O governo Bolsonaro prepara um projeto
de lei para autorizar a exploração em terras demarcadas para extração de
petróleo e gás, agropecuária, construção de hidrelétrica e até turismo
FLORESTA AMAZÔNICA Extração
ilegal na maior reserva indígena do Brasil: os Yanomami perderam o seu
chão para os garimpeiros (Crédito: Daniel Marenco)
Luisa Purchio
PASTO Currais clandestinos no Mato Grosso: a pecuária desmata e o governo quer permiti-la em reservas indígenas (Crédito:Divulgação)Ele não desiste. Enquanto houver no País indígenas com seus pedaços
de terra, um ex-capitão da reserva vai querer tomar-lhe o chão. Durante a
sua campanha presidencial e nos primeiros meses de governo, Bolsonaro
pretendia pretendia substituir indígenas por garimpeiros nessas áreas. O
desprezo por essa população, no entanto, parece aumentar cada vez mais.
Agora, o presidente se prepara para enviar ao Congresso Nacional um
projeto de lei que não se limita à mineração, mas prevê também a
exploração de petróleo e gás, a construção de hidrelétricas e, embora
pareça inacreditável, o governo fala ainda em projetos de pecuária e até
turismo.
Aos indígenas, alvo do governo cujas terras são garantidas pela
Constituição, o que restará? Apenas as migalhas. O projeto de lei, que
possui oito capítulos e 46 artigos, estabelece que a etnia receberá pela
exploração de sua área uma porcentagem pequena dos ganhos: da produção
de gás natural e petróleo, de 0,5% a 1%; no caso de energia elétrica
produzida, 0,7% de seu valor; e 50% do valor da Compensação Financeira
pela Exploração de Recursos Minerais. Se tratando de ouro, por exemplo, o
ganho é de 1%. Repete-se, assim, os erros da história. Quando os
portugueses chegaram ao Brasil, deram aos indígenas espelhos e facões e
em troca ganharam um país inteiro. Em resumo: aos brancos tudo, aos
indígenas, nada. DESTRUIÇÃO Essa imagem revela o quanto o garimpo protege os indígenas, como prega o governo de Jair Bolsonaro (Crédito:Divulgação)
Um projeto que explore economicamente terras indígenas nunca
encontrou força para ser aprovado pelo Congresso desde que a
Constituição de 1988, chamada de Cidadã — e que garante o direito das
minorias —, foi promulgada. O artigo 231 da Carta Magna prevê que os
povos indígenas têm direito permanente às terras que ocupam, e lhes cabe
“o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas
existentes”. Pela Lei Maior, a exploração dessas terras só pode ocorrer
com aprovação do Congresso e pelos próprios indígenas, e por meio de lei
complementar. Diante dessa brecha legal, a Presidência quer transformar
essas reservas em verdadeiras áreas exploradas economicamente por não
indígenas. Seu argumento, pelo menos ao que se refere à extração
mineral, é o fato de já existir garimpo ilegal nas reservas. Nas terras
do povo ianomâmi, por exemplo, são 20 mil garimpeiros ilegais. O governo
acredita que, sem regulamentação, o País está sendo prejudicado, pois
não recebe compensações financeiras e tributos pelas extrações. Além
disso, os povos estariam expostos a riscos a sua saúde, tradições e
costumes, além de conflitos com os extratores. Preservação Natural
Para conter esses riscos, no entanto, mais eficiente seria combater o
garimpo ilegal nas regiões. É sabido que a presença dos povos indígenas
nas terras e a sua posse é fundamental para a preservação ambiental
dessas áreas. Os indígenas trazem em sua cultura e DNA técnicas
sustentáveis de desenvolvimento e manejo das matas. Legalizar a
exploração dessas terras é dar um tiro no próprio pé, pois permitirá a
degradação da floresta amazônica. Apesar dessas atividades exploratórias
darem retorno financeiro a curto prazo, estudos mostram que, em pé, a
Amazônia gera ganhos bastante altos a longo prazo, para toda a
humanidade. XINGU Queimadas atingiram níveis alarmantes: 150 mil hectares de floresta amazônica foram destruídos (Crédito:Divulgação)
Apesar de o governo ter encontrado essa brecha legal, o mais
arriscado para os povos indígenas — desde sempre colocados à margem da
sociedade, é bom lembrar —, é a forma como eles serão ouvidos a respeito
da exploração das terras que são suas por direito adquirido. O projeto
que está na Casa Civil da Presidência garante que eles sempre serão
consultados sobre a implementação de projetos em suas demarcações. Mas
atenção: eles não poderão vetar as atividades. Como o governo Bolsonaro
não dialoga com Organizações Não Governamentais, nem com grupos que
representam as minorias, pelo contrário, os vê como “inimigos”, é certo
que com os povos indígenas não será diferente. Além disso, o pouco caso
que ele faz da importância da preservação dos recursos naturais faz
acender o sinal vermelho sobre a questão.
Diante desse alarmante quadro, surgem como um alento as forças de
oposição ao presidente. À sua frente, o presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia, que falou no final do ano passado que não
pautará projetos no Plenário da Casa que tratem da exploração mineral em
terra indígena. A ideia de Maia é sinalizar para o exterior que o
Brasil se preocupa com a preservação do meio ambiente e com os povos
nativos da Amazônia e, assim, preservar a imagem do País diante da
comunidade internacional.
Aos bravos GUERREIROS DE SELVA formados e qualificados pelo Centro de Operações na Selva e Ações de Comando (COSAC) e Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) para defender a soberania da Amazônia - BRASIL, meus sinceros cumprimentos pelo dia:"03 DE JUNHO - DIA DO GUERREIRO DE SELVA" ÁRDUA É A MISSÃO DE DEFENDER E DESENVOLVER A AMAZÕNIA, MUITO MAIS DIFÍCIL PORÉM, FOI A DE NOSSOS ANTEPASSADOS EM CONQUISTÁ-LA E MANTÊ-LA"ORAÇÃO DO GUERREIRO DA SELVA Senhor,Tu que ordenaste ao guerreiro da selva: “Sobrepujai todos os vossos oponentes!” Dai-nos hoje da floresta: A sobriedade para persistir, A paciência para emboscar, A perseverança para sobreviver, A astúcia para dissimular, A fé para resistir e vencer, E dai-nos também Senhor, A esperança e a certeza do retorno. Mas, se defendendo esta brasileira Amazônia, Tivermos que perecer, ó Deus! Que o façamos com dignidade E mereçamos a vitória! SELVA!http://www.cigs.ensino.eb.br/
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