Em uma rápida reunião na noite desta quinta-feira, o ministro Nelson Jobim entregou sua carta de demissão.
O ministro cancelou a participação em evento da Defesa na tarde desta quinta-feira e antecipou a volta de Tabatinga (AM) a Brasília para se encontrar com Dilma. A presidente conversou por telefone com Jobim e disse a ele que, diante da polêmica criada por suas declarações, a única saída era ele pedir demissão. Do contrário, teria afirmado Dilma, não lhe restaria outra opção a não ser ela mesma demiti-lo.
O ministro tem feito declarações polêmicas e desagradado o governo. À revista "Piauí" ele disse que a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) é "fraquinha" e que Gleisi Hoffmann
(Casa Civil) "sequer conhece Brasília".
O ministro, no entanto, negou na tarde de hoje que tenha se referido de forma pejorativa ao trabalho das ministras. Após a declaração, o governo espera que o ministro se antecipe e formalize seu pedido de demissão. Considera essa a melhor alternativa. Jobim está em missão oficial a Tabatinga, ao lado do vice-presidente Michel Temer e do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça).
POLÊMICAS
A situação do ministro já havia ficado insustentável nos últimos dias após a declaração de que votou em José Serra nas eleições de 2010.
Apesar disso, Dilma preferiu não tomar nenhuma atitude em meio a uma semana politicamente conturbada.
Jobim também causou constrangimento ao Planalto recente
mente, na solenidade de homenagem ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Na ocasião, disse ser preciso tolerar a convivência com "idiotas", que "escrevem para o esquecimento". Ele explicou ter se referido a jornalistas, mas petistas entenderam como recado ao governo.
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