
Membro da Defesa Civil síria combate incêndio após bombardeio em Idlib - AFP
Aliada do regime de Bashar al-Assad, Moscou negou ter realizado esses ataques noturnos, que atingiram a localidade de Ariha, na província de Idlib (noroeste). O Ministério da Defesa afirmou que “a aviação não realizou nenhuma missão de combate nesta região da Síria”.
As paredes da clínica de Al-Shami foram danificadas, e o estabelecimento está fora de serviço, segundo correspondentes da AFP no local.
Toufic Saado, um paramédico da clínica, estava dentro do prédio quando três bombardeios atingiram a área. “Pessoas feridas estão em frente ao estabelecimento médico”, disse ele à AFP.
Segundo o OSDH, ao menos cinco mulheres estão entre as vítimas. Este novo balanço eleva para 21 o número de civis mortos nos bombardeios russos na região de Idlib nas últimas 24 horas, de acordo com a organização.
Na quarta-feira, as forças do regime reconquistaram a cidade estratégica de Maaret al-Noomane, a segunda maior da província de Idlib, e continuam avançando na região, dominada pelos jihadistas da Hayat Tahrir al-Sham (HTS, ex-facção síria da Al-Qaeda).
As forças do regime avançam ao norte de Maaret al-Noomae, em direção à localidade de Saraqeb, que está praticamente deserta após bombardeios pesados.
Ariha fica entre Maaret al-Noomane e Saraqeb, que se encontra na rodovia M5, uma rota estratégica que conecta Damasco a Aleppo, a segunda cidade da Síria e antigo centro econômico do país.
Os combates com grupos jihadistas e rebeldes ocorrem a menos de cinco quilômetros de Saraqeb, segundo o OSDH.
Após meses de bombardeios e combates, as forças do regime controlam mais de 40% da província de Idlib. No total, Assad controla mais de 70% do território nacional.
Desde dezembro, mais de 388.000 pessoas deixaram suas casas na região de Idlib, segundo a ONU, incluindo 20.000 nos últimos dois dias.
Os combates “devem cessar”, insistiu ontem o subsecretário-geral de Assuntos Humanitários da ONU, Mark Lowcock, alertando para o agravamento de um “desastre humanitário”.
Deflagrado em março de 2011 pela repressão de protestos pró-democracia, o conflito na Síria deixou mais de 380.000 mortos e milhões de deslocados e refugiados.
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