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segunda-feira, 24 de abril de 2017

Macron e Le Pen passam para o segundo turno na França

Pesquisas de opinião apontam vitória do centrista contra a candidata da extrema direita na segunda rodada da eleição, marcada para 7 de maio

O centrista Emmanuel Macron e a candidata da extrema direita Marine Le Pen seguem para o segundo turno das eleições presidenciais da França, apontam resultados preliminares, em uma das corridas eleitorais mais disputadas da história recente do país.
Com mais de 96% dos votos dos inscritos contabilizados, Macron tem 23,7% de votos válidos contra 21,8% de Le Pen, segundo informações do Ministério do Interior publicadas pelo jornal Le Figaro.
O segundo turno está marcado para o dia 7 de maio. Pesquisas de opinião apontam que Macron, numa disputa contra Le Pen, se sairia vencedor e se tornaria o próximo presidente francês. Qualquer um dos dois candidatos fará história: Macron como o presidente mais jovem da França (aos 39 anos) e Le Pen como a primeira mulher chefe de Estado no país.
Dos onze candidatos inscritos na disputa, quatro tinham chances reais de passar ao segundo turno. Além de Macron e de Le Pen, estavam bem cotados Jean-Luc Mélenchon (da extrema esquerda) e François Fillon (conservador).
O resultado representa um revés para os partidos tradicionais que se alternaram no poder durante décadas: o socialista, do presidente em fim de mandato François Hollande, e os conservadores, liderados por Fillon.
A vantagem de Macron contra Le Pen no segundo turno também significa um alívio para a União Europeia (UE). Macron, ex-ministro da Economia do presidente François Hollande, fez uma campanha com um programa abertamente europeísta e liberal.
Já no caso de vitória de Le Pen, a França ampliaria ainda mais as incertezas em torno da UE, devido à defesa por parte da candidata da saída da zona do euro –um golpe fatal a um bloco já enfraquecido pelo Brexit.
A ultradireitista se beneficiou da mesma onda populista que impulsionou a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos, com um programa centrado no “patriotismo” e na “preferência nacional”.
 A participação no primeiro turno beirou os 70%, uma das mais altas dos últimos 40 anos. As urnas foram fechadas às 19h locais (14h de Brasília) em boa parte do país; grandes cidades estenderam o voto até às 20h locais.
Na reta final da campanha, o grande tema foi a segurança, já que o país foi alvo de um novo atentado terrorista cometido na noite da quinta-feira 20, na Avenida Champs-Elysées, no centro de Paris. Um policial morreu no ataque cometido por um criminoso reincidente, que foi reivindicado pelo grupo terrorista Estado Islâmico.
A votação na França ocorreu sob forte esquema de segurança. Mais de 50 mil policiais de militares e civis estiveram nas ruas e seções eleitorais para proteger os eleitores.
(Com Estadão Conteúdo, EFE e AFP)

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