
procurador-geral da República destinado a favorecer o ex-presidente Lula
e os principais líderes petistas nos processos em que são alvos. Ou
seja, as delações da OAS que comprometem definitivamente Lula e Dilma e
narra detalhes sobre o tríplex no Guarujá e o sítio em Atibaia, casos em
que o ex-presidente já é réu, ficam para as calendas. Já as delações
ainda sem provas concretas que possam comprometer o presidente Temer e
seus aliados são aceleradas. Há quinze dias, um dos integrantes da
força-tarefa da Lava Jato sediado no Rio Grande do Sul já havia feito
desabafo sobre o esquema do PT no Ministério Público a um ministro do
STJ. O encontro ocorreu no saguão de embarque do aeroporto de Brasília.
“Agora se sabe que a operação montada por Janot só não dominou
completamente a Lava Jato porque houve uma forte resistência do pessoal
de Curitiba”, sapecou.
O esquema funciona desde meados de 2015, com momentos de maior e
menor intensidade. Ganhou musculatura depois do impeachment da
ex-presidente Dilma Rousseff e, nas últimas semanas, enfureceu os
procuradores e agentes federais hoje mais alinhados com o coordenador da
força-tarefa do MPF, Deltan Dallagnol. O estopim foi a maneira como se
desenrolaram as tratativas para a delação de Eduardo Cunha. O acordo
estava sendo negociado havia mais de três meses. São cerca de 100
anexos, que comprometem 20 políticos entre parlamentares e governadores.
Os procuradores de Curitiba sustentam que já têm provas suficientes
para apontar Cunha como chefe de uma organização criminosa e afirmam que
o que ele está revelando agora já está bem caracterizado nas
investigações da Lava Jato. Portanto, são contra oferecer ao deputado os
benefícios da delação premiada. Apesar disso, os procuradores ligados a
Janot procuram, desde julho, convencer Cunha a informar sobre uma conta
ou um truste mantido em paraíso fiscal que pudesse ter ligação com o
presidente Michel Temer e chegaram a oferecer ao ex-presidente da Câmara
a possibilidade de ser colocado em liberdade até o final do ano. Como o
peemedebista não trouxe à luz fatos que se enquadrassem às
conveniências do grupo de Janot, na segunda-feira 14, os advogados de
Cunha receberam a notícia de que as negociações estavam encerradas. Na
última semana, procuradores próximos à futura comandante da PGR
manifestaram que delações obtidas pelo esquema de Janot poderão ser alvo
de revisões, o que será possível apenas com a anuência do Supremo
Tribunal Federal. “Embora tenha sido indicado pelo PT e não esconda suas
simpatias pelo partido, não acreditamos que o ministro Fachin,
responsável por acompanhar a Lava Jato no STF, compactue com esse tipo
de coisa”, afirmou à ISTOÉ um procurador ligado à Raquel Dodge na
terça-feira 15.
De acordo com os relatos feitos ao grupo da futura procuradora-geral,
no início da Lava Jato, o esquema de Janot procurava dificultar as
delações que apontassem para os líderes do PT. Depois de aceito o
processo do impeachment de Dilma na Câmara, Janot e seu grupo passaram a
facilitar as delações que envolvessem adversários do PT. O objetivo era
o de procurar interferir nos votos contra Dilma. “Ficou claro que há um
direcionamento das delações”, afirma o procurador do Rio Grande do Sul.
“Num primeiro momento para procurar evitar o impeachment colocando os
líderes de todos os partidos em um mesmo saco. Agora, o roteiro de Janot
é o de levar a pique o governo”.
O problema, para o procurador-geral, é que ele está cada átimo de
tempo mais esvaziado na PGR. Desde que a Câmara rejeitou a denúncia
contra o presidente e com a ascensão de Raquel Dodge ao posto máximo do
MPF, o esquema vem ruindo como castelo de cartas. Escaldados, os
procuradores antes unha e carne com Janot já atuam no sentido de se
reposicionar internamente. Ninguém quer ficar carimbado como “preposto
de Janot” a menos de um mês da troca da guarda na PGR. “Aos poucos, ele
vai virando uma rainha da Inglaterra. Ninguém mais o obedece”, afirmou
um integrante do MP de Brasília. Diante desse cenário, até a propalada
segunda denúncia contra Temer estaria comprometida. “Sem as novas
delações, falta substância e até apoio interno para uma nova investida
contra o presidente”, acrescentou o mesmo procurador.
Claro há exceções. Uma delas é o procurador Carlos Fernando. Na
semana passada, ele declarou que havia sido convidado por Temer, ainda
na condição de vice-presidente, para uma conversa noturna fora da
agenda, no Palácio Jaburu, para discutir os rumos da Lava Jato. O
procurador não tem como provar o que diz e também não consegue explicar
por que não fez tão importante revelação no momento em que o convite
teria sido feito há um ano. DELAÇÕES DIRIGIDAS
“Além do empenho em dirigir os depoimentos de Cunha, há duas delações
que foram conduzidas pelo esquema de Janot para favorecer o PT”,
confidenciou o procurador de Porto Alegre ao ministro do STJ. A primeira
delas foi a do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado.
