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sexta-feira, 13 de junho de 2014

Moradores acampam para tentar evitar furtos em casas alagadas-Pr

Em União da Vitória, foi decretado toque de recolher, para reduzir crimes.
Rio Iguaçu inundou boa parte da cidade, que já registrou uma morte.

Do G1 PR, com informações da RPC TV Guarapuava
Moradores de União da Vitória, no sul do Paraná, estão acampando em frente aos imóveis alagados. O objetivo é evitar os furtos, que têm tirado o pouco de tranquilidade que a cidade tem. Segundo a Defesa Civil, a expectativa é que a água baixe em até 15 dias.
A prefeitura decretou toque de recolher, na quarta-feira (11). A partir das 20h, somente equipes de resgate e da polícia podem trafegar pelas áreas alagadas. A medida foi tomada após os primeiros relatos de crimes nas casas atingidas pela cheia. Além disso, a prefeitura busca evitar que moradores corram riscos desnecessários, já que, de acordo com a Defesa Civil, uma pessoa morreu na cidade e outras 65 ficaram feridas com a cheia.

A família da operadora de máquinas, Marlete Valesco, é uma das que precisou buscar alternativas para evitar os saques. Enquanto a água não baixa, eles estão acampados em uma área mais alta do terreno, a poucos metros do imóvel em que vivem. “Nós resolvemos ficar por aqui mesmo, para cuidar das coisas da casa, porque todos os pertences estão na casa. Não tiramos nada”, conta.
O nível do Rio Iguaçu, que corta a cidade, está em 7,95 metros, nesta quinta-feira (12). O número é pouco menor que o registrado na quarta. Apesar da redução, a expectativa desanima as autoridades, já que a previsão é de que mais chuva venha nos próximos dias.
 
Estragos pelo estado
O número de municípios atingidos pela chuva no Paraná aumentou de 135 para 150, segundo o boletim da Defesa Civil, divulgado nesta quinta-feira (12). Até o último boletim, que saiu às 12h, ao todo, 579.524 pessoas tinham sido atingidas pelo temporal. Onze morreram. Não há mais desaparecidos.
Em todo o estado, 130 cidades decretaram situação de emergência. Além desses municípios, que foram decretados em estado de emergência pelo governo estadual, Lunardelli, no norte, também passou a integrar a lista a partir de um decreto do prefeito. Em todo o estado, 117 pessoas estão feridas, 5.208 estão desabrigadas e 32.571 desalojadas, ainda segundo a Defesa Civil.
Os prejuízos materiais causados pela chuva já ultrapassam os R$ 600 milhões. Conforme a estimativa da Defesa Civil, o valor pode alcançar a casa do R$ 1 bilhão. Na quarta-feira, o Ministério da Integração Nacional autorizou a transferência de mais R$ 206.450,00 para o Paraná, que devem ser utilizados em ações de socorro, assistência às vítimas e restabelecimento de serviços essenciais para as milhares de pessoas atingidas pela chuva. Na terça-feira (10), o governo federal já havia liberado R$ 140,38 mil. Esses valores, de acordo com a Defesa Civil, referem-se à ajuda humanitária.
Diversos trechos de rodovias federais e estaduais foram interditados parcial ou totalmente devido à enchente. Até a manhã desta quarta, 16 trechos apresentavam problemas nas rodovias federais e mais de 20 nas estaduais.

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