Acusados de comandar esquema que
desviou R$ 100 milhões dos cofres públicos, Paulo Bernardo e Gleisi
Hoffmann entram no rol de ex-ministros petistas carimbados com o rótulo
da corrupção. Na última semana, Bernardo foi preso, enquanto que o
processo contra sua mulher subiu ao STF
A ESCUDEIRA E O OPERADOR Em
público, Gleisi Hoffmann empunha a bandeira da ética para proteger
Dilma. Nas sombras, usaria propinas para alavancar sua candidatura ao
governo do Paraná. Ex-ministro de Lula e Dilma, Paulo Bernardo montou
um propinoduto
no ministério do Planejamento que lhe rendeu R$ 7 milhões para uso
próprio (Crédito: Adriano Machado; ROBERTO CASTRO)
Pedro Marcondes de Moura
Quando era criança em Curitiba, a pequena e espevitada Gleisi
Hoffmann, ainda de madeixas rebeldes, ouviu de seu avô um ensinamento
daqueles válidos para a vida toda e que se ajustou como uma luva à
situação vivida por ela e pelo marido, o ex-ministro petista Paulo
Bernardo, na última quinta-feira 23. Dizia ele, em tom professoral: se a
campainha toca perto do cantar do galo, ou é vida nova ou é encrenca.
Eram pouco mais de seis horas da manhã quando quatro homens bateram à
porta do apartamento funcional do Senado em que o casal mora em
Brasília. Se não estavam lá para anunciar o nascimento de ninguém,
problemas à vista, conforme vaticinara décadas antes o avô da agora
senadora Gleisi Hoffmann. Batata! Os agentes da Operação Custo Brasil
desembarcaram no imóvel para comunicar a prisão preventiva do
ex-ministro Paulo Bernardo. Ato contínuo, vistoriaram o apartamento em
busca de mais provas que ligassem os dois a um megaesquema de corrupção:
o que desviou cerca de R$ 100 milhões de reais de contratos fechados
pelo ministério do Planejamento entre 2010 e 2015, nas gestões Lula e
Dilma. Segundo o juiz Paulo Bueno de Azevedo, Bernardo, por ser
influente e dono de força política, foi detido porque poderia agir para
atrapalhar as investigações e evitar que o dinheiro desviado ficasse
fora do alcance de Justiça. De acordo com os investigadores, o petista,
que tinha medo de ser preso há mais de um ano, efetuou depósitos em
previdência privada para blindar os valores de possíveis ordens de
bloqueio. Gleisi escapou de uma encrenca maior. Não foi por falta de
provas, segundo a investigação, que os agentes da PF foram embora sem
conduzir a senadora para a cadeia. Documentos mostram que os recursos
desviados pagaram contas, salários de empregados e até as despesas de
campanha do casal. Não puderam prendê-la devido ao cargo ocupado hoje
por ela. Como senadora, a petista possui privilégio de foro. As
acusações contra ela correrão em segredo de Justiça no Supremo Tribunal
Federal (STF). Na corte, Gleisi e Paulo Bernardo não são debutantes. Já
respondem por terem recebido recursos de operadores do Petrolão. O
NOVO HOMEM CAIXA O ex-ministro Paulo Bernardo é transportado pela
Polícia Federal para São Paulo após ser preso em Brasília na manhã da
quinta-feira 23 (Crédito:AFP PHOTO/EVARISTO SÁ)
As investigações que levaram Paulo Bernardo e mais dez pessoas à
prisão começaram após o ex-vereador petista Alexandre Romano, o
Chambinho, aderir à delação premiada na Lava Jato. Para reduzir sua
pena, ele entregou documentos e relatou como o ex-ministro fez de um
problema uma oportunidade para arrecadar milhões em propina. Em 2010,
contou Chambinho, acumulavam-se reclamações de bancos sobre o sistema
federal que gerenciava os empréstimos bancários a servidores com
desconto em folha. Havia falhas e elas permitiam que os valores
emprestados superassem o teto a ser descontado, gerando fraudes e
prejuízos. Para corrigir os erros, foi aberta pelo ministério do
Planejamento, comandado então por Paulo Bernardo, uma concorrência para
selecionar uma empresa privada para administrar o banco de dados de
concessão dos empréstimos consignados.