Historicamente ligado ao PMDB, Machado afirmou que líderes do partido
como o ex-presidente José Sarney, o ex-ministro Romero Jucá e o senador
Renan Calheiros, estariam empenhados em paralisar as investigações da
Lava Jato. Como Machado não tinha como provar o que disse, ele foi
orientado pela turma de Janot a gravar conversas com Sarney, Jucá e
Renan no sentido de tentar obter algo que os comprometessem. A PF chegou
inclusive a fornecer equipamentos de gravação e escuta para que o
delator dirigido fizesse seu trabalho. As gravações foram feitas, mas
não conseguiram elucidar nada. Mesmo assim, Machado teve a delação
homologada. Recentemente, a PF reconheceu que a delação do ex-presidente
da Transpetro se revelou ineficaz. “Não apenas quanto à demonstração da
existência dos crimes ventilados, bem como quanto aos próprios meios de
prova ofertados”, resumiu a delegada Graziela Machado da Costa e Silva.
A delação dirigida de Machado foi feita em maio do ano passado e gerou
notícias negativas para o PMDB e seus principais líderes. A votação do
impeachment ocorreu três depois.
O mais flagrante esquema de favorecimento ao PT implantado por Janot
na PGR se deu com a delação do empresário Joesley Batista. Nesse caso,
além dos procuradores ligados ao grupo de Curitiba, as críticas também
partem da Polícia Federal. Os policiais condenam com eloquência o acordo
entre os sócios da JBS, os irmãos Joesley e Wesley Batista, que estão
soltos, sem tornozeleira eletrônica, e tiveram até o direito de partir
para um exílio dourado em Nova York. “As críticas internas são enormes”,
contou um investigador à ISTOÉ. Para a Polícia Federal, os Batista não
entregaram o que prometerem e, mesmo assim, continuam usufruindo dos
benefícios como se tivessem cumprido o prometido. “Não havia motivo para
conceder tantos privilégios a um grupo que cometeu crimes graves”,
afirma outro delegado que atua há anos na Lava Jato. Janot é acusado de
ter concedido um salvo conduto a Joesley, que não ficou nem um dia
preso. Enquanto outros delatores não viveram esse ‘dolce far niente’.
Além dos demasiados benefícios, delegados criticam abertamente a falta
de provas nos acordos dos sócios da JBS. Eles entendem que apesar de
todo o alarde, muito pouco foi documentado, o que fragiliza a delação.
Um dos exemplos da falta de elementos para assegurar a delação da JBS
é o das investigações de contratos com o BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social). Para a Polícia Federal, os
trabalhos caminhavam bem antes da assinatura dos acordos. “As
investigações já estavam adiantadas, não precisava dessa delação”, disse
um delegado na quarta-feria 16. “A gente alcançaria o mesmo resultado
sem conceder tantos benefícios a pessoas que lesaram os cofres públicos
por anos”, completou outro investigador ouvido por ISTOÉ. O objetivo do
grupo de Janot ao acelerar a delação da JBS era o de desestabilizar a
gestão de Temer ás vésperas da votação das reformas e obter elementos
para forçar uma denúncia oficial contra o presidente.
Diante do escândalo, o grupo de Raquel Dodge já definiu que essa
delação vai passar por um pente fino. Em algumas conversas, a futura
procuradora- geral já afirmou que será rigorosa numa eventual revisão do
caso. Ele terá que comprovar as acusações que fez. Além de facilitar e
até incentivar as acusações contra o PMDB, Temer e parte do PSDB,
principalmente Aécio Neves, o esquema paralelo montado por Janot dentro
do Ministério Público procurou dificultar as delações que envolvem o
alto escalão petista e até fez vistas grossas a algumas arbitrariedades.
Quando a ex-presidente Dilma tentou nomear Lula para a Casa Civil, por
exemplo, Janot cambaleou. No final de março, deu sinal verde dizendo que
um presidente teria o direito de escolher seus ministros. Constrangido,
foi obrigado a recuar e dez dias depois, em abril, pediu a anulação da
nomeação porque o ato estava maculado de desvio de finalidade.
O esquema pró-PT passou a operar de forma mais visível e incisiva a
partir de abril do ano passado, quando a Câmara dos Deputados aprovou a
abertura de processo de impeachment contra ex-presidente Dilma Rousseff.
Até então, a atuação do grupo se dava de maneira discreta, tentando
impedir que as delações envolvendo a cúpula petista fossem homologadas.
Para tanto, de acordo com um procurador que atua em Porto Alegre, Janot e
seu grupo eram absolutamente rigorosos na busca de provas para tudo o
que fosse revelado pelos delatores. No caso do ex-senador Delcídio
Amaral, por exemplo, as confissões feitas por ele só receberam sinal
verde da procuradoria após exaustiva investigação da Polícia Federal,
que confirmou suas declarações por intermédio dos sistemas de segurança
de restaurantes e cópias de passagens aéreas. Diretores de empreiteiras
como Andrade Gutierrez e UTC só obtiveram os benefícios da delação
premiada após apresentarem cópias de extratos bancários e de longas
perícias feitas na contabilidade das empresas. “As exigências eram
muitas e boa parte da investigação só foi avante devido o posicionamento
do juiz Sérgio Moro e o respaldo encontrado por ele nos desembargadores
do Tribunal Regional Federal”, disse o procurador ao ministro do STJ.
