SELVA

SELVA

PÁTRIA

PÁTRIA

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Fortal injeta ânimo na economia da Capital -Ce

Fluxo maior de turistas no período é refletido em diferentes setores, como hotelaria, varejo e alimentação
Na rede hoteleira de Fortaleza, a taxa de ocupação supera 90%, de acordo com a ABIH-CE. O movimento de turistas também ajuda a incrementar as vendas nos bares, restaurantes e barracas de praia da Capital
Conhecida como o maior Carnaval fora de época do País, o Fortal 2016 já mostra impactos em alguns setores da economia cearense. Na semana da festa, que começa hoje, a ocupação hoteleira no Estado supera os 90%, número que está dentro do previsto pelo setor e que se equipara com o percentual do ano passado, de acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis Ceará (ABIH-CE), Eliseu Barros.
Para ele, a festa movimenta consideravelmente o Estado todos os anos e representa um bom aumento na ocupação hoteleira nos meses de julho. "O Fortal continua muito forte como o principal evento deste mês, atraindo o turista. É a melhor semana de julho e vem garantindo ao longo dos anos uma ocupação (hoteleira) alta", ressalta.
Em consequência da movimentação turística, o segmento de bares, restaurantes e barracas de praia também sente um incremento financeiro no período. Segundo Moraes Neto, presidente do Sindicato dos Bares, Restaurantes e similares do Estado do Ceará, o setor é muito beneficiado pelo evento.
"Na praia, tudo funciona mais durante o dia e não concorre com o horário do Fortal. Então, o comércio na praia se beneficia bastante com esse grande número de pessoas", justifica. "Eu acredito que ¾ do Fortal são de turistas, o que ajuda muito na movimentação", diz, acrescentando que o setor espera uma movimentação 25% a 30% maior. Entretanto, Moraes dá o dado com cautela, explicando que, por ser um ano ainda de cenário recessivo na economia, os números de expectativa oscilam bastante.
"Está difícil, porque a 'coisa' tá muito estranha", diz. "Hoje, a gente deve sentir mais o clima, mas já percebemos que há uma movimentação", acrescenta, frisando que o setor está preparado e atento parar não perder nenhuma oportunidade.
Apesar da avaliação de Moraes, o vice-presidente da Associação dos Empresários das Barracas da Praia do Futuro, Flávio Costa, vê um impacto menor neste ano. "O Fortal sempre impactou muito, mas neste ano foi menos. A movimentação era como se fosse a última semana de janeiro, normalmente aumenta muito, mas neste ano realmente foi menor", analisa. Mesmo assim, Flávio acredita que, em relação à baixa estação, o movimento na Praia do Futuro deve crescer em torno de 50%.
Compras cresceram
Mas a agitação não deve se limitar às praias. No Mercado Central, também há expectativa de movimentação durante os dias de folia. De acordo com o presidente da Associação de Lojistas do Mercado Central (Almec), João Eudes de Oliveira, o aumento no número de turistas no Estado reflete no Mercado Central. "A gente já sentiu uma melhora desde segunda-feira e observa que é muita gente que veio pro Fortal mesmo, 80% dos que estão passeando aqui são turistas", conta, destacando ainda que espera um fluxo ainda maior durante o fim de semana.
Já para a Av. Monsenhor Tabosa, o período em si não influencia de uma maneira tão significativa, conforme Antônio Gonçalves, presidente da Associação dos Lojistas da Monsenhor Tabosa. "Na alta estação, as nossas vendas melhoram, porque além do consumidor nativo, tem a presença dos turistas", explica.
Ele relata que, no Fortal, os jovens não deixam de frequentar o corredor de compras, mas acredita que "eles vão mais direto para lá (para o Carnaval fora de época)", reafirmando que, em julho, as vendas da Monsenhor Tabosa sempre melhoram.

Nenhum comentário:

Postar um comentário