MP apura denúncias de desvio de recursos na construção da Refinaria Abreu e Lima
AE
A quebra de sigilo abrange os contratos e transações bancárias
ligadas a empreiteiras e fornecedoras responsáveis pelas obras da
refinaria de Abreu e Lima (Rnest). O objetivo é identificar o caminho
percorrido por recursos que teriam sido desviados pelo esquema
envolvendo o ex-diretor Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef.
A decisão também atinge familiares de Paulo Roberto Costa que
também são considerados réus em processo sobre destruição de provas. O
advogado do ex-diretor, Fernando Fernandes, confirmou o pedido e disse
não temer a quebra do sigilo bancário do cliente. Segundo ele, o juiz
responsável pelo caso não tem competência para o julgamento.
"Ele sai pedindo a quebra de sigilo de todo mundo, como se fosse o
processo da sua vida. Não temo a quebra de sigilo. Mas quando nosso
pedido de habeas corpus sobre a incompetência do juiz para dirigir este
caso chegar ao Superior Tribunal de Justiça, o processo sai da mão dele e
vai para um juiz isento", afirmou o advogado.
Paulo Roberto Costa foi preso em março na Operação Lava Jato da
Polícia Federal e está preso no Paraná. Ele é acusado de participar de
um esquema de desvio e lavagem de recursos da ordem de R$ 10 bilhões.
Ele também é acusado de favorecer contratos fraudulentos nas obras da
refinaria Abreu e Lima (Rnest).
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