Como os donos da JBS gravaram meia
República, se aproximaram do procurador-geral, urdiram um plano quase
perfeito, mas foram abatidos quando ousaram imaginar que estavam acima
da lei
A LEI É PARA TODOS Depois de afirmar que não seria preso, Joesley se entregou à PF ao ter prisão decretada pelo STF (Crédito: Adriano Machado)
Ary Filgueira
A carreira de delator do empresário Joesley Batista, dono da
JBS, um império que chegou a faturar R$ 170 bilhões por ano, é o que
podemos chamar de meteórica. Em apenas três meses, Joesley foi do céu ao
inferno na velocidade de uma flecha – artefato este que ficou na moda
após ser usado simbolicamente nas declarações do procurador-geral
Rodrigo Janot. O plano urdido com a colaboração dos membros graduados da
Procuradoria-Geral da República, como o próprio procurador-geral e seu
braço direito Marcello Miller, acabou fracassando, levando à prisão
Joesley, seu irmão Wesley e o executivo Ricardo Saud. Em maio, eles
posaram de malfeitores arrependidos que gravaram o presidente da
República confessando crimes, um ex-deputado correndo pelas ruas com uma
mala de R$ 500 mil e que delataram mais de 1.800 políticos por terem
recebido dinheiro sujo da empresa que administram. Pretendiam sair como
heróis, mas agora estão atrás das grades como dezenas de outros
empresários réus da Lava Jato. Amargam o encarceramento numa cela com 9
metros quadrados, sem janelas, sem chuveiro quente ou vaso sanitário,
precisando fazer as necessidades num buraco no chão chamado,
ironicamente, de “boi”. Na verdade, a vaca foi para o brejo. SE DEU MAL O empresário Wesley Batista foi preso sob acusação de ter manipulado o mercado financeiro (Crédito:Divulgação)
Durante o tempo em que Joesley permaneceu sob a salvaguarda da
Procuradoria-Geral da República, o País foi sacudido por uma hecatombe.
Munido de um gravador, como se agisse como um araponga, prestou-se a
gravar a República. Os áudios abalaram o governo, e, por último, jogaram
por terra a credibilidade do principal órgão acusador, no caso, a PGR.
No meio do caminho, houve a tentativa de tentar abalar a imagem da
Suprema Corte do país, sugerindo entre um gole e outro de bebida que
tinha na mão ministros do colegiado mais prestigiado do Poder Judiciário
brasileiro. Outro grampeado foi o ex-ministro da Justiça, José Eduardo
Cardozo. Tudo isso porque os Batista foram visitados pelo temor da
prisão. Mas o perigo não o deteve. Numa jogada de mestre, um dia antes
da divulgação da delação, em 16 de maio, vendeu na alta ações de seu
grupo de empresas do ramo de alimentos. O COMPLÔ
Além de Temer, Joesley teria gravado também o ministro do STF Gilmar
Mendes (esq.). Ao gravar o ex-ministro José Eduardo Cardozo (dir.), o
ex-procurador Marcello Miller (no meio) advertiu que isso daria cadeia
A Carne Fraca levou a JBS para dentro da Lava Jato e, por isso, a
irritação de Joesley fica clara no diálogo entre ele e Saud. “Eu queria
estar em frente do Janot e falar: ‘Janot, para. Isso é coisa de menino.
Uma operação idiota dessa”’, desabafou Joesley ao amigo e funcionário.
Fica claro que era uma farsa apresentar sua delação como espontânea.O
diálogo entre Josley e Saud foi gravado no mesmo dia em que a Polícia
Federal colocou na rua a Operação. No meio do tilintar provocado pelo
gelo no copo cheio de bebida, Josley prometia a todo momento a Saud que
ninguém seria preso. Até então, estava certo. Mais tarde se verificou
que sua confiança tinha o respaldo de autoridades do Ministério Público
Federal. O plano de Joesley teve início e consentimento da
Procuradoria-Geral da República. Na última semana, a PF concluiu que
Rodrigo Janot não só sabia que o ex-procurador Marcelo Miller trabalhava
para a JBS como tinha conhecimento que ele atuava no acordo de delação
premiada. Os indícios são mensagens trocadas por Miller com os
principais dirigentes da JBS. O ex-procurador participava de um grupo de
WhatsApp com os Batista e diretores da JBS. Os irmãos Batista amargam o cárcere numa cela com 9 metros quadrados, sem janelas, sem chuveiro quente ou vaso sanitário R$ 4,2 milhões para Miller
Uma das mensagens mais eloquentes foi enviada pelo ex-procurador na
quarta-feira 5 de abril. Aquele era o último dia de Miller no Ministério
Público Federal. Com sua demissão já registrada no Diário Oficial, ele
só precisava cumprir um período de férias atrasadas. Apesar disso, de
acordo com a PF, Miller já estava obedecendo às conveniências da JBS há
tempos. As trocas de mensagens revelam um Miller que ditava o ritmo e a
melhor maneira de os irmãos Batista se moverem nas tratativas com o
gabinete do procurador-geral da República, a fim de celebrar a delação.
