Cresce a pressão internacional para que os separatistas pró-Rússia facilitem o acesso de investigadores independentes ao local da queda da aeronave
Equipes de
emergência fazem a retirada dos corpos das vítimas no local do acidente
da Malaysia Airlines, perto da aldeia de Hrabove, ao leste da Ucrânia. O
país acusou a Rússia de ajudar rebeldes separatistas a destruir provas
no local da queda do avião abatido - Evgeniy Maloletka/AP
O primeiro-ministro holandês Mark Rutte informou nesta segunda que todas as opções políticas e econômicas estavam em cima da mesa para pressionar os rebeldes a facilitarem o acesso dos especialistas ao local da queda do avião. "Queremos nossas pessoas de volta e vamos trabalhar para conseguir saber o que aconteceu com elas", disse Rutte ao Parlamento em Haia. Entre as 298 vítimas da tragédia, 193 eram holandeses. Autoridades ucranianas dizem que 272 corpos já foram encontrados e o primeiro-ministro Arseniy Yatsenyuk confirmou que a Holanda vai ser o país que irá liderar a investigação internacional sobre o caso.
Os especialistas holandeses são os primeiros investigadores internacionais a chegarem à região onde o Boeing 777 caiu. Inspetores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) estiveram no local do acidente, mas o seu acesso aos destroços foi limitado pelos rebeldes separatistas. Outro grupo de 31 investigadores internacionais está agora na cidade de Kharkiv, próxima ao local dos destroços. A equipe, que conta com profissionais da Holanda, Alemanha, Estados Unidos, Grã-Bretanha e Austrália, deverá chegar ao local da queda "em breve", reporta a BBC.
Rússia – Os EUA e outras nações dizem que há cada vez mais provas de cumplicidade russa na derrubada do avião na semana passada. Todas as pessoas a bordo do voo MH17 morreram após o Boeing 777 da Malaysia Airlines ser atingido por um míssil. A Rússia tem sido acusada de fornecer aos rebeldes armamentos antiaéreos que teriam sido usados no ataque. Moscou nega as acusações. O presidente russo, Vladimir Putin, disse que é essencial dar aos especialistas internacionais segurança completa para que eles possam conduzir uma investigação independente.
Combates – Os rebeldes e as forças governamentais ucranianas retomaram hoje os combates nos arredores da cidade de Donetsk, capital da região homônima, onde se ouvem reiterados disparos de artilharia e sirenes de ambulância. Segundo meios de imprensa locais, um prédio de nove andares situado entre o aeroporto e a estação de trem da cidade foi atingindo por um projétil.
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