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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Novo satélite sino-brasileiro voa no ano que vem, afirma agência

Após cinco anos de atrasos, representantes do Brasil e da China marcaram para novembro do ano que vem o lançamento do quarto satélite binacional.

Mas o cumprimento do cronograma depende da aprovação, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, do envio de 60 técnicos do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais à China.

"Não podemos atrasar mais, senão vamos implodir o nosso relacionamento", disse Marco Antonio Raupp, presidente da AEB (Agência Espacial Brasileira), em entrevista anteontem, durante coquetel na embaixada brasileira em Pequim.

Raupp explicou que serão necessárias três equipes de 20 técnicos, que se revezariam em turnos de alguns meses. Ele disse ter recebido sinalização positiva do ministro da Ciência, Aloizio Mercadante, embora a contratação ainda não esteja oficializada.

Ao seu lado, o diretor do Inpe, Gilberto Câmara, confirmou a possibilidade dessas contratações, mas disse que deixará o cargo em dezembro, como revelou a Folha na semana passada, por não conseguir ampliar seu quadro de funcionários.

Além do quarto satélite, o Cbers-3 (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres, na sigla em inglês), os dois países da subcomissão de cooperação espacial definiram ainda o lançamento do Cbers-4 para agosto de 2014.

ÍNTIMO

Iniciado em 1988, o projeto Cbers é a parceria mais antiga entre Brasil e China. Todos os satélites geram imagens da superfície da Terra, usadas em áreas como agricultura e meio ambiente.

"Comparativamente, o Brasil é o parceiro mais íntimo da China em tecnologia espacial", afirmou Li Lijie, responsável pela cooperação internacional do Centro de Lançamento e Rastreio de Satélites da China.

Entre os novos projetos, afirma Li, o Brasil monitorará, via base de Alcântara, a nave espacial não tripulada Shenzhou-8 e o laboratório espacial Tiangong-1, que serão lançados nas próximas semanas pela China.

Câmara admite que o programa de cooperação está atrasado por causa de problemas do lado brasileiro, responsável por 50% dos equipamentos do Cbers-3. As dificuldades incluíram dificuldades de orçamento, falta de qualificação da indústria brasileira e componentes embargados pelos EUA.

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