SELVA

SELVA

PÁTRIA

PÁTRIA

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Corporação recebe novos EC725 e Pantera, enquanto os Fennec estão em fase final de modernização

A Aviação do Exército está ampliando e modernizando sua frota de aeronaves em diferentes projetos que envolvem a única fabricante de helicópteros na América Latina, a Helibras. No mês de abril passado, o Exército Brasileiro (EB) recebeu sua quarta unidade do EC725, membro mais recente da família Cougar e com grandes evoluções em relação a versão anterior, como o peso máximo de decolagem que pode chegar a 11 toneladas, contra nove toneladas do AS532, atingindo 839 km de alcance.
Além do novíssimo EC725, o EB passou a operar as duas novas unidades do Pantera K2, modernizado pelas equipes de engenharia e manutenção da Helibras. Essas foram totalmente reformadas, incorporando o que há de mais avançado em equipamentos, com um ganho de vida útil de mais 25 anos de atividades.
O novo helicóptero foi batizado de Super Pantera K2. "A modernização de aeronaves militares como esta vem sendo utilizada em frotas que envolvem bens de alta tecnologia e elevado valor de aquisição, como é o caso de helicópteros, aviões e navios. Foi um trabalho bastante intenso e desafiador pois criamos uma versão totalmente nova do Pantera, diferente das já existentes em operação no mundo", afirmou o presidente da Helibras, Eduardo Marson.
Por ter sido desenvolvido no Brasil, este é o primeiro helicóptero a passar por uma certificação totalmente nacional. Isso porque, para os modelos já existentes em outros países, como é o caso de todos os helicópteros comercializados no Brasil hoje, o Departamento de Certificação Técnica Aeronáutica realiza uma avaliação tendo como base as certificações internacionais já concedidas à aeronave. Para esta, não havia uma certificação anterior, sendo necessários extensos testes e ensaios em voo para verificar as capacidades, que mudaram drasticamente com o novo motor implantado. A certificação brasileira representa um marco para o País.
Para o general-de-exército Marco Antonio de Farias, comandante do Comando Logístico, a parceria entre Exército e Helibras é muito importante, pois deixará um legado de conhecimento a partir da criação desta nova versão do helicóptero, projetada em conjunto pela indústria e o operador. "A união da inteligência da Helibras e do Exército criou uma nova tecnologia que ficará no Brasil e será importante para a evolução tecnológica da aviação militar", afirmou.
"O processo de modernização envolveu o aperfeiçoamento do design preliminar e detalhado da aeronave, executado pelo Centro de Engenharia da Helibras", disse Marco Wagner, gerente do programa Pantera K2. "Uma equipe de engenheiros e mecânicos passou por um treinamento on the job na Airbus Helicopters, com o objetivo de se especializar em grandes intervenções, e a programação incluiu também a formação de pilotos e instrutores no novo modelo".
O Super Pantera K2 está equipado com novas cablagens, dispositivo corta-cabo, novo capô do motor, novo motor Arriel 2C2CG, 40% mais potente que o anterior, e um novo painel glass cockpit com piloto automático de quatro eixos, permitindo mais autonomia, maior velocidade e menor carga de trabalho aos pilotos. O helicóptero também conta com compatibilização NVG, novos radares meteorológicos e altímetros, modernos rádios de navegação e de comunicação e um novo rotor de cauda, aumentando significativamente a performance e a segurança.
Outro programa em curso no hangar de manutenção da Helibras é a modernização dos Fennec. A primeira célula - base para a reconstrução/modernização do helicóptero EB-1019 - chegou à empresa em 2012, passou pelas etapas de desmontagem, inspeção completa, montagem e modernização. O objetivo da modernização é atualizar os helicópteros com sistemas aviônicos, piloto automático, novos rádios Nav-Com e equipamentos de missão, tais como novos bancos, proteção balística, novos braços de armamento, além de repontecializá-los. "Esse projeto também está agregando novos conhecimentos e ferramentas à Helibras, junto à possibilidade de desenvolvermos parcerias com outras indústrias nacionais. Agora, estamos entrando na fase final de atividades, compreendendo a execução dos ensaios em voo para a Certificação Militar e entrega à corporação", disse Wilmer Filho, gerente do programa Fennec.
Dois Fennec devem ser entregues ao Exército ainda no primeiro semestre de 2014. Enquanto isso, quatro outras aeronaves estão passando pela inspeção C e irão receber, durante todo este ano, o pacote de modernização para apresentação ao cliente no final de 2014.

EC725
Capacidade técnica:
Motores mais potentes: 2 Turbomeca MAKILA 2A
Peso máximo de decolagem de 11.000 kg
Avançada cabine de comando e sistema de aviônica
Modernos radares meteorológicos e altímetros
Reforços estruturais para armamento axial

Segurança:
Rádios de navegação e de comunicação
Compatibilidade com visão noturna – NVG
Flutuadores de emergência
Tanques Sponson
Corta cabos
FLIR

Disponibilidade:
A produção do EC725 conta com mais de 40 empresas
nacionais fornecedoras de peças, partes e serviços.
Transferência de tecnologia da Airbus Helicopters para o Brasil.
Equipe de engenharia dedicada.
Curso de mecânico para o modelo no Centro de Treinamento da Helibras.

Super Pantera K2

 
Capacidade técnica:
Novos motores Arriel: 2C2CG com maior potência
NVG (interior e exterior)
Novo glass cockpit
Novo capô do motor e cablagens
Moderno rotor de cauda
Display de missão em tamanho grande

Segurança:
VEMD com First Limit Indicator
FADEC com duplo canal
Corta cabo;
Piloto automático de última geração, com 4 eixos
Modo de treinamento in flight
Novos radares meteorológicos e altímetros
Rádios de navegação e de comunicação

Disponibilidade:
Novos TBO's para os motores, caixas de transmissão principais e pás do rotor de cauda.
Aumento do intervalo de inspeções A/T.
Comunalidade com o projeto EC725.
Transferência de tecnologia para o Brasil, capacitando a Helibras para novas integrações em demais aeronaves.

Fennec

 
Capacidade técnica:
Configuração mais evoluída que um "Fennec novo" (atual versão 550C3)
Sistema glass cockpit
Última geração da linha de rádios Nav-Com (R&C Proline 21)
Padronização do 350L1 com o 550A2
Aumento do peso máximo de decolagem do 350L1 para 2.250 Kg
Preparação para a instalação do novo sistema de armamento
Sistema de Intercomunicação Becker

Segurança:
Bancos com absorção de energia
Proteção balística para a tripulação (piloto e copiloto)
Piloto automático 2 eixos

VANTAGENS:
Principais equipamentos terão seus reparos no Brasil
Padronização parcial de equipamentos com EC725 e Super Pantera K2
Atividade de engenharia e produção desenvolvida na Helibras
Engenheiros brasileiros treinados na Airbus
Helicopters

Nenhum comentário:

Postar um comentário