Pelo bem do País e do estado democrático de direito, que hoje resvala no
estado de exceção, os dias da atual gestão à frente da PGR estão
contados. Colaborou Tábata Viapiana
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, é
fisgada pela PF por corrupção passiva qualificada e lavagem de dinheiro,
radicaliza o discurso e torna-se a voz mais vigorosa no partido em
defesa do regime ditatorial de Nicolás Maduro
É DO LEVANTE Para Gleisi, o Brasil poderia se tornar uma grande Venezuela (Crédito: Wenderson Araujo)
Ilimar Franco
A senadora Gleisi Hoffmann não é apenas a representante legal
do Partido dos Trabalhadores — enquanto presidente da legenda da
estrela rubra. Gleisi é hoje o retrato mais bem acabado do fosso
profundo em que se embrenhou a sigla. Como irmãos siameses, ambos podem
ser facilmente confundidos. Cordeiro só na epiderme de porcelana, Gleisi
é como o PT dos últimos tempos: posa de tolerante, mas nunca
apresentou-se tão autoritária. Finge-se de democrata, mas não hesita em
franquear apoio a ditaduras — como a instaurada por Nicolás Maduro, na
Venezuela. Alega ser vítima de perseguição política, mas é quem melhor
encarna o papel de algoz de parcela dos brasileiros. Arvora-se paladina
da ética, mas é constantemente flagrada com as mãos sujas da corrupção. É
a tal cegueira mental de que falava José Saramago: consiste em estar no
mundo e não ver o mundo, ou só ver dele o que for suscetível de servir
aos seus interesses. Na última semana, a Polícia Federal concluiu um
contundente relatório em que imputa a Gleisi os crimes de corrupção
passiva qualificada e lavagem de dinheiro. O relatório congrega laudos
técnicos, registros de telefonemas, planilhas e trechos de delações de
executivos da Odebrecht e de sócios de uma agência de publicidade da
qual a petista se valeu para receber propina. A partir dos documentos é
possível traçar o caminho do dinheiro até Gleisi Hoffmann. Uma das
planilhas em poder da PF indica as datas de oito pagamentos de R$ 500
mil cada para a campanha de “Coxa” ao Senado em 2014. Segundo a delegada
Graziela Machado “existem elementos suficiente a confirmar que o
codinome Coxa se refere a Gleisi Helena Hoffmann”. O esquema envolveu
também o Ministro do Planejamento no governo Lula e das Comunicações no
governo Dilma, Paulo Bernardo — marido de Gleisi e que chegou a preso
por desviar recursos de empréstimos concedidos a servidores públicos
aposentados. O conjunto de desembolsos à petista perfaz um total de R$ 4
milhões, mas os colaboradores chegaram a mencionar repasses de R$ 5
milhões apenas no ano de 2014. SOFTWARE DE FACHADA Em 2016, a PF desbaratou o esquema da Consist, chefiado por Paulo Bernardo (Crédito:Marcelo Camargo/Agência Brasil)Setor de propinas
A apuração começou em fevereiro de 2016, quando a PF apreendeu
documentos na residência de Maria Lúcia Tavares, secretária do Setor de
Operações Estruturadas da Odebrecht, o já famoso departamento de
propinas da empresa. Em dezembro do ano passado, três executivos da
Odebrecht detalharam as anotações apreendidas pela PF e as mensagens de
correio eletrônico relacionadas a Gleisi e ao codinome “Coxa”: o
presidente do grupo, Marcelo Odebrecht, o da unidade infraestrutura,
Benedicto Júnior, e o diretor da empresa na região Sul, Valter Lana.
Segundo a PGR, o trio narrou “diversos repasses financeiros” nos anos
eleitorais de 2008, 2010 e 2014, por solicitação direta de Paulo
Bernardo. De acordo com Odebrecht, o acerto para pagar Gleisi passou
pelas mãos do ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci,
hoje preso em Curitiba.
O advogado do casal Rodrigo Mudrovitsch disse à ISTOÉ que as
informações levantadas “não autorizam” as conclusões dos investigadores.
A PF, no entanto, é taxativa: “Há elementos suficientes para apontar a
materialidade e autoria dos crimes de corrupção passiva qualificada e
lavagem de dinheiro praticados pela senadora, seu então chefe de
gabinete, Leones Dall Agnol e seu marido, Paulo Bernardo da Silva. Os
autos também comprovam que a parlamentar e seu marido, juntamente com
Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Valter Luiz Arruda Lana, foram
responsáveis pelo cometimento de crime eleitoral”. Agora, o destino de
Gleisi está nas mãos da Procuradoria-Geral da República, a quem caberá
pedir ou não seu indiciamento ao relator do caso no Supremo Tribunal
Federal, o ministro Edson Fachin. AFINIDADE ELETIVA Gleisi esteve com Maduro na posse Dilma (Crédito:Divulgação)
Espelho de um PT que deixou as bandeiras históricas de lado para
enveredar pelo caminho da indigência moral, Gleisi é alvo da Lava Jato
desde os primórdios da investigação. Na ocasião, os policiais
descobriram que ela recebera R$ 1 milhão em propinas desviadas da
estatal. Para emitir sua versão sobre esse processo em particular, no
qual é ré, a senadora será interrogada pela Justiça no próximo dia 28,
ao lado do marido Paulo Bernardo. É possível que o julgamento ocorra
ainda este ano. O dinheiro, neste caso, foi repassado por doleiros.
Seria apenas o fio de um extenso novelo que implicava o até então casal
mais influente da Esplanada. A propina era desviada para um escritório
de advocacia de Curitiba por meio de uma operação dissimulada: a
Consist, empresa originalmente de software, fazia de conta que pagava
pelos serviços advocatícios e, sem deixar digitais, os advogados
bancavam as despesas do casal. Um dos sócios, o advogado Sasha Reck,
depois de acusado de envolvimento na falcatrua, resolveu se mexer.
Encomendou uma auditoria independente nas contas do escritório e
descobriu aquilo que a Polícia Federal não levaria muito tempo para
entender: o contrato de serviços jurídicos com a Consist era de fachada.
