A uva que produz os vinhos cujo consumo mais cresce no País é também responsável por uma inédita safra de prêmios internacionais
FAMÍLIA UNIDA
Benildo Perini (de chapéu), entre a mulher Maria do Carmo e os filhos
Pablo e Franco: oito produtos derivados de moscatos e uma coleção de
prêmios (Crédito: Eduardo Benini )
Celso Masson, de Farroupilha (RS)
A excelente fase da produção de espumantes no Brasil foi
confirmada em agosto durante o concurso internacional Vinus 2017, em
Mendoza, Argentina. Na avaliação, que integra o “Ranking Mundial Wine
2017”, mais de 450 amostras de 17 países foram degustadas por um grupo
de 42 jurados, dos quais três brasileiros. O resultado não poderia ser
melhor: o Brasil conquistou 51 medalhas, das quais doze na categoria
“Ouro Duplo”, atribuída a bebidas com 92 pontos ou mais. Apenas uma das
amostras brasileiras que atingiram tal pontuação correspondia a um vinho
tinto — o Bueno Paralelo 31, produzido na Campanha Gaúcha pela vinícola
do locutor e apresentador de TV Galvão Bueno. Os demais eram todos
espumantes, seis deles produzidos com uvas moscatéis. O resultado
surpreendeu a crítica especializada, mas não os produtores, que têm
empreendido esforços louváveis para qualificar as bebidas que resultam
das uvas da família dos moscatos — uma das mais populares em todo o
mundo. Cultivada do Oregon, nos EUA, à Austrália, essa casta antes pouco
valorizada no Brasil produz uma ampla variedade de bebidas icônicas, do
clássico frisante Moscato D’Asti, na Itália, ao fortificado Moscatel de
Setúbal, em Portugal.
Responsável por 50% da produção nacional dessa uva, a cidade de
Farroupilha, no Rio Grande do Sul, promove no mês setembro o Festival do
Moscatel, que este ano chegou à sétima edição. O evento faz parte da
estratégia adotada pela atual gestão municipal para tornar a cidade
conhecida por suas uvas. “Estamos aguardando para os próximos 30 a 40
dias a outorga, pelo Governo Federal, do título de capital nacional do
moscatel”, diz o prefeito Claiton Gonçalves (PDT). Investir na promoção
da uva mais identificada com as tradições locais não é apenas marketing —
e nem vem de hoje. Foi em 1875 que os primeiros imigrantes italianos se
estabeleceram em Nova Milano, hoje pertencente a Farroupilha, e deram
início ao cultivo de uvas viníferas europeias. ALTA PRODUÇÃO
A variedade rende em média três vezes mais que as outras viníferas e as
garrafas estocadas em adega: bebida leve e refrescante
(Crédito:Divulgação)Indicação de procedência
A vitivinicultura impulsionou a economia da cidade, reconhecida com a
Indicação de Procedência (IP) para moscatos. “A Indicação de Procedência
envolve uma cultura, uma saber fazer, uma tradição”, diz Jorge
Tonietto, pesquisador de Zoneamento da Embrapa Uva e Vinho. “As
diferentes regiões vitivinícolas têm suas tipicidades, que expressam as
características intrínsecas do produto”, afirma. A IP é o primeiro passo
para a Denominação de Origem (DO), conjunto de práticas de cultivo e
vinificação que garantem a excelência da bebida produzida e o
reconhecimento do mercado. Em busca de qualidade, os produtores da
região criaram em 2005 uma associação, a Afavin, hoje presidida pelo
enólogo João Carlos Taffarel, proprietário da vinícola Cave Antiga.
“Estamos qualificando nossos produtos e trabalhando com a Embrapa para
melhorar as práticas de produção”, diz Taffarel. Além de ter alta
produtividade por hectar plantado (quase o triplo das demais uvas
viníferas), a uva moscatel resulta em bebidas leves e refrescantes. “Com
pouco álcool, naturalmente adocicada e festiva, essa bebida pode
funcionar como uma porta de entrada para quem está se iniciando no mundo
do vinho”, afirma. Tanto quem apesar das dificuldades do setor no
Brasil, o moscatel vem mostrando uma tendência linear de crescimento em
termos de consumo. “Com pouco álcool, naturalmente adocicado e festivo, o espumante moscatel serve como porta de entrada para o vinho” João Carlos Taffarel, presidente da Afavin Divulgação
Enquanto a comercialização total de espumantes pelas vinícolas
brasileiras dobrou nos últimos dez anos, saltando de 8,5 milhões de
litros em 2007 para 16,8 milhões no ano passado, o consumo de espumantes
moscatéis triplicou: de 1,5 milhão para 4,4 milhões de litros. Entre as
vinícolas que lideram essa expansão está a Casa Perini, uma das cinco
maiores do País, com produção anual em torno de 12 milhões de litros.
Fundada em 1929, a empresa hoje produz a maior variedade de uvas da
família moscatel, caso da moscato branco, que hoje só existe no Brasil,
da moscato giallo, e dos moscateis de Alexandria e de Hamburgo. A
matéria-prima gera oito diferentes derivados, desde o suco de uva até o
vinho fortificado Éden, elaborado no estilo do Jerez espanhol a partir
do mosto de uvas que permaneceram 20 anos em barricas. A vinícola também
coleciona prêmios. Desde 2014, o rótulo Casa Perini Moscatel, vendido
na faixa acessivel de R$ 30, já conquistou seis medalhas de ouro, cinco
de prata e três de bronze em concursos dentro e fora do País, além de 90
pontos no prestigiado “Guia Descorchados”, do Chile. Voltado para
exportação, o Macaw Tropical Frisante, campeão da Grande Prova Vinhos do
Brasil em 2016, foi citado pela revista americana “Wine Enthusiast”
como um dos cinco moscatéis do mundo a serem provados por quem quer
conhecer o que de melhor essa uva pode produzir. “Meu pai sempre
enfatizou que o real valor da terra existe quando associado ao trabalho
árduo ao longo dos anos. É um legado que carrego e busco perpetuar”,
afirma o proprietário Benildo Perini, que hoje divide a condução da
vinícola com a mulher Maria do Carmo e os filhos Pablo e Franco.
Aos bravos GUERREIROS DE SELVA formados e qualificados pelo Centro de Operações na Selva e Ações de Comando (COSAC) e Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) para defender a soberania da Amazônia - BRASIL, meus sinceros cumprimentos pelo dia:"03 DE JUNHO - DIA DO GUERREIRO DE SELVA" ÁRDUA É A MISSÃO DE DEFENDER E DESENVOLVER A AMAZÕNIA, MUITO MAIS DIFÍCIL PORÉM, FOI A DE NOSSOS ANTEPASSADOS EM CONQUISTÁ-LA E MANTÊ-LA"ORAÇÃO DO GUERREIRO DA SELVA Senhor,Tu que ordenaste ao guerreiro da selva: “Sobrepujai todos os vossos oponentes!” Dai-nos hoje da floresta: A sobriedade para persistir, A paciência para emboscar, A perseverança para sobreviver, A astúcia para dissimular, A fé para resistir e vencer, E dai-nos também Senhor, A esperança e a certeza do retorno. Mas, se defendendo esta brasileira Amazônia, Tivermos que perecer, ó Deus! Que o façamos com dignidade E mereçamos a vitória! SELVA!http://www.cigs.ensino.eb.br/
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