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PÁTRIA
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Decisão sobre caças sairá no início de 2010, diz Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira que o governo deverá tomar a decisão sobre a compra de 36 caças para a Força Aérea Brasileira (FAB) no início de 2010. Ele se refere ao processo de compra que está em fase final na FAB, no qual disputam os modelos Rafale, da francesa Dassault, o F18 Super Hornet, da americana Boeing, e o sueco, Gripen, da Saab.No discurso, durante almoço de confraternização com oficiais-generais, o presidente disse ainda que o Exército está recebendo o primeiro lote com 34 carros de combate, que fazem parte de um projeto de 3 mil blindados que serão comprados pelo Exercito até 2030. Lula destacou também a importância do programa de construção do submarino de propulsão nuclear, que está sendo implantado, além da construção de estaleiros."Estamos tornando realidade o compromisso de modernizar e reaparelhar as três Forças", afirmou Lula, durante a almoço. Ele também afirmou que, na semana passada, encaminhou ao Congresso o projeto de lei complementar 97. A proposta fortalece o Ministério da Defesa e estende para a Marinha e a Aeronáutica o poder de polícia nas fronteiras, que hoje o Exército já tem.Análise técnicaO ministro da Defesa, Nelson Jobim, também disse na semana passada que a decisão ficaria para 2010. Segundo Jobim, que havia dito que a empresa vencedora seria anunciada ainda este mês, o “tempo está escasso” para que isso aconteça. “A Força Aérea ainda não me entregou o trabalho [a análise técnica das propostas apresentadas pelas três empresas concorrentes]. Vai entregar talvez na semana que vem e eu creio que isso vai ficar para o início do ano que vem”. Ele reafirmou que a decisão final sobre o negócio será política e caberá a Lula.A previsão inicial era de que a FAB concluísse a análise técnica das propostas e entregasse o resultado ao ministro até o fim de outubro. Cumprida essa etapa, o ministério iria repassar seu relatório ao presidente Lula para que ele então tomasse a decisão final. As três concorrentes estão sendo avaliadas em cinco áreas consideradas prioritárias pelo governo brasileiro: transferência de tecnologia; domínio brasileiro do sistema de armas oferecido; acordos de compensação e participação da indústria nacional, além de aspectos técnico-operacional e comercial. O domínio do sistema de armas irá garantir que o Brasil use, sem qualquer restrição, os armamentos próprios, já existentes ou a serem desenvolvidos.
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