Para atrair Marcelo Miller, Joesley lhe ofereceu ganhos que jamais o
procurador da República teria na carreira. Logo de início, a banca de
advogados para a qual Miller trabalharia quando se desligasse do MPF –
após a celebração do acordo de colaboração de Joesley e demais –
ofereceu a ele R$ 4,2 milhões em 36 parcelas de aproximadamente R$ 110
mil. O acordo bem-sucedido da JBS com o Ministério Público Federal
renderia ao escritório de Marcelo Miller R$ 27 milhões. Trench, Rossi e
Watanabe nega que isso tenha ocorrido.
Na segunda-feira 4, o procurador Rodrigo Janot deu o braço a torcer.
De forma comedida e econômica nas explicações, apresentou em coletiva os
motivos de mandar investigar se havia indícios de omissão de
informações dos irmãos Batista. Ao fazer isso, Janot se antecedeu à
Polícia Federal, que detinha em seu acervo de provas a gravação do
diálogo regado à bebida entre Joesley e Ricardo Saud, chamado
carinhosamente de Ricardinho, em que Joesley relata que Janot sabia da
armação orquestrada por seu companheiro de MPF Marcelo Miller. Janot
sentiu na pele o significado da frase bíblica: maldito é o homem que
confia no outro. Os movimentos de Joesley 1 Ao perceber que a
ameaça de cadeia era real, Joesley Batista faz contatos com o procurador
Marcello Miller para orientá-lo sobre como seduzir Rodrigo Janot a
fechar o acordo de delação 2 Com um gravador
escondido, Joesley grava o presidente Michel Temer em conversa no
Palácio do Jaburu na noite do dia 17 de março 3 Joesley vende ações da
JBS um dia antes da divulgação do áudio e do conhecimento público do
fechamento de sua delação, quando a cotação dos papéis da empresa
estavam em alta. As gravações foram tornadas públicas no dia 18 de maio.
No dia seguinte, as ações desabaram. Paralelamente, ele compra US$ 1
bilhão no mercado e lucra 9% da noite para o dia 4 Em outra frente, o
empresário grava a entrega de uma mala com R$ 500 mil para o assessor da
Presidência da República, Rodrigo Rocha Loures. O dinheiro seria para
Temer. Mas nunca chegou ao presidente 5 Joesley implicou o
presidente do PSDB, senador Aécio Neves, ao gravá-lo lhe pedindo R$ 2
milhões. O dinheiro foi entregue a um primo do senador, numa cena
filmada pela PF. A grana foi depositada numa empresa do senador Zezé
Perrella
Aos bravos GUERREIROS DE SELVA formados e qualificados pelo Centro de Operações na Selva e Ações de Comando (COSAC) e Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) para defender a soberania da Amazônia - BRASIL, meus sinceros cumprimentos pelo dia:"03 DE JUNHO - DIA DO GUERREIRO DE SELVA" ÁRDUA É A MISSÃO DE DEFENDER E DESENVOLVER A AMAZÕNIA, MUITO MAIS DIFÍCIL PORÉM, FOI A DE NOSSOS ANTEPASSADOS EM CONQUISTÁ-LA E MANTÊ-LA"ORAÇÃO DO GUERREIRO DA SELVA Senhor,Tu que ordenaste ao guerreiro da selva: “Sobrepujai todos os vossos oponentes!” Dai-nos hoje da floresta: A sobriedade para persistir, A paciência para emboscar, A perseverança para sobreviver, A astúcia para dissimular, A fé para resistir e vencer, E dai-nos também Senhor, A esperança e a certeza do retorno. Mas, se defendendo esta brasileira Amazônia, Tivermos que perecer, ó Deus! Que o façamos com dignidade E mereçamos a vitória! SELVA!http://www.cigs.ensino.eb.br/
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