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segunda-feira, 21 de julho de 2014

Legistas holandeses começam a examinar os corpos do voo MH17

Cresce a pressão internacional para que os separatistas pró-Rússia facilitem o acesso de investigadores independentes ao local da queda da aeronave

Equipes de emergência fazem a retirada dos corpos das vítimas no local do acidente da Malaysia Airlines, perto da aldeia de Hrabove, ao leste da Ucrânia. O país acusou a Rússia de ajudar rebeldes separatistas a destruir provas no local da queda do avião abatido
Equipes de emergência fazem a retirada dos corpos das vítimas no local do acidente da Malaysia Airlines, perto da aldeia de Hrabove, ao leste da Ucrânia. O país acusou a Rússia de ajudar rebeldes separatistas a destruir provas no local da queda do avião abatido - Evgeniy Maloletka/AP
Um grupo de legistas holandeses chegou nesta segunda-feira à cidade de Torez, na região ucraniana de Donetsk, onde está o trem frigorífico com a maioria dos corpos dos passageiros do avião malaio abatido na semana passada. Os três cientistas forenses vão trabalhar na identificação dos 196 corpos guardados no trem. Há uma pressão crescente sobre os rebeldes pró-Rússia para permitir que peritos internacionais visitem e inspecionem o local do acidente.
O primeiro-ministro holandês Mark Rutte informou nesta segunda que todas as opções políticas e econômicas estavam em cima da mesa para pressionar os rebeldes a facilitarem o acesso dos especialistas ao local da queda do avião. "Queremos nossas pessoas de volta e vamos trabalhar para conseguir saber o que aconteceu com elas", disse Rutte ao Parlamento em Haia. Entre as 298 vítimas da tragédia, 193 eram holandeses. Autoridades ucranianas dizem que 272 corpos já foram encontrados e o primeiro-ministro Arseniy Yatsenyuk confirmou que a Holanda vai ser o país que irá liderar a investigação internacional sobre o caso.

Os especialistas holandeses são os primeiros investigadores internacionais a chegarem à região onde o Boeing 777 caiu. Inspetores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) estiveram no local do acidente, mas o seu acesso aos destroços foi limitado pelos rebeldes separatistas. Outro grupo de 31 investigadores internacionais está agora na cidade de Kharkiv, próxima ao local dos destroços. A equipe, que conta com profissionais da Holanda, Alemanha, Estados Unidos, Grã-Bretanha e Austrália, deverá chegar ao local da queda "em breve", reporta a BBC.
Rússia – Os EUA e outras nações dizem que há cada vez mais provas de cumplicidade russa na derrubada do avião na semana passada. Todas as pessoas a bordo do voo MH17 morreram após o Boeing 777 da Malaysia Airlines ser atingido por um míssil. A Rússia tem sido acusada de fornecer aos rebeldes armamentos antiaéreos que teriam sido usados no ataque. Moscou nega as acusações. O presidente russo, Vladimir Putin, disse que é essencial dar aos especialistas internacionais segurança completa para que eles possam conduzir uma investigação independente.
Combates – Os rebeldes e as forças governamentais ucranianas retomaram hoje os combates nos arredores da cidade de Donetsk, capital da região homônima, onde se ouvem reiterados disparos de artilharia e sirenes de ambulância. Segundo meios de imprensa locais, um prédio de nove andares situado entre o aeroporto e a estação de trem da cidade foi atingindo por um projétil.

Local da queda do avião na Ucrânia

 

 

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