SELVA

SELVA

PÁTRIA

PÁTRIA

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Déficit da Previdência deve superar estimativas em 2013

Ministro da Previdência Garibaldi Alves prevê que rombo ficará entre R$ 40 bilhões e R$ 43 bilhões, ante estimativa de R$ 36,2 bilhões

O ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho: cada nomeia quem quer, sem consultar os partidos
O ministro da Previdência, Garibaldi Alves, acha que vai ser difícil reverter o rombo na Previdência (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Apesar do esforço da equipe econômica para fortalecer o discurso de responsabilidade fiscal, o déficit da Previdência Social em 2013 deve ficar maior que o projetado no último relatório de receitas e despesas, divulgado no final de setembro pelo Ministério do Planejamento. O ministro da Previdência, Garibaldi Alves, disse nesta terça-feira que a última estimativa do seu ministério é que o rombo fique entre 40 bilhões e 43 bilhões de reais.
O ministro afirmou que "não acha fácil reverter" o déficit alcançado até setembro para chegar ao programado. O relatório tem uma previsão de 36,2 bilhões de reais. No entanto, nos nove meses de 2013, este déficit já atingiu 47,6 bilhões de reais. "Nós acreditamos sempre que, no último trimestre do ano, as receitas têm um ganho bom. Não é problema só de contenção de despesas. Mas não sei se a gente consegue reverter tudo", completou Alves. "A última previsão era entre 40 bilhões e 43 bilhões de reais este ano. Para chegar a isso e não haver nenhuma surpresa, a gente confia muito que o final do ano permita um volume maior de receitas."
O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, atribuiu parte do resultado fiscal ruim de setembro - o pior para o mês desde o início da série histórica - ao tamanho do déficit na Previdência. Segundo ele, parte do pagamento do 13º salário dos aposentados e pensionistas foi realizada no mês passado. Por isso, espera-se que as contas fechem no azul no mês de dezembro.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, vinha repetindo que os grandes gastos do governo - juros da dívida, INSS e funcionalismo público - estão sob controle. Após o resultado fiscal de setembro, mudou o discurso: agora, diz que quer atacar outros tipos de despesas que cresceram, como o seguro-desemprego e o abono salarial. Segundo ele, os gastos com essas despesas devem atingir 47 bilhões de reais em 2013 e, por isso, o governo está discutindo com as centrais sindicais medidas para reduzi-las.
No entanto, a previsão do ministro também é maior que o previsto no último relatório de receitas e despesas. Os gastos estimados no documento com abono salarial e seguro-desemprego somam 41,8 bilhões de reais. O governo divulgará um novo relatório no final deste mês, no qual poderá rever estas projeções.

Nenhum comentário:

Postar um comentário