Para tentar sobreviver à crise
financeira gerada pela perda do imposto sindical, entidades impõem o que
sempre criticaram: um ajuste fiscal que inclui venda de patrimônio,
contratação de PJs e demissões de empregados
Vende-se - R$ 40 milhões
A CUT está negociando a venda de sua sede, no Brás, São Paulo, para a
Igreja Mundial do Poder de Deus, liderada pelo pastor Valdemiro
Santiago. A oferta é de R$ 40 milhões. Metade à vista e o restante em
quatro parcelas (Crédito: Divulgação)
Ary Filgueira
Detentoras de verdadeiras fortunas em dinheiro, conquistadas à
custa do suor do trabalhador, que abria mão de um salário por ano para
ver seus direitos defendidos, as entidades representativas de classe
agora vivem uma nova era, sem o imposto sindical. Para tentar sobreviver
à asfixia financeira gerada pela perda de sua principal fonte de renda,
que teve a obrigatoriedade cancelada pela Reforma Trabalhista, aprovada
no ano passado, algumas diminuíram radicalmente os gastos. Entre as
medidas encontradas, a mais comum foi o enxugamento da folha salarial.
Mas, quando isso não basta para sobreviver, o jeito é tomar medidas mais
drásticas, como liquidar o patrimônio. Foi o que fez a Central Única
dos Trabalhadores (CUT) em São Paulo, prestes a concluir a venda de sua
sede, na região do Brás, para a Igreja de Deus, do pastor Valdemiro
Santiago. Vendido – R$ 10 milhõesPara
conseguir honrar suas contas, o Sindicato dos Comerciários de São
Paulo, um dos maiores do país, teve de vender no mês passado um prédio
comercial de oito andares na região central de São Paulo. Recebeu R$
10,3 milhões pela transação (Crédito:Divulgação)
O valor do moderno imóvel de sete andares estaria avaliado em R$ 40
milhões. Oficialmente, a direção nacional da CUT não confirma os
valores. Mas o presidente da CUT no Distrito Federal, Rodrigo Britto,
reconhece que o negócio deve ser mesmo fechado nesses termos. Rodrigo
conta que, devido à pindaíba, a entidade encontra dificuldades para
promover até ações de mobilização. “Isso é uma interferência do Estado
no Sindicato”, alega. Não é a primeira vez que a dominação religiosa
comandada pelo pastor Valdemiro tenta adquirir o prédio da central
sindical. A Igreja de Deus já contabiliza três imóveis na região onde se
situa em São Paulo a sede da CUT. Há dois anos, a igreja do pastor
Valdemiro Santiago ensaiou arrematar o prédio, mas, à época, a situação
era diametralmente oposta. Com o PT instalado no Planalto, os sindicatos
nadavam em dinheiro. Só em 2015 a CUT recebeu repasses do governo
federal que somavam R$ 477 milhões referentes ao imposto sindical. Uma
média de R$ 39 milhões por mês. Queda brusca
Nos cinco primeiros meses deste ano, no entanto, a arrecadação
despencou vertiginosamente. Para se ter uma noção do baque, todas as
centrais sindicais receberam juntas nesse período um total de R$ 21
milhões. Não é pouco, mas em comparação com o passado recente, a queda é
brusca. Com parcos recursos, as entidades de classe iniciam uma nova
fase que não encontra precedentes na história: a era pela sobrevivência.
Para reequilibrar as finanças, a CUT instituiu em suas unidades pelo
País afora uma espécie de Plano de Demissão Voluntária (PDV). Deflagrou
ainda a contratação de pessoas jurídicas (PJs), em substituição a CLTs,
prática que sempre foi torpedeada pela própria CUT. O objetivo é
enxugar, ao fim e ao cabo, 60% da folha de pagamento. O processo segue
em curso. Em Brasília, a CUT de São Paulo possuía um quadro modesto de
178 trabalhadores. Devem restar agora somente 71.
A CUT foi fundada em agosto de 1983 em São Bernardo do Campo.
Alcançou o seu ápice após a chegada de Lula ao poder. No período dele e
de sua sucessora, Dilma Rousseff, os sindicatos foram empoderados. Com a
irrigação das contas dos sindicatos, o PT transformou as entidades em
seus exércitos. Só as centrais sindicais recebiam 10% de tudo o que os
sindicatos e outras entidades abaixo delas arrecadavam. A conta era
assim: a fatia maior cabia aos sindicatos, que tinham direito a 60%.
Abaixo, vinham as federações e confederações, com 15% e 5%,
respectivamente. Até o governo tinha o seu quinhão, de 10%. Com a
chegada de Michel Temer ao poder, a história mudou. Em 2017, Temer
conseguiu aprovar no mesmo texto da Reforma Trabalhista a suspensão
definitiva da contribuição com a promulgação da Lei 13.467. Com ela, os
trabalhadores não são mais obrigados a destinar um salário por ano para
os sindicatos. O objetivo da CUT é enxugar 60% da folha de pagamento. Em Brasília, havia 178 trabalhadores. Restam somente 71
A conta não fecha
Além da CUT, outras entidades também começaram a implementar a
política de corte de gastos. O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA),
por exemplo, decidiu cortar os serviços de uma empresa terceirizada que
fazia a comunicação. É provável que outras áreas sofram
contingenciamento. Há um mês, para conseguir honrar suas contas, o
Sindicato dos Comerciários de São Paulo, um dos maiores do país, teve de
vender um prédio comercial de oito andares na região central de São
Paulo. Recebeu R$ 10,3 milhões pelo negócio. Apesar de receberem a
mensalidade dos sindicalizados, essas entidades admitem que a situação
chegou ao fundo do poço. Mesmo com uma carteira de 250 mil trabalhadores
sindicalizados, a CUT-DF passa por dificuldade. Segundo Rodrigo Britto,
a conta não fecha mais. “Os gastos são altos, com caminhão, assessoria
jurídica”, enumerou o presidente licenciado, que irá concorrer a uma
vaga de deputado distrital em Brasília. Sem o dinheiro fácil do imposto
sindical, os sindicatos terão que se reinventar se quiserem sobreviver.
Aos bravos GUERREIROS DE SELVA formados e qualificados pelo Centro de Operações na Selva e Ações de Comando (COSAC) e Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) para defender a soberania da Amazônia - BRASIL, meus sinceros cumprimentos pelo dia:"03 DE JUNHO - DIA DO GUERREIRO DE SELVA" ÁRDUA É A MISSÃO DE DEFENDER E DESENVOLVER A AMAZÕNIA, MUITO MAIS DIFÍCIL PORÉM, FOI A DE NOSSOS ANTEPASSADOS EM CONQUISTÁ-LA E MANTÊ-LA"ORAÇÃO DO GUERREIRO DA SELVA Senhor,Tu que ordenaste ao guerreiro da selva: “Sobrepujai todos os vossos oponentes!” Dai-nos hoje da floresta: A sobriedade para persistir, A paciência para emboscar, A perseverança para sobreviver, A astúcia para dissimular, A fé para resistir e vencer, E dai-nos também Senhor, A esperança e a certeza do retorno. Mas, se defendendo esta brasileira Amazônia, Tivermos que perecer, ó Deus! Que o façamos com dignidade E mereçamos a vitória! SELVA!http://www.cigs.ensino.eb.br/
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