Deu-se então, segundo os investigadores, o início da falcatrua. A
contratação acabou direcionada para que a companhia Consist vencesse. Em
troca, a empresa se comprometeu a repassar 70% do faturamento ao PT,
políticos e para a cúpula do ministério por meio de laranjas. Só Paulo
Bernardo recebeu, de acordo com os autos, entre 2010 e 2015, “valores de
um escritório, com o qual ele tinha relações, de mais de R$ 7 milhões”
em propina, disse o procurador Andrey Borges. “Foi ele quem indicou
pessoas estratégicas para que o esquema se iniciasse, de primeiro e
segundo escalão. Para que esse esquema pudesse não só ser instaurado,
mas mantido pelos cinco anos”, complementou. Paulo Bernardo não parou de
receber sua parte no esquema nem quando trocou a pasta do Planejamento
pela das Comunicações, em 2011. Os repasses apenas foram reduzidos de
9,5% para 4,6%. CLIQUE PARA AUMENTAR
Durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff, os petistas Gleisi
Hoffmann e Paulo Bernardo formaram o casal mais importante da República.
Ele comandava o ministério das Comunicações. Ela administrava a Casa
Civil, o cérebro do governo. Eram consultados pela presidente antes da
tomada das principais decisões do governo e influíam em nomeações.
Faziam parte do núcleo duro da administração federal.
No auge do poder, o casal Gleisi e Paulo Bernardo ambicionava o
comando do Estado do Paraná. Acreditavam que a petista tinha chances
reais de se eleger nas eleições de 2014. O sucesso da dupla, segundo
contou o ex-senador Delcídio do Amaral em delação premiada, viria em boa
parte da capacidade de Paulo Bernardo em arrecadar recursos. Mas foi
justamente uma destas operações que jogou água fria na eleição da
senadora ao governo. No auge da campanha, delatores narraram que
recursos do Petrolão foram usados para alimentar os caixas da petista em
disputas eleitorais. O tucano Beto Richa acabou vencendo no primeiro
turno. Restou a Gleisi e a Paulo Bernardo uma denúncia da
Procuradoria-Geral da República contra eles. REPRODUÇÃO
A tropa de choque da embromação
As manobras protelatórias dos senadores que compõem a tropa de choque
da presidente afastada Dilma Rousseff, na comissão do impeachment do
Senado, não são boas para o País e vão na contramão do que os
empresários e a sociedade clamam: estabilidade política e econômica, que
passam pela conclusão urgente do processo de impedimento. A despeito
disso, o que se viu até agora são reuniões intermináveis, que duram mais
de 12 horas. O ritmo modorrento se deve, na maioria das vezes, pelas
interrupções dos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Vanessa Grazziotin
(PCdoB-AM), Humberto Costa (PT-PE), Fátima Bezerra (PT/RN) e Gleisi
Hoffmann (PT-PR), com o objetivo de obstruir a pauta. As questões de
ordem vão desde a discussão do regimento até pedido de longa pausa para
horário do almoço. Outras artimanhas também tiveram a função de colocar
no ponto morto os trabalhos do colegiado: excesso de requerimentos, um
total de 121; quantidade de depoimento de testemunhas arroladas, 40; e o
pedido de uma perícia, em que uma junta técnica terá que responder a 99
questionamentos. Com o festival de protelações, a petista adiou por, no
mínimo, sete dias a votação final do impeachment. Agora, só depois das
Olimpíadas. (Ary Filgueira)
Aos bravos GUERREIROS DE SELVA formados e qualificados pelo Centro de Operações na Selva e Ações de Comando (COSAC) e Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) para defender a soberania da Amazônia - BRASIL, meus sinceros cumprimentos pelo dia:"03 DE JUNHO - DIA DO GUERREIRO DE SELVA" ÁRDUA É A MISSÃO DE DEFENDER E DESENVOLVER A AMAZÕNIA, MUITO MAIS DIFÍCIL PORÉM, FOI A DE NOSSOS ANTEPASSADOS EM CONQUISTÁ-LA E MANTÊ-LA"ORAÇÃO DO GUERREIRO DA SELVA Senhor,Tu que ordenaste ao guerreiro da selva: “Sobrepujai todos os vossos oponentes!” Dai-nos hoje da floresta: A sobriedade para persistir, A paciência para emboscar, A perseverança para sobreviver, A astúcia para dissimular, A fé para resistir e vencer, E dai-nos também Senhor, A esperança e a certeza do retorno. Mas, se defendendo esta brasileira Amazônia, Tivermos que perecer, ó Deus! Que o façamos com dignidade E mereçamos a vitória! SELVA!http://www.cigs.ensino.eb.br/
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