A empresa também operou no Ministério do Planejamento e irrigou as
contas do PT, por meio do ex-tesoureiro João Vaccari — razão pela qual
Bernardo amargou seis dias na prisão, em 2016. Gleisi discursa durante abertura do 23o encontro do Foro de São Paulo (Crédito:Divulgação)“O PT manifesta seu apoio e
solidariedade ao governo do Partido Socialista Unido da Venezuela
(PSUV), seus aliados e ao presidente Maduro, frente à violenta ofensiva
da direita contra o governo da Venezuela” “Gostando-se ou não de Maduro, ele tem legitimidade, foi eleito na urna, o que não é o caso de quem governa o Brasil” “Temos a expectativa que a Assembléia Constituinte possa contribuir para uma consolidação cada vez maior da revolução bolivariana e que as divergências políticas se resolvam de forma pacífica” “A vitória da Assembleia Constituinte demonstra claramente que é possível enfrentar e derrotar as novas táticas eleitorais e golpistas da direita” “No Brasil também defendemos uma Constituinte para implantar as reformas”
Como é possível notar, Gleisi e PT sempre tiveram tudo a ver. Hoje,
suas conveniências entrelaçam-se mais do que nunca. Em junho, Gleisi
conquistou a presidência do partido com 60% dos votos dos delegados. Em
sua primeira declaração, disse que o partido não iria fazer autocrítica
de seus atos escabrosos “porque não contribuiria para fortalecer o
discurso dos adversários”. “Não somos organização religiosa, não fazemos
profissão de culpa, tampouco nos açoitamos. Não vamos ficar enumerando
os erros que achamos para que a burguesia e a direita explorem nossa
imagem”, discursou Gleisi. Em seguida, na mesma toada de seu padrinho
mais ilustre, o ex-presidente Lula, a senadora petista passou a dourar
outra narrativa: a de vítima. Foi para exercitá-la que “Coxa” foi
guindada ao posto também com a bênção de José Dirceu. Em recente reunião
em sua residência, o ex-capitão do time de Lula assim classificou a
petista: “Ela é orgânica e focada”.
Além de se esgueirar dos avanços da PF sobre ela, o foco da
presidente petista, ultimamente, consiste em tecer loas ao regime
ditatorial de Nicolás Maduro, na Venezuela. No PT, a senadora é quem
entoa com mais vigor o discurso pró-Maduro. Desde o início da repressão,
Gleisi deu toda sorte de demonstrações de solidariedade ao governo
venezuelano. No último Congresso do PT, por exemplo, recebeu uma
delegação da embaixada venezuelana. Presente ao evento, o ex-presidente
Lula não mencionou o tema, como era aguardado, uma vez que na campanha
eleitoral ele havia gravado um vídeo em favor de Maduro. Razão: ele e
outros petistas seriam contra a Constituinte, em dissonância com o que
tem pregado Gleisi. No partido, no entanto, há quem diga tratar-se de
uma estratégia. Enquanto Lula é poupado da exposição a um tema para lá
de delicado, caberia a presidente do PT, por assim dizer, o “serviço
sujo” — o qual ela pratica com convicção e impressionante entusiasmo. PT ajudou a bancar a ditadura de Maduro De 2006 a 2014, os governos de Lula e Dilma financiaram, por meio do BNDES, importantes projetos na Venezuela
Durante greve de petroleiros na Venezuela em 2002, o presidente
eleito Lula enviou navio com gasolina para ajudar Chávez
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Os governos de Lula e Dilma emprestaram R$ 11 bilhões à Venezuela, para obras no Metrô de Caracas, siderúrgicas
e pontes
Foto: MARCELLO CASAL JR
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Em 2013, o PT
de Dilma mandou o publicitário João Santana ajudar a reeleger Maduro.
A ditadura venezuelana
se intensificou
Foto: Valter Campanato/ABr
Sem segredo
Ao abrir o 23º encontro do Foro de São Paulo, dia 16 na Nicarágua, a
presidente do PT declarou, em nome do partido, apoio ao governo do
Partido Socialista Unido da Venezuela. “O PT manifesta o seu apoio e
solidariedade ao PSUV, seus aliados, e ao presidente Nicolás Maduro,
frente à violenta ofensiva da direita pelo poder na Venezuela. Temos a
expectativa de que a Assembleia Constituinte possa contribuir para uma
consolidação cada vez maior da revolução bolivariana e que as
divergências políticas se resolvam de forma pacífica”, disse. O endosso
da Constituinte feito por Gleisi carrega um outro significado: escancara
o desejo irrefreável do PT de executar um programa bolivariano no País.
Nos 13 anos em que esteve no poder foram inúmeras as tentativas de
aplicá-lo, sem sucesso devido à solidez de nossas instituições. Mas o
programa de censura a meios de comunicação e perseguição a adversários
políticos, caso o partido retorne ao poder, já não constitui mais um
segredo de polichinelo no PT, a julgar pelos recentes discursos de Lula.
Independentemente das reais intenções, o apoio à ditadura de Maduro
representa, sem sombra de dúvida, a página mais vergonhosa da história
do Partido dos Trabalhadores e, consequentemente, de Gleisi. O que se vê
por lá é uma catástrofe humanitária sem precedentes. Os números são
eloquentes, por desoladores. Em quatro Estados daquele País, a
desnutrição infantil já alcança 20% das crianças com menos cinco anos de
idade. O País amarga ainda a segunda maior taxa de homicídios do mundo.
