SELVA

SELVA

PÁTRIA

PÁTRIA

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

PF diz que Alves seguiu no comando de esquema ilícito

Ex-ministro de Temer e de Dilma é acusado de desvio de recursos públicos das pastas do Turismo e Agricultura
Image-0-Artigo-2316540-1
Político potiguar teria transferido verba desviada em convênios e licitações para as contas de familiares para ocultar irregularidades ( Foto: Agência Brasil )
Natal/Brasília. A Polícia Federal deflagrou, ontem, a operação Lavat, destinada a desarticular organização criminosa investigada na Operação Manus, que continuou praticando crimes de lavagem de dinheiro.
Mesmo preso desde de julho, o ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), dos governos Michel Temer e Dilma Rousseff, continuou a comandar esquemas de desvios de recursos públicos em prefeituras potiguares, segundo a PF.
O nome da operação é referência ao provérbio latino "Manus Manum Fricat, Et Manus Manus Lavat" (uma mão esfrega a outra; uma mão lava a outra).
A PF fez buscas no Ministério do Turismo, em Brasília. Cerca de 110 policiais federais cumpriram 27 mandados judiciais, sendo 22 mandados de busca e apreensão, 3 de prisão temporária e 2 de condução coercitiva nas cidades potiguares de Natal, Parnamirim, Nísia Floresta, São José do Mipibu e Angicos.
O ex-ministro é acusado de tentar ocultar bens por meio de transferência para terceiros, principalmente familiares. A operação Lavat é um desdobramento da Manus, que identificou desvios na construção da Arena das Dunas, em Natal, para financiamento da campanha de Alves em 2014.
"Mesmo preso, ele articulava e determinava ordens para transferência de patrimônio e novas ordens para desvios", disse o delegado da PF, Osvaldo Scalezi.
As licitações em prefeituras do RN eram feitas por meio de convênios com o Ministério do Turismo e da Agricultura. O valor dos convênios somam um total de R$ 5,5 milhões.
Ontem, a Justiça de Natal determinou a prisão temporária de três pessoas ligadas a Henrique Alves. O Ministério Público Federal investiga se a mulher do ex-ministro pediu para que um médico falsificasse um atestado para evitar a transferência do marido, preso em Natal, para Brasília. Procurada, a defesa de Alves não atendeu às ligações.

Nenhum comentário:

Postar um comentário