Thomas Korontai
EMPRESÁRIO
Com o decreto do 3º PNDH, já bastante criticado – o que demonstra que a sociedade brasileira conhece os limites do nonsense que tomou conta do Estado Brasileiro – acrescendo o firme encaminhamento da compra dos caças franceses (talvez, neste momento, a martelada presidencial já tenha sido confirmada) demonstra claramente que o Brasil deixou de ser uma nação democrática para se tornar uma nação autocrática.
Pouco importa para um governo autocrático se o custo de manutenção e o preço final forem maiores do que o dos caças suecos e americanos; pouco importa ao mesmo governo a condição de ser o pior dos caças escolhidos por especialistas do setor e da Força Aérea Brasileira.
O que importa é que o chefe – o governante autocrático – decidiu, e pronto. Vai se alegar de tudo: razões de Estado, geopolítica, diversificação de parceiros estratégicos, o que seja para justificar uma compra que, pelos enunciados acima, será péssima para o país.
Vale lembrar que nenhum outro país comprou o Rafale.
Clara evidência de que o Estado brasileiro desenvolveu paulatinamente, graças ao modelo de organização que já era excessivamente centralizado, o conceito do direito do Estado. Uma boa prova disso, além do caso dos caças – sem mencionar tantos outros – está na empurrada autocrática de um plano desenhado com as belas cores dos direitos humanos.
Mas justamente estes serão os primeiros a serem suprimidos, como bem percebido por boa parte da sociedade esclarecida. O malfadado plano pode ser mais bem cognominado de Plano de Direi-tos Desumanos, pois afeta os principais pilares de uma sociedade aberta, dentre os quais, o Estado de direito, suplantado pelo “Estado das Conferências”, uma espécie de repetição do Estado Soviético (Organização de Trabalhadores Soviéticos organizada por Trotsky em 1905). Um conselho popular de estrutura livre que defendia uma forma de governo socialista e atuava como oposição ao governo sectário dos czares.
Muito já foi comentado na imprensa, ainda bem, mas, tem mais... o projeto de lei que pretende forçar as empresas a darem participação nos lucros em 5% aos empregados. Embora se revista de uma beleza humanista tão cultivada pelas correntes do proletariado revolucionário, é mais uma aberração revestida sim de grande injustiça, pois os empregados não são sócios das empresas, recebem salários pelo seu conhecimento, sem riscos, e nada investiram para obter retorno de capital. Para entender essa injustiça, basta colocar-se do outro lado do balcão.
Mais um elemento que se junta à formação de um Estado que caminha para o cometimento de futuras desumanidades, tais como foram e são cometidas em experiências sociais – ou socialistas – similares na história do mundo.
Fica cada vez mais evidente que os conceitos de descentralização federalista e autonomia local, com responsabilidade local, devem ser conhecidos como alternativa a se contrapor à caminhada tétrica na qual foi colocada esta nação, muito embora importantes pensadores, artistas, intelectuais, empresários, membros da imprensa em geral, não estejam calados. Mas não basta isso, é preciso de uma vez por todas eliminar a causa dessas maluquices, que está tão somente no modelo centralizado do Estado brasileiro.
Não se sabe se o 3º PNDH foi ou é um balão de ensaio, ou a aplicação de uma dose mais forte e significativa das inúmeras doses homeopaticamente já administradas pelos governos centrais, em especial os dos últimos 15 anos, com sua pretensão de criar uma plutocracia social, ou seja lá o que for.
Governo e grandes grupos empresariais andam de mãos dadas, acertados que estão em seus interesses – poder e dinheiro. Coisas que só acontecem em países centralizados.
Países que se tornam reféns de grupos plutocráticos tornam refém, na verdade, o povo. Direitos de poucos, direitos desumanos para muitos.
Thomas Korontai é presidente nacional do Partido Federalista, em formação.
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