Em meio a uma crise humanitária,
governadora de Roraima cobra ação do governo federal e insiste no STF em
fechar as portas para refugiados venezuelanos. O que pode ser feito
para solucionar esse drama
DESESPERO Fila de venezuelanos para receber doações de alimentos na Praça Simon Bolivar (Crédito: Andre Coelho)
Vicente Vilardaga
Se não tinha grande experiência com crises migratórias, o
Brasil se depara com uma triste e difícil, que não tem prazo para
acabar. Os dias vão passando e a situação em Roraima fica mais
complicada. Nunca um estado tão pequeno recebeu tantos refugiados. O
Acre, depois do terremoto de 2010 no Haiti, recebeu um grande fluxo de
haitianos, cerca de 38 mil. Em Roraima, com 520 mil habitantes, o número
avança para 50 mil e o movimento de pessoas que atravessam a divisa das
cidades de Santa Elena de Uaíren, na Venezuela, e Pacaraima, no Brasil,
continua crescendo. Para piorar, os governos estadual e federal, que
deveriam trabalhar em harmonia, não se entendem e abriu-se um conflito
político. A governadora Suely Campos (PP) acusa uma demora nas ações de
emergência sob responsabilidade do governo federal, como a distribuição
dos refugiados em outros estados (apenas 266 foram remanejados para São
Paulo e Mato Grosso até agora), e no repasse de recursos para Roraima. Venezuelanos acampados no Ginásio Tancredo Neves (Crédito:Andre Coelho)Andre Coelho
Na semana passada, a governadora, que pede o fechamento temporário da
fronteira por meio de uma ação civil contra a União no Supremo Tribunal
Federal (STF), desafiando acordos internacionais assinados pelo Brasil e
a própria Lei de Imigração, reforçou sua intenção em um encontro com a
ministra Rosa Weber, relatora do caso, e disse que, se nada for feito, o
estado corre o risco de virar um campo de concentração. “Quisemos
mostrar pessoalmente para a ministra o impacto que esse fluxo migratório
está causando na segurança, na saúde e na educação do estado”, disse
Suely à ISTOÉ. Rosa Weber deu um prazo de 30 dias para que haja uma
conciliação entre as partes. O Ministério da Defesa e a Organização das
Nações Unidas (ONU) afirmam que a situação em Roraima é preocupante, mas
está sendo controlada e que medidas humanitárias de apoio aos
refugiados continuarão sendo tomadas. O presidente Michel Temer, que
destinou R$ 190 milhões neste ano para as operações de uma força tarefa
no estado, declarou que o fechamento da fronteira é “incogitável” e
recusa qualquer negociação, temendo ser acusado de violação de direitos
humanos e desrespeito aos tratados internacionais. OCUPAÇÃO Exército monta operação para reforçar o controle na divisa na BR 174, no caminho de Boa Vista (Crédito:Andre Coelho)Serviços públicos
“Na medida do possível a situação está sob controle, mas tudo
dependerá do que acontecer na Venezuela daqui para frente”, diz Luiz
Fernando Godinho, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para
Refugiados (Acnur). “O Brasil está aprendendo com essa crise e começa a
haver uma resposta ampla às demandas das pessoas, que envolve
documentação, encaminhamento para alojamento e alimentação.” Segundo
Godinho, há mais de 25 mil casos de refúgio registrados e mais de dez
mil vistos temporários emitidos. Entram em Roraima cerca de 700 pessoas
por dia e a capital Boa Vista está em estado de calamidade, com milhares
de pessoas morando nas ruas e serviços públicos no limite do
esgotamento. Nas últimas semanas surgiu um novo ingrediente para
acentuar a crise: a chuva, que complica a vida dos imigrantes,
principalmente dos desalojados. Milhares estão acampados em ruas e
praças. Cerca de 2,2 mil, segundo o porta-voz da operação de acolhida,
coronel Rodrigo Gonçalves, estão instalados em alojamentos montados pelo
governo do estado e pelo Exército e recebem três refeições por dia.
Existem cinco desses abrigos e outros cinco estão programados para
entrar em operação nos próximos dias.“Estamos ampliando e melhorando os
espaços existentes e organizando a recepção dos refugiados em
Pacaraima”, afirma Gonçalves.
“Esse conflito evidencia a falta de uma política migratória
estruturada”, afirma o presidente da Comissão dos Refugiados da OAB no
Estado de São Paulo, Manuel Nabais. “Fechar a fronteira diante de uma
crise dessas proporções seria uma medida desumana, mas o governo federal
precisa socorrer Roraima de alguma forma.” Os argumentos do governo
local para pedir o fechamento da fronteira mostram que a situação no
estado é realmente crítica. Segundo dados da Polícia Civil, o número de
homicídios no estado saltou de 24, entre fevereiro e março de 2017, para
44, no mesmo período deste ano. Os levantamentos do governo local
mostram que os atendimentos nas unidades estaduais de saúde aumentaram
3.000% em 2017 e os gastos anuais com estrangeiros na área atingiram R$
70 milhões, por conta de 50.826 atendimentos.
O sarampo, que estava erradicado no Brasil, voltou com força
epidêmica em Roraima nos últimos meses, quando foram registrados mais de
200 casos — três crianças morreram por causa da doença. Seja como for, a
imensa maioria dos refugiados prefere enfrentar as dificuldades da
imigração que voltar para a Venezuela, onde se vive uma absoluta
carestia. E não há qualquer expectativa de que o movimento na fronteira
diminua a curto prazo. A única saída é a união de esforços.
Aos bravos GUERREIROS DE SELVA formados e qualificados pelo Centro de Operações na Selva e Ações de Comando (COSAC) e Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) para defender a soberania da Amazônia - BRASIL, meus sinceros cumprimentos pelo dia:"03 DE JUNHO - DIA DO GUERREIRO DE SELVA" ÁRDUA É A MISSÃO DE DEFENDER E DESENVOLVER A AMAZÕNIA, MUITO MAIS DIFÍCIL PORÉM, FOI A DE NOSSOS ANTEPASSADOS EM CONQUISTÁ-LA E MANTÊ-LA"ORAÇÃO DO GUERREIRO DA SELVA Senhor,Tu que ordenaste ao guerreiro da selva: “Sobrepujai todos os vossos oponentes!” Dai-nos hoje da floresta: A sobriedade para persistir, A paciência para emboscar, A perseverança para sobreviver, A astúcia para dissimular, A fé para resistir e vencer, E dai-nos também Senhor, A esperança e a certeza do retorno. Mas, se defendendo esta brasileira Amazônia, Tivermos que perecer, ó Deus! Que o façamos com dignidade E mereçamos a vitória! SELVA!http://www.cigs.ensino.eb.br/
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