O índice de assassinatos em Caracas é 14 vezes maior que o de São
Paulo, por exemplo. A inflação projetada para este ano é de 2.200%. Para
se manter a qualquer custo no poder, Maduro apela para a violência
extrema. Só nas últimas semanas, a guerra civil conflagrada no País
deixou um saldo de mais de 100 mortes. É para ele que Gleisi bate
palmas. Para justificar essa cumplicidade, os petistas, Gleisi à frente,
praticam uma desonestidade intelectual: cada denúncia contra o regime é
encarada como parte de uma campanha da CIA ou da imprensa “golpista”.
Nada mais falso. São os órgãos internacionais de defesa dos direitos
humanos, nos quais se escudaram a esquerda latino-americana no passado,
quem mais apontam para os descalabros venezuelanos. “Na Venezuela toda a
gama de direitos humanos é violentada. Direitos econômicos, sociais,
culturais. As liberdades fundamentais, o direito à associação, a
liberdade de expressão. Está havendo um contexto repressivo e
militarizado diante das demonstrações de descontentamento social, no
qual, além disso, são feitas detenções arbitrárias como ferramenta de
controle, de calar as vozes da dissidência”, afirmou recentemente Erika
Rivas, diretora da Anistia Internacional para as Américas.
Não foram apenas as afinidades eletivas que levaram Gleisi a alcançar
a presidência do PT. A senadora se cacifou para assumir o partido
quando passou a adotar a postura de líder da tropa de choque de Lula e
Dilma no Senado. Na verdade, começava ali a manchar publicamente a
própria biografia. Depois do impeachment, para deleite do petismo, ela
transformou sua atividade parlamentar em sinônimo da política do quanto
pior melhor, promovendo uma oposição inconsequente que em nada contribui
para o avanço do País. A postura da presidente do PT ecoou entre os
eleitores. Recentemente, Gleisi conversava com um jornalista quando foi
abordada por uma cidadã: “Oi, Gleisi, você já está preparada para ser
presa?”, perguntou. Ao que a petista replicou com uma resposta
atravessada. “Não, querida, mas você pode ir”. Resultado: abriu o flanco
para tomar outra invertida. “Eu não. A bandida aqui não sou eu”,
sapecou a mulher. O diálogo foi gravado e viralizou nas redes sociais.
Internamente no partido, a atitude intempestiva da senadora não foi bem
recebida. Houve quem recomendasse recato, no momento em que a sigla
experimenta a maior crise de sua história. Ela não aquiesceu. O PT A CONHECE BEM
Outro motivo de desgaste interno é a maneira imprudente, para dizer o
mínimo, com que Gleisi sempre escolheu seus assessores mais próximos.
Seu mais lamentável intento foi nomear Eduardo Gaievski (PT/PR) para
trabalhar no gabinete contíguo o da presidente deposta Dilma Rousseff
(PT), quando ela era ministra da Casa Civil. E, pasme, como responsável
pelas políticas da Presidência para Jovens e Adolescentes. Gaievski não
tem currículo. Ostenta uma ficha corrida de dar calafrios. Hoje ele é
acusado de crimes sexuais, sendo a maior parte deles contra menores. Na
sequência, Gleisi escolheu o deputado André Vargas (PT/PR) para chefiar
sua campanha ao governo do Paraná, para depois ter de afastá-lo pelo
envolvimento com o doleiro Alberto Youssef e o ex-Diretor de
Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em fraudes investigadas
pela PF. A petista não pode alegar que desconhecia a face mais obscura
de Vargas. Em 1998, ele foi indiciado por desvio de R$ 14 milhões da
Prefeitura de Londrina (PR) para abastecer o caixa 2 da campanha a
deputado do seu marido Paulo Bernardo. Na verdade, ela o conhecia muito
bem. E era por isso que ele estava lá. É como ela própria, Gleisi: é por
conhecê-la a fundo que o PT a alçou ao comando máximo da legenda. Os malfeitos de Gleisi
• A senadora Gleisi Hoffmann é investigada no STF por ter recebido R$ 1
milhão em propinas da Odebrecht para sua campanha ao Senado em 2010
• No próximo dia 28, ao lado do marido Paulo Bernardo, Gleisi estará sentada no banco dos réus para dar sua versão sobre o caso
• O dinheiro era repassado a Gleisi por doleiros. A propina era desviada por um escritório de advocacia de Curitiba
• O casal Gleisi e Paulo Bernardo usava a empresa de software Consist
para simular o pagamento de serviços advocatícios. Na verdade, era por
meio dela que o casal tinha suas contas pessoais bancadas. A Consist
também mantinha polpudos contratos com o Ministério do Planejamento,
comandado por Paulo Bernardo durante o governo Dilma
• No departamento de propinas da Odebrecht foram encontradas
planilhas de três repasses de R$ 150 mil cada, no total de R$ 450 mil,
feitos à Coxa, o codinome de Gleisi. Os pagamentos foram feitos entre
2008 e 2010
• A senadora está sendo julgada na Comissão de Ética do Senado por
quebra de decoro, ao invadir a mesa diretora do Senado, em 11 de julho
deste ano Colaborou Eduardo Militão
O presidente americano Donald Trump em Bedminster, Nova Jersey, no dia 8 de agosto de 2017 - AFP
Cinco mulheres militares transexuais acionaram o presidente
americano, Donald Trump, e ao Pentágono na justiça após o recente
anúncio de que as pessoas transgênero não poderiam mais trabalhar no
exército.
