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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Braga Netto afirma que objetivo da intervenção é 'recuperar a credibilidade' da segurança pública do Rio

Interventor federal disse que não existe planejamento de ocupação permanente de favelas e que as operações continuarão sendo pontuais

Por O Dia
Primeira coletiva do general Braga Neto falando da intervenção federal na segurança publica do Rio,
Primeira coletiva do general Braga Neto falando da intervenção federal na segurança publica do Rio, -
Rio - Na primeira coletiva para apresentar o plano durante a intervenção federal no Rio, o general Walter Souza Braga Netto afirmou que o principal objetivo será "recuperar a credibilidade" da segurança pública do Rio. Toda a cúpula da segurança do estado será mantida. Também foram apresentados oficialmente os generais Richard Nunes e Mauro Sinott, secretário de Segurança e chefe do Gabinete de Intervenção Federal, respectivamente.
Braga Netto também disse que não existe planejamento de ocupação permanente de favelas e que as operações continuarão sendo pontuais. Nenhum plano específico foi apresentado e, segundo o interventor, a sistemática da segurança não muda, pelo menos a princípio.
"Não há mudança no momento. As Forças Armadas já participam desse tipo de operação. Apoiamos quando a polícia entra para fazer uma prisão. Damos o suporte para que a polícia possa entrar com tranquilidade na comunidade (...) Cada órgão vai continuar fazendo o seu papel", falou.
Segundo o general, o objetivo da intervenção é "integrar e cooperar", aumentando a credibilidade das polícias. A única ação anunciada foi a instalação do gabinete de intervenção no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC).
"O objetivo comum de reestruturar, fortalecer e apoiar logisticamente para reduzir a criminalidade e dar suporte à capacidade operativa à segurança pública do Rio de Janeiro", disse Braga Netto. 
O general Mauro Sinott, que será o chefe do gabinete de intervenção, falou sobre as "oportunidades" que serão criadas pela intervenção. "Esta é uma janela de oportunidade para fortalecer a segurança. Precisamos que os órgãos de segurança entendam que precisamos atuar sobre esses gargalos que os órgãos deixaram aqui. A respeito do que vai permanecer, é a nossa atuação sobre as dificuldades dos órgãos de segurança pública", explicou. 
O interventor disse que outra frente é combater a corrupção nas polícias. "Queremos fortalecer as corregedorias e tomar as medidas necessárias para que o bom profissional seja valorizado e o mal seja penalizado", explicou Braga Netto. 
O novo secretário de Segurança do Rio, general Richard Nunes, disse que podem ocorrer redimensionamentos nas ações das Unidades de Polícia Pacificadora. "As UPPs permanecem, mas temos um diagnóstico que indica a necessidade de redimensionamento de certas ações nessa área", disse, sem detalhar o que será feito. 
Recursos para intervenção
O interventor falou que, inicialmente, os recursos usados para a intervenção serão apenas os que estão previstos no decreto, ou seja, os que já estão orçados para a segurança do Rio de Janeiro. "Brasília nos dará aporte, mas ainda não tenho informação de valores, porque nós mesmos ainda não levantamos esses valores", disse.

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