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quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Lava Jato: PF prende ex-chefe da Casa Civil do governo Cabral

Agentes prenderam ainda o empresário Georges Sadala nesta quinta-feira

Rio - A Polícia Federal prendeu, nesta quinta-feira, o ex-chefe da Casa Civil do governo de Sérgio Cabral, Régis Fichtner. Os agentes chegaram à casa do ex-secretário, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, por volta das 6h. Desdobramento da Lava Jato, a ação é mais uma fase da Operação Calicute, que prendeu o ex-governador em novembro do ano passado.
Régis Fichtner foi preso por policiais federais nesta quinta-feira Reprodução TV Globo
O empresário Georges Sadala também foi preso. Ainda nesta manhã, os agentes cumprem outros três mandados de prisão, sendo dois para o mesmo suspeito, e mandados de condução coercitiva e de busca e apreensão. A ação foi denominada de "C'est fini", que em francês significa "é o fim". O nome faz uma referência à Farra dos Guardanapos, uma foto em que aparecem ex-secretários e empresários em Paris com guardanapos na cabeça.
Segundo a PF, Fichtner teria recebido uma propina no valor de R$ 1,6 milhão. Os procuradores investigam um esquema de corrupção no uso de precatórios por empresas que tinham dívidas, tributos e impostos com o governo estadual e também por aquelas que tinham interesse em fazer negócios com o estado. De acordo com os agentes, essas empresas procuravam o escritório de advocacia de Fichtner. 
Sérgio Côrtes, Georges Sadala, Fernando Cavendish, Sérgio Dias e Wilson Carlos Reprodução
Na ação desta quinta-feira, o empresário Fernando Cavendish, ex-dono da empreiteira Delta Engenharia que cumpre prisão domiciliar, foi conduzido coercitivamente para prestar depoimento. Ele foi levado, por volta das 6h, de seu prédio na Avenida Delfim Moreira, no Leblon, Zona Sul do Rio.
O empresário foi preso em julho de 2016 na Operação Saqueador, também desdobramento na Lava Jato, e cumpre prisão domiciliar desde agosto do ano passado. Cavendish foi o fundador da Delta, uma das principais construtoras na gestão de Cabral. 
Em depoimento ao juiz Marcelo Bretas, o empresário disse que pagou 5% de propina em dinheiro para Cabral para que a construtora participasse da reforma do Maracanã. Além disso, os agentes da PF e do Ministério Público investigam a participação de Cavendish para a escolha da empresa nas licitações de obras do Rio Tietê, em São Paulo, e da reforma do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), no Rio.

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