Nas ações, interpostas nesta quarta-feira ante um tribunal federal,
as mulheres -que integram a aviação, o serviço de guarda-costas e o
exército- se referem à incerteza sobre seu futuro, assim como sobre a
possibilidade de perder seus direitos pós-militares (em especial o de
aposentadoria).
Um porta-voz do Pentágono não quis comentar o caso por se tratar de um litígio em curso.
Em uma série de tuítes há duas semanas, Trump voltou atrás sobre uma
medida aprovada por seu antecessor Barack Obama mais de um ano antes.
“Após consultas com meus generais e especialistas militares, deem-se
por informados de que o governo dos Estados Unidos não aceitará e não
permitirá às pessoas transgênero desempenhar alguma função nas Forças
Armadas americanas”, afirmou na época.
O anúncio foi feito com pouca ou nenhuma coordenação com o Pentágono e durante as férias do secretário de Defensa, Jim Mattis.
A ação é contra Trump, Mattis e outros altos funcionários militares.
Foi interposta pelo Centro Nacional para os Direitos das Lésbicas (NCLR,
na sigla em inglês) e pela Aliança Gay e Lésbica contra a Difamação
(GLAAD). Nenhuma das demandantes se identificou.
“A diretriz de Trump de excluir as pessoas transgênero dos serviços
das Forças Armadas tem gerado muito dano a nossos militares”, disse
Shannon Minter, diretor jurídico do NCLR.
“Os militares transgênero foram tomados de surpresa com este anúncio e
têm dificuldades para entender o que significa para seu futuro e para
suas famílias”, acrescentou.
De acordo com a demanda, restabelecer a proibição é inconstitucional.
Segundo as estimativas, de 1.320 a 15.000 transexuais servem no
exército dos Estados Unidos, com 1,3 milhão de militares em serviço
ativo.
Desde o anúncio presidencial, a Casa Branca não detalhou ao Pentágono
o procedimento a seguir, motivo pelo qual a política de aceitação de
pessoas transgênero se mantém sem mudanças concretas até agora.
Por meio de seu advogado,
presidente pediu a suspeição de procurador-geral da República, que o
denunciou por corrupção passiva no caso JBS
Estadão Conteúdo
Brasília
- Ao Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa do presidente Michel
Temer afirmou nesta terça-feira, que o procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, tem "uma obsessiva conduta persecutória". Por meio de seu
advogado, o criminalista Antônio Claudio Mariz de Oliveira, o
presidente pediu a suspeição - e impedimento - de Janot, que o denunciou
por corrupção passiva no caso JBS. Temer disse que preocupação com segurança no Rio 'é de todos os brasileiros'
Márcio Mercante / Agência O Dia
"A motivação, tudo indica, é pessoal. Estamos
assistindo a uma obsessiva conduta persecutória. O E. Procurador-Geral -
em que pese o máximo respeito que devotamos à sua pessoa e à
Instituição a que pertence - parece se sentir incumbido de uma missão
maior, que extravasaria suas funções protocolares, a autorizar o emprego
de medidas não amparadas pelo ordenamento legal", afirmou a defesa à
Corte máxima.
A estratégia de Temer, ao pedir a suspeição de
Janot, e se antecipar a uma possível nova denúncia do procurador. A
primeira acusação formal de Janot foi recusada pela Câmara dos Deputados
em 2 de agosto por 263 votos a 227. A autorização para eventual
processo no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o peemedebista
precisava do aval de 2/3 dos deputados, ou 342 de 513.
A denúncia do procurador-geral da República tinha
base na delação dos acionistas e executivos do Grupo J&F, que
controla a JBS. O ex-assessor especial do presidente e ex-deputado
federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) também é acusado formalmente.
O
procurador afirma que o ex-deputado era "pessoa de mais estrita
confiança" de Temer "para tratar dos interesses escusos de Joesley
Batista junto ao Governo Federal".
Segundo a acusação formal da
Procuradoria-Geral da República, entre os meses de março e abril de
2017, em Brasília e em São Paulo, Temer recebeu, por intermédio de Rocha
Loures, vantagem indevida de cerca R$ 500 mil. O dinheiro teria sido
ofertado por Joesley Batista.
No pedido de suspeição, a defesa de
Temer citou uma fala de Janot em 1.º de julho, no 12.º Congresso da
Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo. Na ocasião, o
procurador, afirmou que "enquanto houver bambu, lá vai flecha" e que até
o dia 17 de setembro - data em que termina o mandato de Janot - a
"caneta" é dele.
"Flechará, pois tem a caneta, se os alvos forem
reais ou meramente fruto de sua imaginação, portanto quixotescos, pouco
importa. Importa atirar", afirmou Mariz.
"Portanto, provar é de
somenos, o importante é flechar. Parece pouco interessar ao Procurador
se o alvo a ser atingido, além da pessoa física de Michel Temer, é a
instituição Presidência da República; as instituições republicanas; a
sociedade brasileira ou a Nação. O fundamental é dar continuidade à sua
sanha de arqueiro contumaz."
