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quinta-feira, 26 de abril de 2018

Real é a 3ª moeda que mais perdeu valor ante o dólar

Na sessão de ontem, moeda americana chegou a R$ 3,517, na máxima, mas recuou até R$ 3,508
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Variação do câmbio chegou a 1,03% para o dólar à vista na sessão de ontem ( Foto: Carlos Severo )
São Paulo. O real é a terceira moeda que mais se desvalorizou em relação ao dólar em abril, em uma lista de 47 moedas com cotações à vista. A expectativa de um novo aperto nos juros nos EUA também tem pressionado outras moedas, mas no Brasil, esse movimento é acentuado diante das incertezas eleitorais. A moeda americana fechou nessa quarta-feira, 24 em alta de 1,03%, a R$ 3,508.
Grandes bancos, como BofA Merrill Lynch e o Itaú Unibanco, reconhecem que há aumento das incertezas eleitorais. O desempenho do real só não foi pior que o bolívar venezuelano, que derrete com a crise humanitária, e o rublo russo, que sofre com a incerteza geopolítica.
Abril tem sido ruim para a maior parte das moedas do mundo. A expectativa de que os juros americanos subam mais rapidamente que o esperado é o motor comum para a desvalorização de 33 moedas em todo o mundo neste mês.
Isso reforça a perspectiva de migração de dinheiro de todo o planeta rumo aos EUA para se aproveitar dos juros, o que enfraquece as demais moedas. "Ao longo do ano passado, também foi caindo a diferença entre os juros americanos e a Selic, a taxa básica de juros do Brasil", diz Julia Gottlieb, do Itaú Unibanco. "Essa diferencia está na mínima histórica, o que pode impactar no real", complementa.
O cenário externo, porém, é apenas uma parte da explicação. Problemas domésticos castigam algumas divisas mais fortemente e o Brasil está nessa onda. Em abril, o dólar ficou 5,2% mais caro na comparação com o real brasileiro. Essa perda de valor levou a moeda norte-americana a um patamar não visto desde o fim de 2016.
Mercado financeiro
O dólar teve o quinto dia seguido de alta em relação ao real e testou o patamar de R$ 3,50 ontem (25). A Bolsa brasileira caiu pelo 2º dia. A Bolsa brasileira teve queda de 0,50%, para 85.044 pontos. O volume financeiro foi de R$ 11,2 bilhões, contra giro médio diário de R$ 10,4 bilhões. O dólar comercial subiu 0,46%, para R$ 3,486, maior nível desde 13 de junho de 2016, quando terminou a R$ 3,487.
O dólar à vista, que fecha mais cedo, avançou 1,03%, para R$ 3,508. O dólar começou o dia pressionado e, na máxima, atingiu R$ 3,517. A alta refletiu um novo aumento dos rendimentos dos títulos públicos americanos de dez anos, que superaram 3,03% ao ano.

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