A Helibrás vai se tornar uma plataforma de exportação de helicópteros civis e militares dafrancesa Eurocopter Company, do consórcio europeu EADS. Responsável pela produção de modelosdifundidos no mundo, como Esquilo, Cougar e o Super Puma, a Eurocopter, por meio da subsidiáriabrasileira, começa a implementar, neste ano, o cronograma do projeto que resultará na fabricação emterritório nacional, a partir de 2013, da nova versão do modelo EC 725 para uso militar. A nova aeronave,que terá 50%do conteúdo nacionalizado, representa o primeiro passo de um projeto de US$ 400 milhõesque terá, como desdobramento, a criação de novo helicóptero totalmente desenvolvido no Brasil, a partirde 2020.
Presidente do conselho da Helibrás, o ex-governador do Acre Jorge Viana afirma que, como
primeiro passo do processo de nacionalização, a companhia se prepara para entregar neste ano as
primeiras três unidades do lote de 50 EC 725 previstos pela bilionária encomenda do Ministério da Defesa do Brasil. O contrato, de € 2 bilhões (cerca de R$ 5 bilhões), foi firmado com o governo brasileiroem 2008, como desdobramento do plano de reaparelhamento das forças armadas. Prevê, como primeiropasso da nacionalização, a duplicação da fábrica da Helibrás, Itajubá (MG), cujas obras devem começarem19 de março.
“As primeiras três aeronaves serão construídas na fábrica da Eurocopter da França, mas ocronograma de entregas vai obedecer a uma escala gradativa de nacionalização”, afirma o presidenteexecutivo da Helibrás, Eduardo Marson Ferreira. “O helicóptero número 4 já vai ser entregue semipronto,para ser montado em Itajubá. A partir do décimo modelo, o lote será todo construído e montado em Minas, quando já deverá estar concluída a duplicação da fábrica, prevista para 2013.”
Uso civil
A nova versão do helicóptero no Brasil – já com a designação EC 725 BR – será produzida com metade dos equipamentos fornecidos por empresas de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.Com isso, a Helibrás também estará apta a fabricar a versão civil da aeronave, o EC 225 BR. Diante da demanda prevista para o pré-sal da Bacia de Santos, a expectativa da companhia é vender tanto aversão civil quanto a militar. Atualmente, as empresas que prestam serviço para a Petrobras em Santos já operam com seis dessas unidades. O campo de Tupi está localizado a 300 quilômetros da costa, o que demanda a autonomia de voo dos EC 225. “A ideia é fazer do Brasil uma plataforma de exportação desses helicópteros não só para os países da América do Sul, mas para todos aqueles hoje atendidos pela Eurocopter no mundo. Não faria sentido investir em uma nova fábrica só para atender a esse contrato como Ministério da Defesa”, afirma Marson Ferreira.
“A ideia é exportar da França ou do Brasil, dependendo das condições de cada contrato e de cada cliente. Com a produção aqui (no Brasil), podemos eventualmente optar por uma linha de financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para financiar a venda. Essas são vantagens que passamos a ter, ao fabricar aqui.” O processo de transferência de tecnologia já começou, na prática, independentemente do projeto de duplicação da nova fábrica. Marson revela que, ainda este ano, 20 engenheiros e técnicos franceses vão desembarcar no Brasil para trabalhar integralmente no desenvolvimento do novo projeto.
Defesa faz fabricante quintuplicar vendas
O novo contrato com o Ministério da Defesa, de acordo com o presidente do Conselho de Administração da Helibrás, Jorge Viana, deverá assegurar a quintuplicação do faturamento da empresa, em 2010, dos atuais R$ 100 milhões para R$ 500 milhões. Criada em 1978, em São José dos Campos (SP), e inaugurada em 1980, em Itajubá (MG), a empresa tem hoje como acionistas a MGI Participações, que pertence ao governo de Minas Gerais, e os grupo Eurocopter, da França, e Bueninvest. Na prática, atualmente a Helibrás é responsável pela montagem, venda e apoio pós-venda dos helicópteros da Eurocopter no país. Além da fábrica de Itajubá, a Helibrás mantém, no Aeroporto Campo de Marte, em São Paulo, um complexo de 3.800 metros quadrados com área comercial, depósito de peças e oficina, que permite à empresa atender sua frota. Empresa brasileira com capital estrangeiro, a Helibrás emprega, em média, 250 funcionários. R.R.M.
CAIXA E PESSOAL
US$ 100 mi foi o faturamento líquido da Helibrás registrado em 2009. O novo contrato com o Ministério da Defesa, de acordo com o presidente do conselho, deverá quintuplicar o valor em 2010, para R$ 500 milhões. 250 pessoas integram o corpo de funcionários da companhia. Dela dependem diretamente mais de 800 pessoas, sem contar as empresas parceiras e os prestadores de serviço.
PONTOS FORTES
A duplicação da fábrica da Helibrás, com investimento de US$ 400 milhões, aumentará a capacidade de produção, com abertura para as exportações. ● Além do uso militar, o novo aparelho, que será batizado de EC725 BR, tem aplicação civil, atendendo à demanda que deverá ser gerada pelo pré-sal.
Meta é ter 1ª aeronave 100% nacional
Cronograma de investimentos farão do país uma base para desenvolvimento de produtos .Em silêncio, como requer o estilo mineiro, a Helibrás prepara o grande salto tecnológico de sua história. Até 2020, a empresa deverá concluir o projeto do primeiro helicóptero totalmente desenvolvido no Brasil, a partir do programa de transferência de tecnologia previsto pelo contrato de aquisição das 50 unidades do EC 725 pelo Ministério da Defesa brasileiro. Presidente da empresa, que tem como sócio o governo mineiro, com 22% de participação, Eduardo Marson Ferreira revela que o domínio do ciclo total de produção das aeronaves vai demandar investimento de US$ 400 milhões do grupo no Brasil, mas vai assegurar ao país a condição de plataforma de concepção de novos projetos tecnológicos.
“O Brasil vai se tornar uma plataforma de concepção desse tipo de aeronave, com o domínio do ciclo completo de produção. Em dez anos vamos produzir o primeiro helicóptero com tecnologia 100%nacional, que também poderá ser exportado para os de - mais países da região e do resto do mundo”, afirma o presidente da Helibrás, ao assegurar que o novo helicóptero será totalmente diferente dos modelos hoje em produção pela empresa no mundo.
Enquanto não inicia o projeto, a Helibrás se prepara para fabricar a nova versão do EC 725, com 50% de conteúdo nacional. O produto, que chegou a ser batizado como Super Cougar — já descartado —, vai representar uma evolução tecnológica em relação ao equipamento hoje fabricado na França. Além de mais econômico, terá maior capacidade de transporte.
Tudo por conta da substituição de material metálico, hoje empregado na fabricação, por similares em material composto, como fibra de carbono. Mais leve, a fibra assegura menor resistência do ar e menor demanda de combustível.
A cadeia de fornecedores, deverá ser ampliada pela Helibrás nos próximos anos. Ferreira revela que, na região da Baixada Fluminense, no estado do Rio, serão fabricados os motores dos helicópteros. Na capital carioca, por sua vez, será sediado o centro de simulação de voos da empresa.
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