O petista freqüenta o sítio de Atibaia
desde quando era presidente. Esteve no local 270 vezes. Reformas foram
realizadas por empreiteiras a seu pedido. Mesmo diante de provas
irrefutáveis, Lula insiste no discurso de que nada sabia
Germano Oliveira
Dezembro de 2010. Lula ainda era presidente. Dona Marisa,
falecida no início deste ano, procurou Emílio Odebrecht, dono da
Construtora Odebrecht, e pediu para que a empreiteira reformasse o sítio
de Atibaia, onde o então presidente passaria a descansar depois que
deixasse a Presidência. “Vou para o meu sítio”, contou Lula a amigos. O
patriarca da empreiteira ordenou, então, que Alexandrino Alencar,
diretor da companhia, se encarregasse das benfeitorias. Com a
propriedade moldada a seu feitio, o petista e sua família passaram a
frequentar o local religiosamente. Em seis anos, esteve no sítio por 270
ocasiões. Até a eclosão das denúncias contra ele, ao se manifestar
sobre o paradeiro do ex-presidente, sua assessoria emitiu pelo menos 12
notas oficiais em que afirmava com todas as letras que o petista
passaria os fins de semana “em sua casa de veraneio em Atibaia”. Ou
seja, até ser acossada pela Lava Jato, a família Lula não tinha o menor
constrangimento em reconhecer o imóvel como seu. A retórica se ajustou à
luz dos novos fatos. Agora, perto de ser condenado de novo em primeira
instância, Lula, que se tornou réu pela sexta vez na última semana,
recorre a subterfúgios para negar o óbvio ululante: que o sítio lhe
pertence e foi repaginado pelas empreiteiras OAS e Odebrecht como
contrapartida a obtenção de contratos na Petrobras.
No total, as empreiteiras gastaram R$ 1,025 milhão nas reformas do
sítio, conforme concluiu o juiz Sergio Moro, ao aceitar, na terça-feira
1, a denúncia contra Lula por corrupção e lavagem de dinheiro. Em seu
despacho, Moro afirmou que o ex-presidente “teria participado
conscientemente do esquema criminoso. Como parte de acertos de propinas
destinadas à sua agremiação política, o grupo Odebrecht e o grupo OAS
teriam pago vantagem indevida ao ex-presidente Lula consubstanciada em
reformas no sítio de Atibaia por ele utilizado”. Formalmente, o sitio
está registrado em nome de Jonas Suassuna e Fernando Bittar, sócios de
Lulinha. Mas extraoficialmente, “a propriedade é de Lula”, diz o juiz.
“O sítio passou a sofrer significativas reformas ainda em 2010, durante o
mandato presidencial e que prosseguiram até 2014”, lembrou Moro. Lá,
foram feitos investimentos “sempre com o conhecimento de Luiz Inácio”.
CABEÇA FRESCA Lula desfruta de bons momentos em seu sítio de Atibaia
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EM ATIBAIA Lula guarda a adega que trouxe do Palácio do Planalto
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AMIGOS Leo Pinheiro, da OAS, vistoria junto com Lula as obras
de reforma no sítio, feitas por empreiteiros envolvidos na Lava Jato
Para comprovar que Lula é o verdadeiro dono do sítio, o MPF anexou ao
processo mensagens eletrônicas trocadas entre o caseiro da propriedade,
conhecido como Maradona, com seguranças do ex-presidente. Uma delas
falava que “um pintinho” havia sido atropelado pela “perua”. O MPF ainda
incluiu na denúncia que, quando a PF fez buscas no local, roupas e bens
pessoais do petista e de dona Marisa estavam guardadas no quarto do
casal. Até uma camisa do Corinthians, escrito Lula nas costas, foi
apreendida. Também foram encontradas notas fiscais de compra de material
de construção – em nome de Marisa. Em outra devassa feita no imóvel de
Lula em São Bernardo, a PF apreendeu uma minuta da escritura de compra e
venda do sítio. Estava lá a digital do advogado de Lula, Roberto
Teixeira, a quem coube preparar o documento de compra e venda em nome de
Fernando Bittar. Um verdadeiro “batom na cueca”, como se diz no jargão
policial quando há provas irrefutáveis de um crime. A reforma de R$ 1 milhão
• O MPF afirma que Lula é o verdadeiro dono do sitio de Atibaia
• A propriedade, no entanto, está em nome de Fernando Bittar e Jonas Suassuna, sócios de seu filho Lulinha
• O imóvel está avaliado em R$ 1, 5 milhão
• Mas, a pedido de Lula, a Odebrecht, a OAS e seu compadre José Carlos
Bumlai, gastaram R$ 1,025 milhão para reformar a propriedade
• Lula diz que não é dono do local, mas nos últimos 6 anos esteve lá 270 vezes
• Em emails, o caseiro do sítio, Maradona, comunicava os seguranças de Lula até sobre a morte de “pintinhos” na propriedade
• Em buscas em seu apartamento, a PF encontrou uma minuta da escritura do sítio
Organização foi descoberta após a apreensão de 60 armas de guerra no terminal de cargas do aeroporto, em junho deste ano
O Dia
Rio
- O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro denunciou, nesta
quarta-feira, 16 suspeitos de integrar a quadrilha de tráfico
internacional de armas descoberta em junho deste ano, quando 60 fuzis de
guerra foram encontrados pela polícia no Terminal de Cargas do
Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (Galeão). Armas apreendidas no setor de cargas do Galeão
WhatsApp O DIA (98762-8248)
Segundo o MPF, entre 2014 e 2017 os acusados
importaram armas ilegalmente 75 vezes. Fuzis, carregadores e munições
eram disfarçados nas declarações de importação como aquecedores e bombas
de água. Os objetos eram trazidos de Miami, nos Estados Unidos.
As
autoridades estimam que, durante três anos, quase 300.000 munições e
cerca de 1.000 fuzis com carregadores tenham sido trazidos para o Brasil
pela quadrilha. As armas eram compradas por valores entre US$2,5 mil e
US$3,5 mil (aproximadamente entre R$7,8 mil e R$10,9 mil na cotação
atual) e vendidas por entre R$37,5 mil e R$53 mil.
