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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

FAB usará helicópteros russos na Amazônia

Até o final do ano, os três primeiros helicópteros de ataque, comprados da Rússia, serão utilizados pela Força Aérea Brasileira para reforçar a presença militar na região da Amazônia. Eles vão ficar sediados na Base Aérea de Porto Velho, em Rondônia.
São aeronaves MI-35, que integram um lote de 12 unidades, do mesmo tipo que os modelos vendidos para a Venezuela. Os helicópteros chegam à região em um momento de tensão militar na América do Sul, sobretudo entre os países andinos: Colômbia, Equador e Venezuela.
CAÇAS
Os planos da FAB não param por aí. A Aeronáutica também está criando a unidade pioneira de aviões de caça também na Amazônia. A partir do final de 2010, os seis primeiros jatos supersônicos F-5, totalmente modernizados pela Embraer, que hoje estão operando em Natal, serão transferidos para Manaus.
No futuro, parte do lote de 36 caças que o Brasil está comprando, dentro do projeto FX-2, ficará em Manaus para fazer a defesa aérea da região. Até hoje, a Amazônia não dispõe de aeronaves de grande performance para proteger a fronteira brasileira e ajudar no combate ao narcotráfico.
Atualmente, em Manaus existem apenas Super Tucanos. São aviões turboélices que não têm agilidade para executar, por exemplo, missões de interceptação.
O objetivo do governo é reforçar as unidades militares da Amazônia, considerada prioridade, e - mesmo sem fixar porcentuais - planeja ampliar o volume de gastos com as Forças Armadas, hoje da ordem de 1,5 % do PIB.
O reequipamento das unidades da Marinha, do Exército e da Aeronáutica faz parte da Estratégia Nacional de Defesa, aprovada no final do ano passado.
PELOTÕES
O Exército já anunciou que vai instalar 28 novos pelotões de fronteira, tanto em terras indígenas como em áreas de conservação ambiental. Com isso, haverá uma ampliação dos atuais 23 para 51, reforçando principalmente a fronteira norte, uma área quase sem proteção militar.
No caso da Marinha, a Estratégia Nacional de Defesa prevê a criação de uma segunda Esquadra no Norte/Nordeste do País, perto da foz do Rio Amazonas, com a transferência de navios e de pessoal.
Novas capitanias de portos também serão instaladas nos rios da Amazônia, com objetivo de aumentar o patrulhamento na região. Além disso, serão criadas delegacias e agências navais, que receberão navios de patrulha fluvial.
França propõe equipar cargueiro da Embraer
Oferta é novo capítulo na ofensiva para garantir venda de caças ao País
Os franceses fizeram uma nova investida para tentar garantir a venda de 36 caças, que fazem parte da licitação FX-2, para renovação da esquadrilha da Força Aérea Brasileira. Além da transferência de tecnologia dos caças Rafale, a fabricante Dassault propõe ao governo brasileiro incluir no pacote o projeto de construção do avião de carga KC-390, da Embraer, que seria beneficiado por novos componentes técnicos.
A Dassault, em parceria com a Thales, se comprometeu a equipar o cargueiro com tecnologias para a produção do caixão de asas de sistemas de comando de voo digitais (DFCS). O governo francês também participa da proposta, com o compromisso de adquirir entre 10 e 15 unidades do KC-390.
PRODUÇÃO
Além da inclusão do cargueiro nas negociações, a última proposta da Dassault prevê a produção de 30 unidades do Rafale no Brasil. Em caso de vitória francesa sobre os norte-americanos e os suecos, a linha de montagem, que ficaria sob a responsabilidade da Embraer, poderá gerar três mil empregos. A proposta é construir - a partir de 2013 - as primeiras seis unidades. A partir do sétimo caça, a linha de produção seria transferida para o Brasil, onde os aviões seriam feitos sob licença pela Embraer.
A oferta da Dassault representa um avanço em relação ao que havia sido indicado na penúltima proposta, que não previa a construção de nenhuma unidade no Brasil.
Com a transferência paulatina de tecnologia e o início da fabricação de peças por indústrias brasileiras, o índice de nacionalização das aeronaves deverá aumentar. A expectativa da Dassault é de que o 36º aparelho tenha até 50% de componentes produzidos em linhas de montagem nacionais.
Sobre a transferência de conhecimento, o vice-presidente da Dassault, Eric Trapier, reafirmou que nem a empresa nem o governo francês impõem restrições. Seriam repassadas tecnologias sensíveis como os sistemas de comando de voo digitais, softwares e sistemas de autoproteção por infravermelho.

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