SELVA

SELVA

PÁTRIA

PÁTRIA

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

ONU condena por ampla maioria decisão dos EUA

Um total de 128 países rejeitou a medida de Trump; embaixadora americana esnobou o placar desfavorável
Dos 193 países-membros, apenas 9 votaram contra a resolução que repreende a Casa Branca por ter reconhecido a 'Cidade Santa' como a capital de Israel ( Foto: AFP )
Nova York/Jerusalém. A Assembleia Geral da ONU adotou, ontem, por ampla maioria, uma resolução condenando o reconhecimento por Washington de Jerusalém como a capital de Israel. Dos 193 países-membros, 128 votaram a favor desta resolução e 9 contra, enquanto 35 países decidiram se abster nesta votação que o presidente americano prometeu acompanhar de perto, ameaçando com represálias financeiras àqueles que apoiarem o texto.
Sete países - Guatemala, Honduras, Togo, Micronésia, Nauru, Palau e as Ilhas Marshall- se juntaram a Israel e aos Estados Unidos e se opuseram à medida.
Entre os 35 países que se abstiveram estão Argentina, Austrália, Canadá, Croácia, República Checa, Hungria, Letônia, México, Filipinas, Romênia e Ruanda. A Ucrânia, que apoiou o projeto de resolução no Conselho de Segurança, estava entre os 21 países que não se apresentaram para a votação.
Comemoração
Os palestinos comemoraram o resultado da votação. "Esta decisão reafirma que a justa causa dos palestinos tem o apoio internacional (...) Vamos prosseguir com os nossos esforços na ONU e em outros fóruns internacionais para acabar com a ocupação (israelense) e criar um Estado palestino tendo Jerusalém Oriental como capital", afirmou o porta-voz do presidente palestino Mahmud Abbas.
Já o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, declarou estar satisfeito com o número de países que não votaram.
"Em Israel, nós rejeitamos esta decisão da ONU e reagimos com satisfação diante do número importante de países que não votaram a favor desta decisão", afirmou o primeiro-ministro.
Reação
A medida foi enviada à Assembleia Geral depois de ter sido vetada pelos EUA no Conselho de Segurança na segunda-feira, embora todos os outros 14 membros do colegiado tenham votado a favor. "Os EUA se lembrarão deste dia", disse o embaixador dos EUA, Nikki Haley, à assembleia. "A América colocará nossa embaixada em Jerusalém", disse Haley. "Nenhum voto nas Nações Unidas fará qualquer diferença nisso".
"Mas este voto fará a diferença em como os americanos olham para a ONU e sobre a forma como olhamos os países que nos desrespeitam na ONU", acrescentou a embaixadora.
"Quando fazemos contribuições generosas para as Nações Unidas, também temos uma expectativa legítima de que nossa boa vontade seja reconhecida e respeitada", reclamou.
Embora as resoluções da Assembleia Geral não sejam vinculantes, a votação tem um forte peso político.
Enquanto isso, a prisão provisória de duas palestinas, acusadas de agredir soldados israelenses, cuja ação gravada em vídeo se tornou viral, foi prolongada até segunda-feira. As palestinas foram, ontem, a um tribunal militar israelense.

Nenhum comentário:

Postar um comentário