Barbieri
Divulgação
Os denunciados Frederik Barbieri, Ana Cláudia
Santos, João Filipe Cordeiro Barbieri, Alexandre Cláudio Duarte Pires,
Edson da Silva Ornellas, Mrcus Garrido Lourenço, Cláudio Alves Mendonça,
Márcio Pereira e Costa, João Victor Silva Roza, Gil dos Santos Almeida,
José Carlos dos Santos Lins, André Callil Assen, Victor Hugo Ferreira
dos Santos Cardozo, Francisco Souza Siqueira e Luciano de Andrade Faria
são acusados de organização criminosa, tráfico internacional e comércio
ilegal de armas de fogo, munições e acessórios de uso restrito. Quatorze
denunciados tiveram a prisão preventiva decretada.
As investigações revelaram a existência da quadrilha,
chefiada por Frederik Barbieri, que tem dupla nacionalidade (brasileira
e americana), sua esposa Ana Cláudia Santos e seu filho João Filipe
Cordeiro Barbieri. As armas eram distribuídas a facções criminosas do
Rio de Janeiro.
Índice passou de 4,30, no primeiro trimestre deste ano, para 4,32 no segundo trimestre, segundo pesquisa
O grau de satisfação geral dos passageiros do Aeroporto Internacional
Pinto Martins, em Fortaleza, melhorou no segundo trimestre de 2017 em
relação ao primeiro trimestre, passando de 4,30 para 4,32, segundo a
última pesquisa realizada pela Secretaria de Aviação Civil (SAC)
divulgada ontem (31) pelo Ministério dos Transportes.
No ranking geral dos 15 aeroportos brasileiros pesquisados, o Aeroporto
de Fortaleza ficou em 10º lugar, na frente dos terminais de Manaus
(4,29), Porto Alegre (4,23), Congonhas (4,17), Cuiabá (4,07) e Salvador
(3,86). O Aeroporto de Viracopos, em Campinas, aparece na primeira
colocação com nota de 4,90, seguido dos terminais de Curitiba (4,74),
Brasília (4,58), Recife (4,49), Confins (4,47), Santos Dumont (4,47),
Natal (4,42), Guarulhos (4,41) e Galeão (4,34). Indicadores
No resultado por indicador de satisfação, o Aeroporto de Fortaleza
ganhou destaque nos seguintes quesitos em relação aos demais terminais:
Tempo de fila na emigração (4,83), Disponibilidade de assentos na sala
de embarque (4,80), Cordialidade e prestatividade dos funcionários do
check-in (4,63), Qualidade da informação prestada pela cia aérea (4,58),
Disponibilidade de tomadas (4,35) e Disponibilidade e localização de
bancos/caixas eletrônicos/casas de câmbio (4,01).
Na outra ponta, as piores notas na comparação com os demais foram:
Custo-benefício do estacionamento (2,57), Custo-benefício dos produtos
de lanchonetes e restaurantes (2,98), Custo-benefício dos produtos
comerciais (2,99), Tempo de fila da aduana (3,00), Qualidade da internet
/ wi-fi disponibilizada pelo aeroporto (3,15), Facilidade de
Desembarque no meio-fio (3,90) e Cordialidade do funcionário da aduana
(3,93). Resultados gerais
Neste segundo trimestre foram entrevistados 13,1 mil passageiros, sendo
que quase metade dos viajantes (49%), deram notas 5 (muito bom) para o
indicador de satisfação geral avaliado na pesquisa. O resultado foi a
maior porcentagem registrada da série histórica desde o início da coleta
de dados, em 2013. Outros 43% avaliaram com notas 4 (bom), 7% com notas
3 (regular) e apenas 1% com notas 2 (ruim).
Além disso, entre os 15 terminais avaliados, 14 tiveram nota acima de 4
- média estipulada pela Conaero (Comissão Nacional de Autoridades
Aeroportuárias), - e todos eles apresentaram melhoria em relação a si
mesmo na comparação com o segundo trimestre de 2016.
Pela segunda vez consecutiva, o Aeroporto Internacional Marechal
Rondon, em Cuiabá, apresentou a maior evolução no índice de satisfação
geral de um aeroporto em relação a si próprio. O crescimento desta vez
foi de 21,1%, considerando o segundo trimestre de 2016 e de 2017.
Aos bravos GUERREIROS DE SELVA formados e qualificados pelo Centro de Operações na Selva e Ações de Comando (COSAC) e Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) para defender a soberania da Amazônia - BRASIL, meus sinceros cumprimentos pelo dia:"03 DE JUNHO - DIA DO GUERREIRO DE SELVA" ÁRDUA É A MISSÃO DE DEFENDER E DESENVOLVER A AMAZÕNIA, MUITO MAIS DIFÍCIL PORÉM, FOI A DE NOSSOS ANTEPASSADOS EM CONQUISTÁ-LA E MANTÊ-LA"ORAÇÃO DO GUERREIRO DA SELVA Senhor,Tu que ordenaste ao guerreiro da selva: “Sobrepujai todos os vossos oponentes!” Dai-nos hoje da floresta: A sobriedade para persistir, A paciência para emboscar, A perseverança para sobreviver, A astúcia para dissimular, A fé para resistir e vencer, E dai-nos também Senhor, A esperança e a certeza do retorno. Mas, se defendendo esta brasileira Amazônia, Tivermos que perecer, ó Deus! Que o façamos com dignidade E mereçamos a vitória! SELVA!http://www.cigs.ensino.eb.br/